Delegado Rilmar Firmino fala sobre prisão dos donos de compra premiada
Há dois anos, clientes da
empresa que praticava a modalidade de venda premiada com o nome de fantasia “Eletromil”,
foram lesados por terem pago diversas prestações para adquirir bens de consumo
durável, entretanto, mesmo aqueles contemplados, não receberam o que
investiram, assim como, o produto que pagaram. O caso se tornou manchete em
tudo quanto foi meio de imprensa e os donos da empresa abriram fuga, deixando o
rastro do calote em todos os clientes que mantinham contratos. Em determinada
ocasião foi decretada a falência da empresa de compra premiada, porém, muitos acreditam que esse fato foi somente de
fachada e com o “sumiço” do empresário Eduardo Fernandes Facunde, todos
pensavam que ele jamais seria encontrado pela Polícia , pois somente uma pessoa
que era responsável por gerenciar lojas no interior do Pará, incluindo Capanema
e Castanhal, está presa.
O segredo das investigações foi
mantido pela Polícia que se baseou nos autos dos tantos processos,
protocolizados na justiça, com pedidos de ressarcimento e outras providências,
solicitados pelos clientes lesados. Na tarde de sábado, 15 de fevereiro de
2014, em entrevista ao radialista Helinho Carvalho da Rádio Educativa de
Capanema, o Delegado Geral da Polícia Civil do Estado do Pará, Rilmar Firmino
de Souza, fez importante comunicado à sociedade, confirmando a prisão de
Eduardo Fernandes Facunde e Eduardo Fernandes Facunde Júnior (pai e filho),
proprietários da Compra Premiada Eletromil. De acordo com o delegado, o setor
de inteligência da PC estava à procura dos acusados, considerados foragidos de
justiça, com base nas notificações registradas nos setores competentes. Um dos
pontos altos da entrevista do delegado chamou a atenção, por ele declarar que
sua equipe de policiais, ao prender os donos da empresa, constatou que eles
tentavam abrir firma com a mesma modalidade na cidade de Teresina-PI , local
onde receberam voz de prisão.
Muitos clientes que foram
enganados, ao ouvirem atentamente a entrevista, renovaram suas esperanças de
ainda receberiam o que tem direito, entretanto, nada está garantido, porque a
Polícia ainda vai interrogar os acusados para saber as posses deles e então,
ter condições de informar a sociedade. Em Capanema, conforme relatou o radialista
Hélio Carvalho, em reunião realizada nas dependências de um Clube da cidade,
cerca de 2 mil consumidores dos planos da Eletromil, decidiram mover ações
contra a empresa, mas muitos deles perderam a esperança. Com a convicção de ter
prestado um grande serviço à sociedade, o delegado Rilmar disse que ainda não
está satisfeito totalmente, pois vai presidir as oitivas com os acusados que
foram transferidos para Belém estando sob custódia da Polícia do Pará. Segundo
ainda Rilmar, todos os esforços serão envidados para a coleta de informações
precisas e gradativamente a imprensa será comunicada. O assunto ainda vai ter
muitos desfechos, pois o golpe da empresa de compra premiada não foi dado
somente no Pará. Quem foi lesado deve tirar da gaveta a ocorrência que
registrou na Polícia e as recomendações são para que ninguém destrua os carnês
de pagamentos que comprovam a execução da compra.
Edição: Dyah Sousa
Texto: Paulo Vasconcellos
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