Homem acorrentado padece nas ruas de Capanema



Ações do setor dos direitos humanos deveriam ser ativadas sempre que houvesse casos que merecessem atenção especial, todavia, em Capanema, por exemplo, são desconhecidas atividades dessa natureza. Além dos casos corriqueiros que envolvem moradores de rua, um fato tem chamado a atenção da população, o do professor Daniel Oliveira Morais, que segundo levantamento feito pelo repórter Emanoel Nascimento da TV Mãe de Deus , o profissional de educação é portador de doença que provoca transtornos emocionais , causando-lhe impaciência, motivando com que ele perambule pelas ruas da cidade sem destino certo.

A situação é preocupante porque o professor Daniel foi encontrado pelo repórter, caminhando nas ruas com uma corrente em seu tornozelo, atrelada a uma cadeira arrastada por ele, supostamente para dificultar sua saída de  casa. Diante da situação deprimente Emanoel se dispôs a tentar amenizar a situação no sentido de convencer o professor que voltasse para a sua casa, entretanto, a tentativa foi frustrada.

A situação requer cuidados, sobretudo dos setores de assistência social que funcionam no município, mesmo se sabendo que não há aparato para atendimento clínico na cidade.  Além de ato cidadão, o repórter usou sua prerrogativa de profissional da imprensa, indo em vários órgãos para pedir providências sobre o caso de Daniel, contudo, não houve resultado positivo, pois as alegações são de que em Capanema não existem atendimentos dessa natureza. Lamenta-se que ainda não haja tratamento especial, mas deveria haver um setor que encaminhasse os pacientes para onde tiver especialidade médica ou de qualquer natureza.

Outro fator agravante diz respeito aos moradores de rua, muitos deles também portadores de doenças que precisam de tratamento específico e os órgãos de assistência social, acredita-se fazem acompanhamento. O caso de Daniel é específico e de acordo com as averiguações feitas pelo repórter Emanoel, a família tem se esforçado ao máximo para evitar que ele vague pelas ruas, mas encontra dificuldades para mantê-lo dentro de sua própria casa. Como se trata de um caso de saúde pública, não há outra alternativa: acolhimento por parte do poder público, por se tratar de um cidadão como qualquer outro que necessita de atenção por parte do serviço social, envolvendo as esferas municipal, estadual e federal.

Apelos vão continuar sendo feitos para que professor Daniel receba atenção especial, uma vez que de acordo com Emanoel, não há nenhum registro de ocorrência no Centro de Atenção Psicossocial da cidade , fator que causa surpresa, pelo fato de o caso ser de conhecimento de grande parte da comunidade capanemense. 


Edição : Dyah Sousa