Sindicância de empresa alemã aponta propina na Copa no Brasil


Sempre que converso com alguém sobre a Copa no Brasil, estou alertando para o que ainda há de acontecer no quesito escândalo e esta matéria, apenas apresenta os primeiros passos para a nova versão de roubalheira no Brasil. Minhas previsões estão sendo certas e preparem-se para mais uma novela da corrupção. (PV) 





Fornecimento de equipamentos da Bilfinger somaram 6 milhões de euros no país


A empresa alemã Bilfinger abriu uma investigação interna para apurar uma suspeita de propina paga por funcionários da companhia a empregados de empresas estatais brasileiras em obras para a Copa do Mundo no Brasil, no ano passado. Os subornos teriam sido pagos por funcionários da subsidiária da empresa no Brasil para o fornecimento de monitores de parede para centros de segurança em vários municípios do país. As informações foram divulgadas em nota oficial da companhia neste domingo.
Após auditorias realizadas pela Ernst & Young, Deloitte e um escritório de advocacia brasileiro especializado, as suspeitas foram confirmadas. No entanto, a investigação da Bilfinger continuava para descobrir a quem e em que quantidade os pagamentos foram feitos. A empresa aguarda essas informações para definir que medidas tomará.
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Os valores envolvidos na aparelhagem dos centros de segurança chegou a 6 milhões de euros. O serviço incluiu fornecimento de monitores de parede e o software necessário para controlar as telas. A Bilfinger registrou ainda, na nota, que está informando as autoridades brasileiras sobre o ocorrido.
Confira a íntegra da nota:
22 de março de 2015
Bilfinger recebeu informações internas no ano passado indicando que pode ter havido violações dos regulamentos de conformidade do Grupo em pedidos de fornecimento de monitores para centros de controle de segurança de vários municípios do Brasil. A empresa imediatamente iniciou uma investigação. A alegação refere-se a suspeita de pagamentos de suborno de funcionários de uma empresa Bilfinger no Brasil a funcionários públicos e empregados de empresas estatais.
Como primeiro passo, Bilfinger encomendou auditores Ernst & Young para realizar uma abrangente checagem de dados na Alemanha e no Brasil e, posteriormente, os auditores Deloitte e um escritório de advocacia especializado no Brasil para maior clarificação do incidente. As suspeitas já foram comprovadas. O inquérito, no entanto, ainda não está completo. Isso também se aplica à questão de a quem e em que quantidade os pagamentos foram feitos. Caso as alegações sejam confirmadas, Bilfinger tomará medidas no que diz respeito ao pessoal e vai dar início a medidas legais.
O pedido para equipar os centros de segurança custaram cerca de € 6 milhões. Pedidos deste tamanho não são tratadas no Conselho Executivo do Grupo. Os serviços incluiram a entrega de paredes de monitores e software para controlar as telas. O software em questão foi desenvolvido internamente, nenhum software foi comprado da IBM.
Bilfinger tem um sistema de conformidade que é válido em todo o Grupo. Ela está em conformidade com as normas internacionais e é revisados e desenvolvido constantemente. A empresa busca informações sobre possíveis violações através das suas próprias investigações e notifica as autoridades competentes.


Fonte: Zero Hora