Artistas paraenses agitaram o mercado musical com lançamentos autorais



Para quem acompanhou os lançamentos musicais no Pará durante o último ano, pode ter ficado difícil prestar atenção em tudo o que foi produzido. Artistas novos e veteranos foram capazes de tornar a cena musical do estado ainda mais rica, lançando trabalhos com nível profissional cada vez mais elevado.
Em meio a todo esse caldeirão musical, O Liberal convidou três personas ligadas diretamente à cena musical paraense, para a difícil missão de destacar dez lançamentos de 2018, entre álbuns e EPs. A guitarrista Renata Beckmann, o jornalista Gustavo Aguiar, e o músico Luan Sanches, compartilharam suas listas com a gente. O resultado foi uma lista com nove produções, considerando as presentes na maioria das listas. Confira:
Bando Mastodontes - Aperte o Play
“O EP em si vem recheado de tambores e os coros femininos, além do próprio ‘Garoto da biometria’, o vocalista Luciano Lira. Outra coisa que chama atenção é a forma como lidam com sentimentos unindo militâncias. E a gente vai sendo levado por esse tsunami que o bando promove. ‘Muito Prazer’ é uma dessas músicas, que mostra a força do corpo feminino. Por fim, a gente sempre chora cantando ‘Teodoro’ e esse é um lançamento necessário para que soltemos gargalhadas, lágrimas, o corpo e o suor em cada música” - Luan Sanches.
Pratagy - Voo e Mansidão
“O oitentismo pop está são e salvo nas mãos de Pratagy, que lançou três álbuns em três anos. ‘Voo e Mansidão’, é o terceiro irmão que vem mais corajoso em apresentar seus problemas íntimos, acompanhado de beats pop e vintage no fundo. É um compositor de mão cheia” - Gustavo Aguiar.
Inesita - Cinza
“Esse é o segundo EP da Inezita, e ela está mostrando uma nova faceta de compositora, além de baixista. Eu tinha toda uma impressçao sobre um possível trabalho da Inesita, e com ‘Cinza’ eu fui surpreendida. E eu acho isso o máximo também por ser uma produção de uma mulher a frente do seu próprio projeto” - Renata Beckmann.
Lariza - Lariza
“Lariza é uma artista maravilhosa e incrível, uma pessoa cheia de expressão, e acho que o trabalho dela nesse EP, vai ter uma continuidade em um álbum futuro. As letras são marcantes, a voz dela é marcante, é uma mulher incrível, e tem uma presença que também está dentro do EP, e é perceptível para quem ouve” - Renata Beckmann.
Dois na Janela - Formiga
“Os abaetetubenses da Dois na Janela presentearam o Brasil com ‘Formiga’, um álbum cheio de canções que são lapidadas com uma produção impecável. São grandes apostas nesse caminho da nova música brasileira, que tá cheia de bons nomes. É um primor esse EP, imagina quando vier o disco” - Gustavo Aguiar.
Ramón Rivera - Cicatriz
“Eu gosto muito desse EP, é super gostoso e com letras gostosas. Eu gostei bastante das composições e arranjos, acho que as pessoas precisam conhecer o trabalho solo do Ramón” - Renata Beckmann.
Raidol - Raidol
“Que boa surpresa esse ano trouxe para todos nós, ouvintes. E o EP de estreia do Raidol é uma delas. São 4 músicas bem diretas  que tratam da vida jovem na cidade. As percussões também estão presentes e até um carimbó é colocado, entretanto o que fica claro no EP são as letras bem expressivas e um instrumental que busca sutileza” - Luan Sanches.
Camila Honda - Borboleta Azul
“Camila Honda foi um dos shows que mais me marcou quando lançou seu primeiro disco. Esse renascer da ‘Borboleta Azul’, compacto lançado em 2018, tão experimental com sua voz doce, traz pro ano uma diversidade de criação que enche os olhos” Gustavo Aguiar.
Reiner - In The Sun
“Sol em dia nublado. O primeiro disco do Reiner, é a continuação de sua trajetória. A base eletrônica é forte na identidade do artista. Com beats e sintetizadores, Reiner constrói um clima de serenidade ainda que inebriado de fúria. Se em Filho da Nuvem a dor e as tristezas do passado são o motor, em In The Sun o guitarrista procura se libertar desses sentimentos e encarar o mundo lá fora” - Luan Sanches.



Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)



Nenhum comentário