Colunas e Colunistas: A Opinião de Carlos Ferreira
Edição: Paulo Henrique #
Balanço na Balança
Medir os pesos dos “Medalhões” do futebol paraense na atualidade não é preciso usar uma grande balança, pois os clubes estão sem craques e isso afasta o torcedor dos estádios. A melhor saída é contratar valores sem tanto peso no mercado, que pode ser a alternativa mais correta. Por essa razão, Carlos Ferreira continua com seu olhar clínico muito mais afinado, fazendo alertas aos dirigentes “amadores” do futebol Paraense. (PV)
Sport Recife oferece meio time ao Remo
Interessado nos zagueiros Gabriel e Joãozinho e especialmente no meia Reis, campeões sub 17 pelo Remo, o Sport Recife está propondo parceria ao Leão Azul. Quer as revelações azulinas em regime de sociedade dos direitos econômicos (70% para o Sport, 20% para o Remo e 10% para os atletas) e está oferecendo cinco jogadores profissionais na faixa de 19 a 23 anos, inclusive se dispondo a pagar parte dos salários.
Os jogadores oferecidos pelo Sport Recife ao Remo são os zagueiros Onildo e Igor Maranhão, o volante Levi e os atacantes Juninho Potiguar e Everton. Onildo é o mais velho com 23 anos. Foi titular do Náutico no campeonato pernambucano. Os outros quatro subiram este ano do sub 20 para o elenco profissional do Sport Recife, promovidos pelo técnico Givanildo Oliveira. A proposta foi feita por um representante do Sport, João Melo, que esteve em Belém no meio da semana e foi levado aos dirigentes remistas por Ivanildo Gomes, da GR Sport.
Bicolores põem açúcar no feijão
A cessão de meio time do Paysandu ao Time Negra, inclusive o xodó Thiago Potiguar, foi um erro elementar e esquisito da cartolagem bicolor, na incestuosa
relação dos dois clubes. Só quem não sabe o que faz no futebol é que poderia expor os atletas à maratona de uma competição acirrada sem dar antes a indispensável preparação muscular de uma pré-temporada.
relação dos dois clubes. Só quem não sabe o que faz no futebol é que poderia expor os atletas à maratona de uma competição acirrada sem dar antes a indispensável preparação muscular de uma pré-temporada.
Pior ainda, numa competição disputada em campos muito ruins, como é a fase seletiva do Parazão. E nem os argumentos técnicos de Sérgio Cosme foram suficientes para uma solução. Tudo o que o treinador conseguiu foi amenizar o problema puxando Nei, Allax, Marquinhos, Thiago Potiguar e Heliton para os treinos do Papão. Agora eles vão apenas jogar pelo Time Negra. Nessa lambança, conseguiram adoçar o feijão na Curuzu!
'Jogador tem que gostar do clube'
Sérgio Cosme chama atenção para um aspecto do futebol paraense que merece reflexão quando diz que para ser produtivo 'o jogador tem que gostar do clube'. Se refere ao 'jogador enraizado', aquele ligado ao clube não só por contrato, mas também por afetividade. E ninguém ama qualquer clube ou qualquer empresa onde não seja bem tratado. No Baenão, o diretor executivo de futebol Armando Bracali está assustado com a rejeição do Remo até mesmo por jogadores regionais, inclusive garotos da base.
No Papão o quadro é pouco diferente. Isso remete ao comentário de Sérgio Cosme. Afinal, os clubes precisam se fazer gostar. Que outros motivos de afetividade há no Remo e no Paysandu além das torcidas? Em qualquer clube, em qualquer empresa, em qualquer instituição pública ou privada, é preciso saber cativar, saber respeitar, saber cobrar, saber administrar as vaidades e as emoções, nas glórias e nas frustrações. É o envolvimento que leva ao desenvolvimento. Mas isso tudo depende da liderança e da visão que ainda não existem nem no Baenão nem na Curuzu.
Pará tem 16 clubes no ranking da CBF
Dos 419 clubes de todo o país no ranking oficial da Confederação Brasileira de Futebol atualizado esta semana, 19 são paraenses. A ordem é a seguinte: Remo 27º (855 pontos), Paysandu 33º (672), Tuna 53º (357), Águia 146º (34), Ananindeua 198º (16), São Raimundo 205º (13), Izabelense 212º (11), Abaeté 228º (9), Santa Rosa 242º (6), Castanhal e São Francisco/ Santarém 271º (3), Sport Belém 295º (2), Bragantino, Cametá, Tiradentes e Vênus (1 ponto).
O maior progresso dos últimos 10 anos é do Águia, que disputou o seu primeiro campeonato nacional em 2001. Tem quatro campeonatos da Série C e uma Copa do Brasil, já sendo o quarto melhor paraense. Além de Remo, Paysandu e Tuna, somente o São Raimundo tem título nacional, mas é o 6º paraense no ranking, Superado pelo Ananindeua, cuja melhor campanha foi o 10º lugar na Série C de 2006, quando só não chegou às finais porque foi eliminado no tapetão por ilegalidade do volante Dadá, que jogou com três cartões amarelos contra o Ferroviário/CE.
O Remo está à frente do Paysandu graças às excelentes campanhas que fez na 1ª divisão em 1972, 1977, 1978 e por ser um dos três maiores pontuadores da 2ª divisão, de 1971, quando foi vice-campeão, a 2007, quando foi rebaixado. O Papão, no entanto, tem dois títulos da 'segundona' e um da Copa dos Campeões. Mesmo em baixa no cenário nacional, os dois principais clubes paraenses superam três clubes da Série A (América Mineiro, Figueirense e Atlético Goianiense) no ranking que a CBF acaba de atualizar.
Fonte: Portal ORM
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