Artista com DNA paraense está entre os maiores da arte contemporânea mundial



Um artista de raízes paraenses tem se destacado no mundo das artes plásticas no Brasil e no exterior. Francesco João, da galeria Mendes Wood DM (São Paulo, Nova York, Bruxelas), acabou de fazer uma exposição em São Paulo e já estava de volta a Milão. Sua mãe é de Juruti, município do Baixo Amazonas, e seu pai italiano. Eles se estabeleceram em Milão, onde nasceu o artista, que morou em Belém até os seis anos de idade.
Recentemente, Francesco João esteve entre os grandes nomes das artes internacionais que expuseram seus trabalhos no Pavilhão da Bienal de São Paulo durante a 15ª edição da SP-Arte 2019, considerada a maior feira de arte do hemisfério Sul. O evento, organizado por Fernanda Feitosa, atrai as melhores galerias do mundo.
Francesco formou-se em artes pela “Accademia di Belle Arti di Brera" e manteve contato com o Pará até seus 18 anos. Frequentou muito Belém e a fazenda de seu avô, que morava em Parintins, e revela que ama a hospitalidade paraense. Ele diz que sente que tem características típicas do paraense e ama cupuaçu. “Quando criança eu falava com sotaque paraense”, revela.
Em suas obras, o artista trabalha as cores primárias e assim cria outras, dando uma cor única a suas obras com traços que remetem a uma história que consagra a arte. A galeria Mendes Wood DM, de Felipe Dmab, Matthew Wood e Pedro Mendes, têm inserção no mercado internacional, apresentando artistas brasileiros a outros países e de fora para o Brasil. 
A SP Arte é muito importante para o mundo das artes plásticas e teve a presença de personalidades, como a diretora da Harpers Bazaar Brasil, Patrícia Carta. Além disso, o andar térreo contou com galerias descoladas com artistas cools e que estão em ascensão.
Entre os artistas novos que ganham destaque estão Gabriel Nehemy e a fotógrafa Anna Guilhermina, que explora o universo tridimensional da imagem, composta por camadas de fotografias e colagens de materiais como o cobre, madeira, a linha e o papel. 
Quem mora no Rio e também estava por São Paulo com obra presente no SP-Arte foi o cartunista Flávio Rossi, amante de Jazz que consegue sacar movimentos e colocar em suas obras. Ele faz um mix de pop com street em cores vibrantes e tem uma sensibilidade forte. Segundo Gustavo Rosa Flávio, ele “desenha, pinta, recria figuras, objetos, animais e situações com um caráter absolutamente pessoal. Além dessas qualidades é um caricaturista de primeira grandeza”.
Vik Muniz colocou a foto de uma Nossa Senhora meio mística no terceiro Andar da Bienal. Nos espaços do evento estavam espalhados alguns Di Cavalcantis, dois em tamanho grande que foram objetos de desejos de muitos colecionadores. A Choque Cultural de Baixo Ribeiro e Mariana Martins, que imerge pop art e grafiteiros do Brasil para o mundo, estava com obras em destaque de Daniel Melim e Rafael Silveira.

Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)

Um comentário: