COP 15 – Faltou visão solidária planetária


Infelizmente a Conferência do Clima em Copenhagen na Dinamarca está sendo considerada um grande fiasco histórico. A incompetência e o egoísmo foram as grandes marcas daquela que estava sendo considerada uma grande esperança para bilhões de seres humanos envolvidos nas mais diversas situações de pressão do meio ambiente sobre o homem. Os Estados Unidos, país considerado como o grande poluidor de todos os tempos não se comprometeu com nada, ficou à margem da sociedade humana como se fosse um planeta à parte, Barack Obama Prêmio Nobel da Paz, um ícone da esperança dos últimos anos fez um discurso pífio e desidratado, sem oferecer nem se comprometer com absolutamente nada. Os países Árabes por sua vez apresentaram uma ridícula exigência de serem indenizados pelas perdas causadas com a diminuição do uso de combustíveis fósseis, quando do aumento do uso de energias renováveis como a energia eólica, entre outras. Países da América latina como a Venezuela, Bolívia e Cuba ficaram mais preocupados com a política, fazer oposição e criticando os EUA do que com o objetivo principal da conferência. Importante ressaltar que o Brasil foi um dos grandes responsáveis pelo que sobrou de bom do encontro, pois foi desde o início, ou até muito antes, um dos países que demonstrou maior boa vontade em contribuir com os acordos, e foi reconhecido quando o Presidente Lula foi aplaudido por quatro vezes em seu último discurso que por sinal foi mais um desabafo sincero do que algo elaborado e calculado.
As ONGs ficaram amplamente decepcionadas com os resultados da conferência, veja abaixo:

“Para Avaaz, o documento é um "fracasso histórico" que representa o "colapso dos esforços internacionais" de assinar um acordo vinculativo que possa "deter a catastrófica mudança climática".
"O acordo está muito longe de ser justo, não é vinculativo e nem ambicioso", criticou o diretor da campanha global da organização, Ricken Patel, que reprovou que o acordo tenha sido selado por só "quatro países" em alusão aos EUA, China, Índia e África do Sul.
Atribuiu a responsabilidade pelo fracasso de Copenhague a Washington e Pequim, responsabilizando americanos e chineses por "compartilharem sua determinação de produzir um acordo débil em Copenhague".
"Cada país pagará o preço pela avareza e pelo governo imperfeito destes dois países", afirmou.
Por sua parte, a Amigos da Terra, classificou o acordo de Copenhague como "fracasso abjeto".
"Ao atrasar a ação, os países ricos condenaram milhões de pessoas, a maioria delas as mais pobres do mundo, à fome, ao sofrimento e à perda da vida conforme a mudança climática se acelera", apontou o presidente da entidade, Nnimmo Bassey.
Assinalou que sente "nojo" pelo "fracasso dos países ricos" na hora de fixar objetivos ambiciosos e acusou o bloco industrializado de "acossar" os países em vias de desenvolvimento a "aceitar menos" do que merecem.” Folha de São Paulo.
Portanto, apesar de tanta expectativa gerada, temos que aceitar o fracasso e aguardar que a COP-16 no México venha logo e com sentimentos mais nobres por parte dos países ricos e poluidores. A parte de cada ser humano é continuar sua luta particular contribuindo dia a dia para que o meio ambiente no seu entorno melhore e seja preservado, assim como a sociedade se torne mais justa.

Colaboração: Nilson Mesquita (Geólogo)

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