Estrela do cancioneiro paraense, Eudes Fraga canta músicas autorais e clássicos




O cantor, compositor e violonista Eudes Fraga se apresenta em "Uma Quarta de Música" da Confraria do Fraga, nesta quarta-feira, 30. Nilson Chaves, velho parceiro de Eudes que gravou "Tô que tô saudade", composição do cearense radicado no Pará. Também participam Pedrinho Callado e Junio Figueira. A apresentação inicia às 20 horas, com ingresso a R$ 10. O evento tem caráter beneficente, a renda arrecada será doada à Colônia de Marituba que atende pacientes de hanseníase.
Eudes se prepara para lançar um novo disco autoral recheado de inéditas, no final do ano. "Nesse disco cantam comigo Dori Caymmi, Amélia Rabello, Evaldo Gouveia e Renato Braz, além da participação de Zé Menezes tocando violão tenor", revela. O álbum tem também as parcerias de Paulo César Pinheiro, Paulinho Tapajós, Ana Terra, Marcos Quinan, Joãozinho Gomes e outros.
"É um disco de música brasileira. O tema gira em torno do mar e do amor. Por exemplo, a música que o Dori Caymmi e a Amélia Rabelo cantam comigo se chama 'A jangada', é uma composição antiga, de 1920, do Alberto Nepomuceno e Juvenal Galeno. Tem 'Minha alma gêmea', composição minha com Evaldo Gouveia e Paulo César Pinheiro, que fala do amor de verdade. Gravei também o clássico 'O bem do mar', de Dorival Caymmi "
Show
No repertório do show desta quarta-feira não irão faltar os grandes sucessos do artista, "Tô que tô saudade" e "Meu grande amor", autoria dele conhecida na voz de Simone Almeida. Além de "Puçangueira", parceria dele com Joãozinho Gomes, "Minha alma gêmea" e sucessos de grandes nomes da MPB, como Milton Nascimento, Dominguinhos e Djavan, entre outros. 
"Nilson Chaves já gravou coisas minhas, já gravei coisas dele, já participei de discos dele. Também já fiz participação cantando em um disco do Pedrinho Callado e o Junio Figueira é um parceiro novo. São amigos que abraçaram essa causa. Todo mundo junto ajudando quem está neste estado", declara Eudes.
Carreira 
Eudes Fraga é um dos compositores mais premiados em festivais pelo Brasil, totalizando mais de 180 prêmios, com mais da metade obtidos em primeiro lugar e de melhor intérprete. É conhecido no interior de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Pará, onde estabeleceu parcerias.
Ao longo da carreira, iniciada no início da década de 80, lançou quatro discos: “Por todos os cantos" (1995), "Tudo que me Nordestes" (2002), “Do espinho da flor do mandacaru” (2005) e “Santa Paisagem” (2009). Sem falar na participação em coletâneas e álbuns de outros artistas.
Em Belém, ele concilia o trabalho musical com o de dono de bar. Há cerca de dois anos, ele abriu a Confraria do Fraga, que venceu o Comida di Buteco no Pará e foi vice-campeão nacional do concurso no ano passado, conquistando destaque também no ramo culinário com o "Bolinho da Mazé".
"O meu boteco existe por causa da música, por causa dos mais de 1 mil vinis de música brasileira que tenho, só toco música brasileira no boteco. Não deixa de ser um segmento da música que eu faço e que eu acredito."


Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)

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