Livro de Raimundo Freire conta história de superação



A história de superação do ribeirinho Moisés, no auge dos 13 ou 14 anos de idade, foi o ponto de partida da aventura literária do agrônomo aposentado Raimundo Freire. Com o livro "Da Canoa Azul ao Pássaro Prateado", o jovem autor de 74 anos, se aventurou nos livros de ficção, um contraposto aos relatórios, boletins e outras publicações científicas a que era habituado durante os anos em que trabalhou como pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Raimundo explica que a história se passa na cidade fictícia de Acapurana, no interior do Pará. "É um livro que conta a história de um menino que morava às margens do rio, um garoto pobre, que tinha um sonho na vida. Ele perdeu o pai em um acidente na mata, durante uma derrubada em que a madeira caiu na cabeça dele. No meio disso tudo, ele tinha um sonho de ser piloto de avião, mesmo sem recurso sem nada", conta.
O escritor destaca que o escrito conta a história de superação e fé do menino de inteligência acima da média e grande dedicação. "É um garoto de fé, temente a Deus, muito inteligente, esforçado e teve a sorte de se encontrar com um norte americano que estava planejando montar um hospital na região", conta. "Cada etapa do livro, fala de um momento da vida dele e culmina com ele conseguindo a carteira de aviador", pontua.
Apesar de tratar-se de um livro de ficção, Raimundo revela que muitas das histórias contidas na publicação advém de experiências pessoas ou vivências de pessoas da própria família. A publicação ficou pronta em cerca de cinco meses e foi publicada há pouco mais de um ano, tempo suficiente para arrancar elogios e emoção de diversos leitores, segundo o próprio autor. "Com esse trabalho, quis mostrar que uma pessoa, mesmo sendo pobre, se estudar, se dedicar e ter fé, pode conquistar seus sonhos", declara.
Raimundo conta que a ideia de publicar o primeiro livro, voltado para o público infanto-juvenil, foi uma sugestão da própria esposa. "Quando minhas filhas eram pequeninas ainda, pré-adolescentes, aos domingos eu costumava contar uma história pra elas. Cada capítulo eu ia inventado na hora e a minha esposa sempre dizia que minhas histórias dariam um livro. Então, depois que me aposentei pensei que chegou a hora de escrever um livro finalmente tomando um personagem da nossa região, um ribeirinho", conclui.

Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)

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