TOQUE DE PRIMEIRA - Esporte em Ação


Edição: Paulo Henrique


                   Por Alex Escobar (Rede Globo)


Que perguntinha difícil, não é?


Existe o lado humano. Parece claro que ele precisa de ajuda, que tem problemas. Segundo o diretor do Flamengo Marcos Braz, o álcool é seu algoz. O clube não pode se omitir, os jogadores devem apoiá-lo, tudo o que for possível deve ser feito para que o Adriano seja feliz e se livre de seus problemas.


Agora uma pergunta de resposta mais complicada ainda: O Adriano quer se reabilitar? Pois esse é o primeiro passo. Ele precisa admitir que tem um problema, se não tiver essa consciência qualquer ajuda é inútil. 


Bem, esse é o campo pessoal.


Existe o lado profissional. Esse péssimo comportamento do Adriano lesa o clube, despreza todo o trabalho dos companheiros de time. Aceitar tudo o que ele faz é um prêmio à indisciplina, ao desleixo, seja por que motivo for.


Não dá para aceitar que ele jogue quando quer. Que quando joga, não corre. Que ele, profissional de futebol remunerado, esteja com 106 quilos com dois meses de temporada.


O Flamengo deve apoiá-lo sim. Mas o jogador não pode fazer o que quer. Muitos jogadores frequentam as noitadas, brigam com a mulher, tomam umas biritas. Mas deve haver responsabilidade e respeito por quem lhe paga. Estamos falando de futebol PROFISSIONAL.


Quando o assunto é Copa do mundo, então…se Dunga tiver um mínimo de coerência não deve levar o Adriano para a África do Sul.


Torço muito pelo Adriano. Acima de tudo pelo homem Adriano, pessoa querida no meio do futebol, ser humano. Acredito em sua recuperação e o incluo em minhas orações, mas passar sempre a mão na cabeça não é a solução para seus problemas.


Para terminar, nesse dia internacional da mulher, quero repudiar a declaração do Bruno, que julga normal sair na mão com uma mulher. Além de não ser normal, é crime.
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Programação de Porco e Peixe em Belém



Por Gerson Nogueira (Diário do Pará)



Programação dos clubes paulistas em Belém. O Palmeiras, que enfrenta o Paissandu na quarta-feira, às 21h50, desembarcou hoje (sem o goleiro Marcos, contundido) e está hospedado no hotel Crowne Plaza. Deve treinar amanhã no campo de futebol da Assembléia Paraense.


Já os meninos da Vila chegam nesta terça-feira, às 14h25. Time completo para encarar o Remo na quinta-feira, às 21h. Treinam na quarta-feira no campinho da AP.
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Verdão rasga a máscara dos meninos da Vila!!!



                  Por Milton Neves (BAND)



O Palmeiras fez um bem ao Santos.


Cortou o salto alto dos meninos da Vila.


No melhor jogo do Paulistão 2010 (apesar de alguns azedos chamarem o campeonato de Paulistinha), os meninos tomaram uma lição.


Lição, aliás, que deveria ter sido aprendida no clássico contra o Corinthians.


Em clássico não se brinca. Não se deve menosprezar o adversário.


O jogo começou como sempre. O Peixe sufocando e o gol saindo logo de cara. Pará, quem diria, fez um golaço.


O Palmeiras, como diria Mauro Beting, “pôs o coração na ponta da chuteira”.


O Verdão entrou “mordido”, com a badalação em torno dos Meninos da Vila.


O segundo gol do Santos, com Neymar, parecia encaminhar uma goleada.


A molecada se assanhou e, quando começou a gostar do jogo, Robert diminuiu.


Com muita dedicação, o Palestra empatou, com o mesmo Robert, tão perseguido pelo repórter colorado Alexandre Praetzel.


O Palmeiras começou melhor o segundo tempo.


O prêmio veio logo: Diego Souza, aproveitou rebote da trave, após jogada aérea, e virou o placar.


Bola alta na área peixeira é um Deus nos acuda.


Durval e Dracena batem cabeça; Felipe não sabe sair do gol.


Volta, Fábio Costa!!!


Ao lado dos companheiros, tirou um “sarro” dos santistas na comemoração.


Aliás, a cada gol do Santos, Robinho e Cia., faziam coreografias zombeteiras.


O jogo virou, também, uma guerra de comemorações.


O ápice aconteceu no gol de empate santista.


Madson deu uma de Viola: começou a imitar um porco, mas foi contido pelos companheiros.


Aí, o menino de ouro da Vila deu vexame. Neymar perdeu a cabeça e deu entrada desleal em Pierre.


Foi corretamente expulso pelo bom árbitro Antonio do Prado, que teve ótima atuação, em jogo difícil.


Lamento a declaração de Dorival Jr., que jogou a culpa na arbitragem. Que feio, Dorival!


Baixe a bola dos meninos e não desvie o foco do problema, pô!


Quando o jogo parecia se encaminhar para o 3 a 3, Robert, o mal-amado, fez um golaço de fora da área e matou o jogo.


Foi a chamada derrota “boa” para o Santos.


Os meninos perceberam que “nem tudo são flores”.
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                         Por Deni Menezes (Rádio Globo)


Defino no título o que vi no Maracanã. O Vasco perdeu o jogo que não soube ganhar, por incompetência de uma de suas estrelas. Não quero tirar o mérito de Bruno, mas Dodô foi o responsável pela derrota. Coisa rara em um clássico é a marcação de três pênaltis. O Vasco teve dois, perdeu; o Flamengo um, converteu. Foi, talvez, a única coisa boa que Adriano fez no jogo, mas o suficiente para decidir e recolocar seu time na liderança do Grupo A da Taça Rio. As falhas nas cobranças de Dodõ, principalmente no primeiro pênalti, fizeram o Vasco perder também o primeiro lugar do Grupo B, que o Botafogo voltou a ocupar com os 2 a 0 sobre o Olaria, que sofreu a primeira derrota para um grande neste campeonato. O nível técnico do clássico foi bom e para isso contribuiu muito a drenagem do Maracanã, cujo gramado está excelente. Com o aumento do preço do ingresso e o horário das 19h30m, em um jogo que não era decisivo, além do temporal que desabou horas antes, não se poderia mesmo esperar mais: R$840 mil, com 30 mil pagantes. Bem abaixo da importância e da tradição do clássico. E da grandeza das duas maiores torcidas do futebol do Rio. A atuação do árbitro Pericles Bassols foi correta. Ele aplicou bem os cartões, acompanhou os lances de perto e marcou com precisão os três pênaltis.
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Era Júlio Baptista



Por Juca Kfouri (Folha de São Paulo)



Era Júlio Baptista
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Ganhe ou perca na África, esta seleção brasileira tem tudo para que se cometa a mesma injustiça de 1990
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JÚLIO BAPTISTA pode até nem participar de nenhum jogo da Copa do Mundo.


Mas será sempre o símbolo de um time cujo técnico optou por ele em detrimento do talento de Ronaldinho Gaúcho.


Já há quem diga que Dunga preferiu um botinudo, coisa que Júlio Baptista jamais foi.


Pode-se cometer em relação a ele a injustiça de que Dunga foi vítima na Copa da Itália, porque também Dunga não era um botinudo, como provou fartamente depois.


Mas rótulos são rótulos, e o que pespegaram no gaúcho dói tanto até hoje que está na raiz de sua beligerância permanente com a imprensa, qualquer imprensa.


Como já disse, Dunga tem a coerência dos toscos, teimosia ou burrice mesmo para muitos, mas, de fato, convicção que o faz morrer junto com os seus ou ir com eles ao paraíso, aposta, aliás, que este colunista faz desde já.


O que se viu em Londres anteontem é que se verá em junho e, tomara, em julho, na África do Sul.


Muita marcação, muita competição, contra-ataques sempre que possível, um brilho aqui e outro ali, desde que com moderação.


E vitórias.


Vitórias em cima de vitórias (37 em 53 jogos), com gols em quantidade razoável, mais de dois em média por jogo (110), menos de um gol sofrido por partida (37), apenas cinco derrotas, uma delas na Copa América, que venceu, nenhuma na Copa das Confederações, que também venceu, a exemplo do que fez contra a Argentina, em Rosário, nas eliminatórias, que liderou.


Mas Júlio Baptista será o estigmatizado da Copa de 2010.


Porque cada vez que aparecer, seja num jogo esporádico, seja nos treinos, seja no saguão do hotel, lá estará a fera que usurpou o lugar da bela menina dos olhos de todos que, entre a abnegação eficaz e a beleza eficaz, preferem a arte.


Pois Dunga prefere os que comem a grama e não os que nela desfilam, porque jamais desfilou.


E, para piorar, até andou sendo entortado por quem desfila -note que está escrito entortado, não humilhado, como ele se sentiu naquele Gre-Nal em que RG deu-lhe um drible de letra pela direita e um chapéu pela esquerda.


O mesmo RG que o presidente da CBF enfiou-lhe goela abaixo nos Jogos Olímpicos de Pequim.


Ah, sim, ora bolas! Venha enfiar agora, quero ver.


Sim, Dunga é o capitão que xingou a taça do mundo que sucedeu aquela que Bellini ergueu e Carlos Alberto beijou, como observou o jornalista Marcelo Barreto.


E que xingará nós todos quando, e se, é claro, ganhar o hexacampeonato como técnico.


Até lá, porém, terá de aconselhar Júlio Baptista, a Fera, não o patinho feio, até porque, cá entre nós, numa passarela o atlético defensor da Roma chama muito mais atenção do que o dentuço jogador do Milan.


Que apenas seria muito mais adequado para uma eventual substituição de Kaká…


Em tempo: gosto do futebol de Júlio Baptista e o levaria para a Copa, ainda mais com a folha de bons serviços dele à seleção.


Tiraria Josué, porque Ramires faz a função muito melhor, e chamaria RG.


Ou, então, PHG.


Ou ambos. Mas essa é uma outra história, para uma outra vez.
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Valeu Roberto Carlos!!!


Por Neto(Comentarista da BAND)


Estava participando do Terceiro Tempo da Band quando o cabeção do Milton Neves me informou que o Roberto Carlos teria feito um gol em minha homenagem. Depois fui verificar e descobri que não foi bem assim. O lateral do Corinthians quis sim comemorar o primeiro gol dele com a camisa do clube e, coincidência ou não, usou a mesma forma como eu fazia nos tempos de jogador. Deslizando de joelhos no gramado. Fiquei feliz com a lembrança de boa parte da mídia e do próprio Roberto na coletiva desta segunda-feira.


          Muita gente não gosta de mim, é verdade. Mas sei também que vários torcedores guardam com carinho na memória essas deslizadas. Fiquei um pouco com saudades daqueles tempos. Por querer ou sem querer, valeu Roberto Carlos!    

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