TOQUE DE PRIMEIRA - Esporte em Ação


Edição: Paulo Henrique e André Melo.

Caros Leitores 

Mais uma vez estou postando opiniões de crônistas que falam e escrevem sobre o futebol nacional. Acompanhem na coluna abaixo.(PV)

Dunga, convoca o Roberto Carlos!


Milton Neves (Apresentador da BAND)

Logo no comecinho do ano, assim que a contratação de Roberto Carlos foi anunciada oficialmente pelo Corinthians, publiquei aqui nesse blog um post pedindo sua convocação para a Copa da África do Sul.
Ah, como me xingaram…
Mas o que é mais uma “frechada” para São Sebastião?
E hoje, será que vocês irão finalmente concordar comigo?
Roberto Carlos é o melhor jogador do “Fenomenal” Corinthians (o ex-são-paulino e ex-lento Danilo vem logo atrás).
E ainda por cima o baixinho começou a fazer com a camisa 6 do Timão seus gols de falta e de pauladas de fora da área.
Ah, Dunga, convoca logo o cara!
Chega de “experimentos” com Filipi, André Santos, Michel Bastos e etc!
E não me venham falar da ‘arrumação de meia’ de 2006 e do ‘bicicleta manca’ de 1998!
E o que Roberto Carlos fez com a camisa do Palmeiras, Inter de Milão, Real Madrid, Fenerbahce e Corinthians, não conta não?
Os desarmes, arrancadas, golaços e bolas salvas em cima da linha?
E aquele golaço-espírita contra a França, em que a bola fez uma das curvas mais espetaculares da história do futebol?
Roberto Carlos é sim um craque da bola e merece vestir a amarelinha na Copa do Mundo da África do Sul!
E você, torcedor, após ver as boas atuações do jogador na lateral do Timão não acha que ele merece mais uma chance na Seleção Brasileira?

Saudade de Armando Nogueira


Alex Escobar (Apresentador da GLOBO)

Convivi com o Armando durante a copa do mundo da Alemanha.
Antes, na fase de preparação da seleção na Suiça, tive a honra de fazer parte de seu programa.
Fiquei encantado pela facilidade que tinha de ser simples e ao mesmo tempo genial.
Era sincero, tinha muitos conselhos a dar e não os guardava.
Tratei de aproveitar aquele convívio, de aprender com ele.
Fomos para a Alemanha juntos, só nós dois. Uma viagem de carro de Weggis para Zurich e depois para Munique de avião.
Foi um privilégio. Procurei ouvir, quase não falar. A todo momento pensava comigo depois de algo que o Armando dizia: Nunca tinha pensado nisso.
Ele me ensinou que eu tinha muito a aprender.
Mas o Armando, então com 79 anos também perguntava, se informava, questionava e sem querer me ensinou que mesmo quem sabe muito, ainda tem o que aprender.
Esteja em paz, querido mestre…

Armando escreve sobre a  alma paraense


Gerson Nogueira (Diário do Pará)

O Paysandu está pegando um Ita no Norte e desembarca com toda corda no Campeonato Brasileiro. É tricampeão dentro de casa, é campeão do Norte e acaba de ser pra sempre consagrado na Copa dos Campeões. Pra mim, que também sou daquelas bandas, o Paysandu é bem mais que um bom time de futebol. Se o Flamengo é um estado d’alma, o Paysandu é a própria alma paraense. É pimenta de cheiro, é o Círio de Nazaré, é tacacá com tucupi, é Eneida de Morais, tia de Fafá, mãe de Otávio, campeão botafoguense. É palmito de bacaba, é Billy Blanco, é açaí, é Jayme Ovalle, inventor do Azulão, tom profundo do azul-celeste, campeão dos campeões. E sempre será também Fafá de Belém, Leila Pinheiro, Jane Duboc, canto e contracanto ao violão de Sebastião Tapajós, fluente como o rio que lhe dá o sobrenome.
O Paysandu é feijão de Santarém, é farinha de mandioca, é jambu, é manga-espada, é maniçoba que Raimundo Nogueira servia, declamando Manuel Bandeira:
“Belém do Pará, onde as avenidas se chamam Estradas. /Terra da castanha/Terra da borracha/Terra de biribá bacuri sapoti/Nortista gostosa/Eu te quero bem./Nunca mais me esquecerei das velas encarnadas,/Verdes, azuis, da Doca de Ver-o-Peso/Nunca mais/E foi pra me consolar mais tarde/Que inventei esta cantiga: Bembelelém, viva Belém! Nortista gostosa/Eu te quero bem.”
Paysandu, permita-me parafrasear Caymmi, cantando teu troféu de imensa glória: Agora, que vens para cá/ Um conselho que mãe sempre dá/ Meu filho, jogue direito que é pra Deus te ajudar.

(Crônica de Armando Nogueira  publicada em 07 de agosto de 2002) 


O futuro incerto de Diego Souza
Neto (Comentarista da BAND)
          
Olha pessoal, não sei onde é o ponto de discórdia desse Palmeiras em crise. Uns dizem que é o Diego Souza, outros dizem que é o Cleiton Xavier. Já falaram até que poderia ser o goleiro Marcos. É mole? Mas a verdade nem o próprio Antônio Carlos quis revelar no Jogo Aberto desta terça-feira na Band. Seja o que for é muito importante que o caso seja pensado e tratado com cautela. Tudo para o clube não seja o maior prejudicado. E digo isso por experiência própria. Em 89 estava no meu auge jogando pelo Palmeiras. Ficamos 23 jogos invictos naquele primeiro semestre. Só perdemos um joguinho para o Bragantino. O Sr. Emerson Leão, na oportunidade treinador, disse que eu era desagregador e preferiu me trocar com o Corinthians pelo Ribamar. Obra do destino ou não, pouco tempo depois arrebentei e virei no ídolo no rival. O pior é que boa parte da torcida ficou com raiva de mim. É brincadeira? Não tive culpa de nada. Tenho certeza que se ficasse no Palestra seríamos campeões. Tínhamos um timaço.
 Tudo bem que hoje em dia não é o mesmo caso. A equipe é apenas regular. Mas negociar o Diego é extremamente discutível. Principalmente porque o motivo seria mais por supostos problemas extra-campo do que pela grana em si.
Não digo que é certo, nem que é errado. Não posso falar sem saber o que realmente está acontecendo. Mas o fato é que esse menino é um dos poucos que tem jogado bola nesse elenco. A diretoria tem que ficar bem atenta na condução deste caso.



Muitos gols e poucas rendas
              Paulo Vasconcellos (Comentarista da Rádio Antena C)
Os ataques das equipes que disputam o Parazão estão eficientes e as defesas consentindo o vazamento, mesmo que os zagueiros atuem de forma atenta, na tentativa de evitar que os goleiros sejam vencidos. Foi assim no primeiro turno e tudo indica que assim será no segundo.Como no futebol o gol representa a consagração para quem o marca, a alegria do artilheiro é contagiante e  ele aproveita aquele instante para dividir com os torcedores a magia do esporte mais praticado no planeta. Depois do fechamento da primeira fase do Campeonato o que se vê nos estádios é a escassez de torcedores que parecem não acreditar no rendimento positivo de suas equipes e as fracas rendas registradas até agora, sustentam que há descaso por parte de quem é responsável pelas grandes arrecadações, fatores que sempre brilharam no futebol paraense. Até os titãs – Remo e Paysandu, estão sofrendo com o pouco dinheiro que entrou em seus cofres neste returno, apesar de o certame estar ainda na segunda rodada.
Todos sabem que a crise ainda assusta o setor da economia brasileira e o futebol representa uma fatia, por somar altas cifras nos jogos realizados em todo o País. O Pará sempre figurou na lista dos campeões de renda, mas a falta de craques tem afastado o torcedor dos estádios e está difícil encontrarem soluções imediatas para que o faturamento no futebol paraense volte a ser cobiçado pelos concorrentes. Para alento do torcedor, pelo menos os talentosos jogadores estão correspondendo com a fama que lhes é creditada, sendo estes candidatos a craques. Vamos torcer para que até o final do Parazão as rendas aumentem e todos possam saldar seus compromissos pecuniários. Esse é o cobiçado futebol paraense e que as revelações de jogadores possam aparecer nos registros de quem divulga e assiste nos estádios.(PV).
Editorial do Programa Gastando a Bola da Rádio Clube do Pará, Apresentado por Paulo Sérgio Pinto.

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