Ananindeua é palco de Bienal de Dança virtual durante a pandemia; Confira

 Programação tem intervenções artísticas em diversos pontos da cidade

Divulgação

Os diferentes espaços públicos serão o palco para a I Bienal de Dança Ananin, da Ribalta Companhia de Dança. O evento começou no início deste mês e segue até o dia 31 de março em diversos formatos apresentados diariamente na internet.

Para conferir a programação completa, basta acessar as redes sociais do evento. Todo dia é postado um vídeo com uma apresentação artística de dez minutos e às sextas-feiras são feitas lives. A Bienal é uma realização da Ribalta com incentivo da Lei Aldir Blanc.

A Bienal apresenta vídeos gravados em diversos espaços de Ananindeua como as feiras, os monumentos históricos, as praças e as ilhas. Entre os espaços estão a Praça Matriz de Ananindeua, a feira do Conjunto Paar, o balneário da Cacimba, o ginásio de esportes, a Casa do Seringueiro, o Porto do Surdo, entre outros. A programação inclui transmissões ao vivo, rodas de conversa, vídeos, espetáculos e o lançamento de livros.

 

 

“Nós começamos no dia 1º de março. Esse projeto só está acontecendo porque tivemos um incentivo da Lei Aldir Blanc para o festival de dança. A gente se auto intitula ‘habitantes criadores’ locais. Isso vem de uma poética em 2012, na época do meu mestrado. Dentro da Casa Ribalta desenvolvemos esse encontro de habitar a casa, habitar a cidade e ressignificar as nossas histórias de vidas como matéria prima para os processos de criação”, explica a professora Mayrla Andrade, coordenadora da Bienal, sobre o processo de criação do evento.

Os “habitantes criadores” Mayrla Andrade, Lindemberg Monteiro, Allan Lima, Leonardo Bahia e Marlene Ferreira realizaram uma cartografia sentimental de lugares de habitação na cidade, onde revisitam coletivamente e apreendem por meio dos movimentos os significados e emoções de um espaço que é, antes de tudo, vivido no e pelo corpo.

“A dança só se faz com esse poder de força pelo encontro. É um encontro de vidas, espaços, afetos, memórias e lembranças”, diz Mayrla. “A gente deseja muito tocar com a nossa dança, reconhecer outros moradores locais nos bairros e ilhas que ainda não partilhamos com a nossa dança e encontrar outras oralidades e narrativas de habitantes criadores locais através de suas memórias”, complementa.

 

 

A Ribalta é a companhia de dança mais antiga em exercício contínuo de atuação em Ananindeua. A companhia realiza aulas, espetáculos e produções em dança e é formada por um grupo de artistas pesquisadores que desenvolvem seus trabalhos no espaço da Casa Ribalta. A companhia pesquisa a linguagem em dança na contemporaneidade tendo como principal indutor nas proposições coreográficas a história de vida dos intérpretes-criadores.

A Ribalta tem acumulado premiações no Pará e em outros estados como o Distrito Federal e o Ceará. Entre os prêmios estão o do Festival Brasileiro de Artes Cênicas, Prêmio ORM, Prêmio Secult-PA de estímulo à criação em dança, Prêmio Preamar de arte e cultura da Secult-PA, Prêmio Funarte Arte de Rua, Prêmio da Fundação Cultural do Pará e o Prêmio de Honra ao Mérito pelos relevantes serviços prestados ao município de Ananindeua (PA).

Agende-se

I Bienal de Dança Ananin
Programação online e gratuita
Até 31 de março
Redes sociais:
www.instagram.com/bienalananin
www.facebook.com/bienalananin




Edição: Alek Brandão
Fonte: O Liberal (texto e imagem).

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