Festival mistura as danças sem receita ou fórmula

 Festival Experimental de Dança Paraense (Fedapa) tenta fazer as danças paraenses serem conhecidas em outras partes do Brasil

Victor Peixe / Divulgação

Misturar os estudos da dança paraense interagindo com outros ritmos de dentro e fora do Brasil é o objetivo do Festival Experimental de Dança Paraense (FEDAPA), idealizado pelo coletivo Cultural Dance e Recrie o Mundo. O evento que segue até hoje pelo Youtube e redes sociais foi contemplado no edital de Dança da Lei Aldir Blanc, financiado pela Secretaria de Cultura do Estado do Pará (Secult). A programação terá oficinas, rodas de conversa, batalha virtual, palestras e apresentações. Toda a programação pode ser acompanhada pelo canal do Youtube e pelas redes sociais do Coletivo Dance e Recrie o Mundo.

A base para a experimentação artística é a própria prática, ou seja, não há fórmula ou receita. Neste caso os idealizadores pensam pôr em prática elementos da cultura regional, destacando a tradição, versatilidade e inovação da cultura amazônica. Devido a pandemia do novo coronavírus, o coletivo Cultural Dance e Recrie o Mundo resolveu tentar por meio de políticas públicas da Lei Aldir Blanc adaptar um festival com toda a programação virtual e gratuita.

“Propomos o Fedapa a fim de contribuir para a valorização e divulgação das danças regionais paraenses, refletimos que as redes sociais estão cada vez mais aproximando as pessoas do Brasil e do mundo, e pela necessidade de isolamento no contexto atual tem aumentado o consumo de conteúdos artísticos de forma online. Então, produzimos o festival de dança para ser transmitido pelas redes sociais, alcançar a população paraense, o Brasil e o mundo, através das experimentações das nossas danças regionais com outros ritmos corporais nacionais e internacionais, para salientar a versatilidade e inovação das nossas tradições populares”, explica a produtora Maya Lima.

Maya explica que a experimentação em dança não tem uma receita pronta. “Deve-se colocar em prática a criatividade, improvisações, composições coreográficas, entre outros elementos, o que propomos é ‘misturar’ as movimentações das danças paraenses com outros ritmos do Brasil e o mundo, para salientar a versatilidade e inovação da corporeidade paraense”, ressalta. O grupo entende que o mercado da dança está mais aberto, pois com o advento das redes sociais muitos artistas podem divulgar seus trabalhos independentemente do lugar. “Um dos motivos de experimentar com outras danças foi para chamar a atenção do público de dentro e de fora do Estado para contribuir com a divulgação e a valorização da nossa cultura regional”, enfatiza.

A programação que começou no dia 15 segue até hoje, 17, pelas plataformas digitais do @danceerecrieomundoo. No total, foram apresentadas seis oficinas de experimentação de danças paraenses com outros estilos, batalha virtual, rodas de conversa, palestra todo o conteúdo é gratuito. Todo o conteúdo ficará disponível nas redes sociais do grupo.





Edição: Alek Brandão
Fonte: O Liberal (texto e imagem).

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