Nelson Patelli Filho fala sobre “Antigas e Curiosas Frases”

Quantas expressões herdamos dos nossos antepassados e que muitas vezes soa de um modo esquisito aos nossos atuais ouvidos: ”do tempo da onça; “onde Judas perdeu as botas”; “cheio de nove horas”; arranca-rabo”, e muitas outras frases antigas que ainda são usadas atualmente. De onde surgiram e qual o significado? É o que vou esclarecer.

“Fulano é um Frederico”

Em meados do século passado, existiu em Mogi Mirim um cidadão de nome Frederico e que fazia muito sucesso com seus causos incríveis e absurdos. Na Praça Rui Barbosa ou no Bar do Bépe, ele desfilava seus causos ante uma plateia atenta e risonha. Era considerado o rei da mentira bem contada. Quando alguém dizia: Fulano é um Frederico, significava que aquela pessoa era uma grande mentirosa.

“Arranca-Rabo”

Na época imperiais, um ato de vandalismo e selvageria ocasionava grande confusão entre muita gente. Pessoas de má índole, cortavam o rabo de vacas e cavalos com o único intuito de humilhar os proprietários desses animais por motivos fúteis. Quando os autores eram descobertos, havia uma grande briga envolvendo muitas pessoas. Assim surgiu a frase “arranca-rabo”, ou seja, uma grande confusão e enorme discussão.

“Onde Judas perdeu as botas”

É uma curiosa expressão, pois surgiu focalizando a figura de Judas, o traidor de Jesus Cristo. Entretanto, Judas nunca usou botas na realidade. Mas, em virtude de sua traição e suicídio estaria condenado a vagar eternamente e sem destino. Desse modo, o povo criou a expressão “onde Judas perdeu as botas”, para significar um lugar distante e indefinido, nos confins do mundo.

“Cheio de Nove Horas”

Nos séculos Dezoito e Dezenove, era costume as pessoas se recolherem às suas casas por volta das nove horas da noite. Em Mogi Mirim, a prática também era adotada por todos os cidadãos. Até que virou lei, e se a polícia encontrava alguém pelas ruas após as nove horas revistava quem quer que fosse e fazia um implicante interrogatório, abusando das regras. Por esse motivo, surgem a expressão “cheio de nove horas”, para designar uma pessoa cheia de regras, de censuras e com extrema má vontade e atos radicais.

“Queimador de Campo”

Há cerca de dois séculos, existiu em Mogi Mirim segundo antigos depoimentos, um indivíduo exagerado nos atos, nas palavras e na vaidade. Como ele tinha o hábito de fazer queimadas para preparar a terra em suas plantações, o povo criou a expressão “fulano é um queimador de campo”, para designar a pessoa arrogante, exagerada em seus atos e conversas.

“Do Tempo da Onça”

Significa algo muito antigo, praticamente em desuso. A história diz que essa expressão surgiu no tempo das Capitanias e quando era governador no Rio de Janeiro um velho militar, pessoa ranzinza, com extremo mau humor e que de tudo reclamava. O povo apelidou-o de “Onça” por causa do seu gênio. Como ele viveu há quase 300 anos, a frase “do tempo da Onça” tem essa idade.

“Fulano tem uma telha a menos”

Frase criada pelo povo há centenas de anos. Não tem nada a ver com pessoas de pouco cabelo, como pode parecer à primeira vista. O verdadeiro significado é: pessoa meio doida, com manias esquisitas.

Preceitos Bíblicos

“Deus nos salvou e nos chamou com uma vocação santa, não devido as nossas obras, mas em virtude de seus desígnios e da sua graça, que nos foi dada em Cristo Jesus, desde toda a eternidade”. (2 Tm 1,9).

Túnel do Tempo

Neste ano de 2017, Mogi Mirim possui 1.121 ruas e 103 praças. A mais antiga e arborizada praça é a Floriano Peixoto, o popular jardim Velho, aberto em 1887 e ainda restando desse tempo 2 árvores, as figueiras portuguesas.

Legenda da Imagem:

Alunos do Curso de Contabilidade da Escola Técnica de Comércio. Sentados: Sebastião Nilson Mantovani e Nelson Patelli Filho. Ao fundo, da esquerda para a direita: Antonio Queiroz, Vilma Caetano, Inês Zanetti, Antonio Ribeiro Filho, Carlos Taraski, Aparecida Cazassa e Nivaldo Finazzi. Foto de 1951.




Edição: Alek Brandão
Fonte: O Popular Digital

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