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Edição: Paulo Henrique #

Enem: Regras de segurança teriam causado erro
A Gráfica RR Donnelley, responsável pela impressão das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), encaminhou hoje (8) nota ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) explicando que a manutenção do sigilo do conteúdo das provas impedia que elas fossem revisadas após impressas.
Esse seria o motivo que levou um lote de 21 mil cadernos de prova amarelos a apresentarem erro na montagem. Eles não continham todas as 90 questões das provas aplicadas no sábado (6). O Inep estuda reaplicar a avaliação para os estudantes que receberam o material com defeito.
De acordo com a gráfica, a impressão do material ocorreu “conforme previsão contratual, dentro dos mais rigorosos critérios de segurança e sigilo, evitando dessa forma o vazamento do conteúdo da prova”.
A cada 20 mil cadernos era gerado um caderno de qualidade para controle da impressão. Para que o conteúdo não fosse devassado, segundo a gráfica, esse foi o "critério especial" criado para verificar "a exatidão da quantidade de páginas" e a "impressão legível".
Segundo a RR Donnelley, o erro está “dentro da normalidade técnica para esse processo industrial”. A nota diz que “em que pese a abrangência desse episódio, o defeito representa um índice de 0,003 sobre as quase 10 milhões de provas impressas”.
O Inep calcula que um percentual pequeno de candidatos tenha sido afetado pelas 21 mil provas com erro. Isso porque em cada local de aplicação há uma reserva técnica de 10% de cadernos de provas para serem trocados caso haja algum defeito no material. O órgão ainda não tem um levantamento oficial, mas acredita que a maioria dos estudantes que recebeu o caderno defeituoso conseguiu trocá-lo.
A RR Donnelley assegura que irá se responsabilizar pela adoção das "medidas necessárias para a solução dos problemas gerados” e garantir o direitos dos estudantes que tenham sido prejudicados. A empresa venceu a licitação para o Enem de 2010 depois de uma batalha na Justiça que excluiu da disputa a Gráfica Plural, de onde as provas foram roubadas no ano passado, causando o adiamento do exame. A RR Donnelley ofereceu um lance de R$ 71 milhões pelo serviço, que valeria para duas edições da prova.
No ano passado, o Inep teve que reaplicar a prova para alunos de uma escola no Espírito Santo que ficou alagado no dia do Enem. Esses candidatos fizeram o exame junto com a aplicação feita para os presidiários, posteriormente. Neste ano, a prova dos presídios está marcada para 6 e 7 de dezembro e uma das possibilidades é que os candidatos da prova amarela sejam reavaliados nesta data. (Agência Estado)

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