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Edição: Paulo Henrique #

Leitos estão abaixo do número recomendado no Pará
Atualmente o Pará possui 15.288 mil leitos para atendimento de pacientes, em diversas especialidades. Deste total, 11.482 são para o Sistema Único de Saúde (SUS). Os dados – fornecidos pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) - revelam um número abaixo do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que seria de aproximadamente 17 mil leitos (2,3 leitos a cada 1.000 habitantes).
Além do número de leitos, outros fatores também contribuem para alguns problemas encontrados na área da saúde. Um exemplo foi o ocorrido esta semana com um paciente, vindo de Muaná, na Ilha do Marajó, que morreu enquanto era transferido para o Pronto-Socorro Municipal Humberto Maradei (Guamá). Como não veio referenciado, acabou sendo encaminhado para um hospital sem leito disponível.
Na ocasião, Sérgio Pimentel, secretário de Saúde de Belém, apontou uma falha de comunicação entre Estado e Município como determinante para o óbito. Para o secretário, é necessário haver uma integração entre os dois, para que novas falhas não ocorram. Para isso, a previsão é que seja criada uma central regulatória de leitos. “Vamos cadastrar todos os leitos em um sistema e colocar à disposição dos usuários para facilitar o processo e dar transparência”.
Pimentel afirma que pretende que Belém conte com este sistema até o final deste ano e que, a partir daí, outros municípios do Estado tomem a mesma iniciativa. O secretário explica que com esse sistema, o Estado também deverá ter acesso aos dados dos leitos disponíveis, o que facilitaria a comunicação.

FUNCIONAMENTO
Charles Tocantins, diretor de desenvolvimento e auditoria dos serviços de saúde da Sespa, explica que o Município é responsável pela central de leitos e que o Estado possui uma central de urgência e emergência, que é responsável pelos resgates aéreos de passageiros.
“Esse resgate só é liberado se o paciente já tiver um leito reservado”, diz. Para isso, cada vez que há uma solicitação, é feito contato com os municípios para saber onde há leito disponível mais próximo e que atenda as necessidades do paciente.
Pimentel conta que o controle dos leitos é feito pelo Departamento de Regulação da Sesma, e que os outros municípios do Estado têm pactuação com Belém, que dispõe de melhores condições, como atendimento para casos de alta complexidade. (Diário do Pará)

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