Escritora e ilustradora Judith Kerr morre aos 95 anos

A escritora e ilustradora Judith Kerr, autora do livro infantil "O Tigre que Veio Tomar Chá", obra que vendeu milhões de exemplares no mundo todo, e "Mog, o Gato Esquecido", morreu aos 95 anos, informou nesta quinta-feira, 23, sua editora.

A morte de uma das autoras de livros infantis mais populares do século 20 foi anunciada por sua editora, Harper Collins, que disse que ela faleceu após uma doença breve, mas não especificou a causa. "Com muita tristeza que confirmamos a morte de nossa querida autora e ilustradora, Judith Kerr", disse a editora britânica Harper Collins, em comunicado no Twitter.

Judith Kerr nasceu em Berlim, mas deixou a Alemanha com a família em 1933 para escapar do regime nazista, se estabelecendo na Inglaterra, onde a escritora estudou e trabalhou como roteirista na BBC.

"Foi a maior honra e privilégio conhecer e publicar Judith Kerr", disse Ann-Janine Murtagh, editora-executiva da HarperCollins Children’s Books. "Ela vinha visitar nossos escritórios com frequência – sempre trazendo seus livros pessoalmente, muitas vezes chegando no ônibus número 9 e nos deixando todos cheios de riso e encanto por seu apego surpreendente pela vida".

Judith, que deixou a Alemanha com a família pouco antes de os nazistas tomarem o poder, escreveu e ilustrou 35 livros que venderam milhões de cópias em todo o mundo, entre eles "Quando Hitler Roubou o Coelho Rosa". Mas nenhum foi mais festejado do que seu primeiro a respeito do caos provocado pelo apetite enorme de um visitante surpresa.

"O Tigre que Veio para O Chá" conta a história de uma menina e uma mãe que estão tomando chá em casa quando um tigre amistoso chega de repente, come toda a comida e parte para nunca mais voltar.

A luta da família de Judith para sobreviver na condição de refugiados em Paris e depois na Londres da guerra foi o assunto da trilogia autobiográfica iniciada com a publicação de "Quando Hitler Roubou o Coelho Rosa", em 1971. O livro foi traduzido para muitas línguas e adotado em escolas como uma introdução a um dos capítulos mais sombrios da história.

Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)