Estação das Docas abre nesta sexta programação pelos 19 anos de funcionamento



A Estação das Docas completa 19 anos com uma programação para marcar o aniversário. O projeto Pôr do Som Especial dá um banho de cultura regional, hoje, com o Grupo de Expressões Parafolclóricas Uirapuru, trazendo o lundu, carimbó, siriá, xote, dança do vaqueiro do Marajó e lendas amazônicas, a partir das 18h30, na Orla do Armazém 3.
A programação segue até a segunda-feira, 13, com a Banda B3, o cantor e compositor Pedrinho Cavalléro e a Banda Farofa Tropikal, além da exibição de “Mussum: um filme do Cacildis”, documentário sobre a vida de Antônio Carlos Bernardes, o Mussum, e da celebração de missa com a chegada da imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré. As atrações musicais são gratuitas.
O complexo turístico, cultural, gastronômico, centro de compras, serviços e eventos mais famoso da capital paraense completa 19 anos na segunda-feira, 13, sob a administração da Organização Social Pará 2000.
A Estação das Docas é hoje o principal complexo turístico da capital paraense (Cristino Martins)
O Grupo Uirapuru, que abre a programação, é um dos mais antigos em atividade no estado, com um histórico de apresentações dentro e fora do Pará, participação em festivais e eventos folclóricos, sempre reproduzindo não apenas a cultura popular paraense, mas também os ritmos nordestinos, como forró, xaxado e frevo, e o bailado gaúcho. Este ano, o grupo se prepara para participar do Festival de Folguedos no Piauí e da Festividade de São João, na Paraíba.
Neste sábado, 11, o projeto cultural Rock na Orla apresenta a Banda B3, com som pop, rock, dances nacionais e internacionais, reggae, carimbó, lambada, zouk, axé, forró e brega anos 90, sertanejo atual, quebradeiras, funk e flash back. A apresentação inicia às 18h30, na Orla do Armazém 3.
A banda existe há 13 anos e é composta por Camila Barbalho (vocal principal e contrabaixo), Moisés Barbosa (vocal e guitarra), Fabrício Bastos (guitarra solo, sintetizador mídi e backing vocal), Jonathan Moraes (teclado) e Maurício Costa (bateria). No âmbito autoral, obteve o 2º lugar no III Festival de Videoclipes da Ná Figueredo, com a música “Gerbrelich Keit – As tolas canções de amor”.
A banda B3 é atração do sábado na festa da Estação das DocasA banda B3 é atração do sábado na festa da Estação das Docas (Divulgação)
MÚSICA E CINEMA
Já no domingo, 12, a Estação oferece música e cinema, com o show autoral de Pedrinho Cavalléro, que completa 40 anos de carreira, na Orla do Armazém 3, das 18h30 às 20 horas; e a exibição do documentário sobre Mussum em duas sessões, às 16 e às 19 horas, no Teatro Maria Sylvia Nunes, com ingressos a R$ 12,00.
"A gente vai fazer um show bem parauara com um leque de ritmos, que vai da bossa até o marabaixo. Vou contar uma história desses 40 anos através das canções", resume o cantor. A apresentação será na Orla do Armazém 3, das 18h30 às 20 horas. 
O repertório de Pedrinho traz os sucessos "Pássaro Cantador", "Apara com Esse Namoro", "Bazar Pechincha" e "Amor em Mim", entre outros. O cantor vai estar acompanhado de Abel do Baixo (contrabaixo) e Maurício Nery (percussão e bateria). "É uma oportunidade do público conhecer a música popular paraense. A música paraense é muito rica, temos vários e grandes compositores. É muita gente fazendo muita coisa bacana. A cultura do Pará, especialmente a música, está na moda no Brasil, em evidência", ressalta.
Pedrinho Cavalléro comemora também 40 anos de carreira durante o evento (Divulgação)
Este ano, ele lança o álbum "Querelas da Amazônia", que celebra 40 anos de parceria com o poeta Jorge Andrade. Esse é o sexto disco da carreira do músico. Pedrinho também está produzindo outro disco, "Minha aldeia é do tamanho do meu coração - 40 anos de carreira", previsto também para este ano. A canção que dá nome ao novo projeto é uma composição dele com Vital Lima.
MUSSUM
O documentário “Mussum: um filme do Cacildis” conta a trajetória do músico e comediante Antônio Carlos Bernardes. O documentário é narrado por Lázaro Ramos e dirigido por Susanna Lira, com trilha sonora original de Pretinho da Serrinha.
O filme estreou nas edições do Festival Mimo 2018 em Olinda e no Rio de Janeiro e foi selecionado para a Mostra Competitiva do Festival de Aruanda 2018 e para a Mostra Competitiva do Festival Arquivo em Cartaz 2018. 
A trajetória de Mussum ao lado dos Trapalhões é abordada no documentárioA trajetória de Mussum ao lado dos Trapalhões é abordada no documentário (Divulgação)
A carreira de Antônio Carlos iniciou como vocalista do grupo “Os Originais do Samba”, passando por atuações na TV e no cinema, como humorista e depois integrante de “Os Trapalhões”, grupo que revolucionou o humor na teledramaturgia brasileira. A narrativa descreve o homem por trás do artista que brilhou por todas as áreas das artes brasileiras e que continua presente como um ícone pop nas redes sociais, em camisetas, campanhas publicitárias e na memória afetiva dos brasileiros. 
CELEBRAÇÃO
Na segunda-feira, 13, a programação musical encerra com o show da Farofa Tropikal, na Orla do Armazém 3, a partir das 18h30. "Vamos apresentar um apanhado da trajetória da banda, com resgate do brega marcante, passando pelo merengue, guitarra, zook, cúmbia, os ritmos caribenhos que são as nossas grandes influências e objeto das nossas pesquisas, e também as músicas autorais, como 'Conexão Latina', 'Vamos Dançar' e 'Tacutá'", resume Gabriel Dietrich (voz e baixo elétrico).
A banda Farofa Tropikal encerra os festejos pelos 19 anos da Estação das DocasA banda Farofa Tropikal encerra os festejos pelos 19 anos da Estação das Docas (Divulgação)
A banda é composta também por por Layse (voz e bateria), Daniel Serrão (guitarra) e Lorran Valle (guitarra). A Farofa foi formada em 2017, em Curitiba, a partir do trabalho de pesquisa e difunsão da música popular paraense e dos ritmos amazônicos e caribenhos, que se tornaram o eixo musical do grupo, que agregou arranjos de psicodelia e rock’n’roll.
Neste dia a Estação das Docas abre mais cedo, às 9h, para receber a imagem peregrina de Nossa Senhora de Nazaré, que será conduzida em cortejo desde o portão lateral ao Ver-o-Peso até o Armazém 3. Às 10h, no Armazém 3, inicia a missa em celebração ao aniversário do complexo.

Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)

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