Colunas & Colunistas - A Opinião de Carlos Ferreira

Atualização às 21h46 de sexta-feira, 18 de junho de 2010.
Edição: Paulo Henrique

O Conceito e a razão
Fico muito feliz por contar com conceituados colaboradores em meu Blog e Carlos Ferreira é um deles. Por isso, continuarei postando sua coluna, recheada de assuntos importantes. (PV)

Magnum, jogador e empresário ao mesmo tempo
Favorecido pela Copa do Mundo, que suspendeu o campeonato japonês e todas as outras competições importantes do planeta, o paraense Magnum curte folga em Belém. Revelado pela Tuna e projetado pelo Paysandu, o meia de 28 anos brilha há três anos no Japão, depois de ter feito sucesso também no Vitória/BA, no Santos. Atualmente, é titular do Nagoya Grampus, vice-líder do campeonato japonês, onde joga o também brasileiro Túlio Tanaka, zagueiro titular do Japão na Copa. Mas seu primeiro clube no Japão foi o Kawasaki, que o comprou do Santos em 2008. Por desconhecimento dos próprios direitos, a Tuna deixou de faturar a comissão de formadora, prevista na Lei Pelé.
Muito habilidoso com a bola, Magnum está mostrando habilidade também nos negócios. Já é um dos jogadores brasileiros mais ricos e está investindo numa nova forma de ganhar dinheiro no futebol. Criou a GR Sport, uma empresa que atua no marketing esportivo, na formação de jogadores (escolinha no bairro da Marambaia) e no agenciamento de carreiras. São agenciados pela GR Sport os paraenses Moisés, Edinaldo, Jenison, André Mensalão, Juba, Thiago, Andrezinho e Welthon. Desses, o meia Andrezinho, ex-Remo, voltou da Coréia do Sul, atuou este ano pelo Catanduvense/SP e deve reforçar o Águia junto com o atacante Roma na Série C. Welthon, sub 20, é fruto da Tuna e já está sendo transferido do Sport Recife para o Coritiba.

Magnum vai permanecer em Belém por mais oito dias. Viaja de volta ao Japão no dia 27, para reiniciar trabalhos no Kagoya Grampus.

Mudança de postura no ataque do Remo
A troca de Marciano por Zé Carlos implica numa mudança de postura do ataque remista. Saiu um atacante flutuante, que fugia muito da área, para a entrada de um referencial de área. Outra diferença está no jogo aéreo. Ao contrário de Marciano, Zé Carlos é especialista no cabeceio, o que deve alterar a conduta ofensiva de toda a equipe. O problema é que o elenco azulino não tem outro atacante com características semelhantes para a reserva. Além disso, Zé Carlos mostrou-se instável na passagem pelo Paysandu em 2009, alternando boas e más atuações. No Noroeste teve regularidade a ponto de marcar 14 gols na 2ª divisão paulista.

Copa: a sombra e o assombro da zebra
Franceses, ingleses e alemães já sofreram frustração. A simples sombra da zebra já é um assombro nesta Copa. Apesar de favorito, o Brasil que se cuide, afinal enfrenta amanhã uma das mais ameaçadoras seleções emergentes. Todos os titulares da Costa do Marfim jogam em clubes europeus. Isso basta para mostrar que é uma equipe qualificada, plenamente capaz de aprontar.

Como é típico do futebol africano, a Costa do Marfim joga ofensivamente. Amanhã deverá ser mais comedida, diante dos brasileiros, mas com apetite pelo gol. O Brasil deverá ter as condições de contra-ataque que não teve diante da Coreia do Norte. Todo o esforço dos marfinenses será por um jogo “encardido”, pela forte marcação. Para esse tipo de jogo a esperança do Brasil está nos lances de bola parada (cobranças de falta e de escanteio) e nos lances de inspiração individual, principalmente de Robinho. Com média de 1,82m., a atual seleção é a mais alta que o Brasil já levou a uma Copa. Essa arma funcionou bem nas Eliminatórias e na Copa das Confederações. Embora não tenha funcionado contra a Coreia do Norte, deve ser um trunfo decisivo nesta Copa.


Espanhóis, líderes no mercado da bola
Decepção da primeira rodada da Copa, com derrota para a Suíça, a seleção espanhola está negando não só o favoritismo para o título como também a cotação no mercado. É a seleção mais cara da Copa. Vale R$ 678 milhões. A Argentina, por sua vez, está justificando a segunda posição, com R$ 656 milhões. A terceira é a Inglaterra, com R$ 589 milhões. O Brasil tem a quarta seleção mais cara do mundo: R$ 499 milhões. A Costa do Marfim, adversária da seleção brasileira amanhã, é a nona: R$ 291 milhões. A seleção marfinense é mais cara que a seleção italiana, atual campeã mundial, que vale R$ 284 milhões nas avaliações de mercado.

BAIXINHAS

* Tucuruí deixou de comprar os direitos de propriedade do Independente por R$ 30 mil. Investiu na valorização da marca e elevou o preço. Se quiser fixar o Independente definitivamente na cidade, Tucuruí vai ter que pagar os R$ 80 mil cobrados por Francisco Bastos, patrono do clube desde a fundação.

* Reservas de luxo em quase todo o campeonato estadual, o remista Samir e o bicolor Zeziel parecem fadados ao banco também no campeonato nacional. São dois bons jogadores, mas aparentemente sem grande ambição.

* Descartado o empréstimo do lateral Neto, do Remo, para o Sampaio Corrêa. O jogador foi solicitado pelo técnico Flávio Campos, que foi demitido e substituído por Arnaldo Lira. Na troca de treinador, o clube maranhense dispensou um ex-remista e contratou um ex-bicolor.

* Missa pelos 20 anos de falecimento de Manoel Chipelo, um folclórico e dedicado dirigente que marcou época na Tuna. Será domingo, às 8h30, na igreja de Fátima.

* Goleiro Paulo Rafael, fruto do Paysandu, é titular do sub 20 e terceira opção do elenco profissional do Sport Recife. Levado pelo treinador de goleiros João Batista, que trabalhou com Givanildo Oliveira na Curuzu em 2008, Paulo Rafael está vinculado ao Sport pelos próximos três anos.

* À medida que o gerente Didi vai levantando informações e derrubando contratações feitas pelo presidente Luis Omar e pelo diretor Antônio Cláudio “Louro”, vai ficando claro como funcionava esse serviço no clube. Didi só está precisando fazer o óbvio para fazer a diferença.

* Roma chegou a arrumar as malas para ir jogar nos Estados Unidos. O negócio não vingou. O atacante permaneceu no futebol carioca, atuando pelo São Cristóvão. Contratado pelo Águia, vai jogar pela primeira vez no futebol paraense em 11 anos de carreira e rodagem por 15 clubes, inclusive na Arábia Saudita, México, Albânia, Bélgica, Portugal e Coréia do Sul.

* Mesmo de férias há duas semanas, no Brasil, o paraense Rodrigo Felix, do Bahrain Clube, ainda não chegou a Belém. Está tratando de negócios em Florianópolis e Brasília. Mas virá a à terrinha antes da viagem de volta ao Bahrein.

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