LEQUE DE NOTÍCIAS - Parceria: Blog do PV, Jornal de Capanema e Rádio Antena C


Atualização às 21h40 de terça-feira, 8 de junho de 2010.
Edição: Cleoson Vilar, Paulo Henrique, Celene Vasconcellos, Jucivaldo Gomes, André Melo, Alex Cunha e Luis Carlos Glins.
 Paulo Henrique Ganso fala sobre a vida fora dos gramados
Craque idolatrado no Santos (SP), dono da camisa 10 já vestida por Pelé e um dos nomes mais aclamados pelo público brasileiro para ir à Copa do Mundo pela seleção, o jovem paraense Paulo Henrique Ganso, de 20 anos, está de folga em Belém e contou ao Portal ORM o que pensa em fazer quando não está com chuteiras nos pés.
 Ganso é jogador profissional de futebol, portanto, tem compromissos a cumprir. O dia em Santos começa com trabalho. 'Vou treinar. De manhã, umas 8h, acordo para me arrumar. Cerca de 8h30 eu chego no CT (Centro de Treinamento) e 9h começa o treino', conta.
Ele revela um dos motivos para que a mãe, dona Creuza Lima, também tenha se mudado para a cidade praiana. 'É ela quem me acorda', disse em meio a risos.
Depois disso... Vida normal aos mortais. 'Sempre saio com o Neymar. Antigamente, a gente podia andar mais pelos lugares, só que agora eu vou mais para a casa dele para jogar uma sinuca, fazer um churrasco...'. Em relação ao gosto pelo açaí,  confidencia: 'Sempre tomo lá e o Neymar já provou e gosta também'.
 Mas, como todo jovem de 20 anos com uma grande responsabilidade nas mãos, Henrique, como é chamado em casa, já pensa no futuro. 'Completei o segundo grau, mas está faltando uma faculdade. Antes eu pensava em cursar Educação física, mas agora decide que vou seguir na medicina esportiva', antecipou.
 Ainda sobre o assunto, quando perguntado sobre as especulações de sua ida para times como o Real Madrid (ESP), Milan (ITA) e clubes ingleses, o meia falou sobre o estudo de idiomas estrangeiros. 'Bom... Sei falar inglês, mas é o básico do básico. Mas estou tranquilo. Sei que quando acontecer, vai ser de forma natural', falou.
 O Pará - Em entrevista ao Portal ORM um dia depois da conquista do campeonato paulista pelo Santos, Paulo Henrique adiantou que tem vontade de ajudar o futebol paraense, mas ainda não definiu como. Poderia ser desde a criação de uma escolinha, até o investimento direto em algum clube.
 O Clube do Remo manifestou interesse em estabelecer contato com o jogador sobre o assunto e Ganso falou: 'Sou remista, mas acima de tudo sou paraense e quero ajudar o futebol regional como um todo, principalmente, atingindo as crianças daqui...pode ser que eu ajude qualquer time, como um Izabelense ou o Castanhal'.
Além disso, o jogador mostrou surpresa pela grande recepção e assédio de fãs. 'É uma grande felicidade. Não esperava tudo isso. Esperava sim ser um grande jogador assim como tantos outros, mas não isso', contou emocionado.
Ida ao Santos - Ganso pontuou ainda como foi para conseguir uma vaga no Santos. 'O Márcio Guedes, que foi meu professor de educação física aqui em Belém, também trabalhava na escola do Giovanni e falou com a irmã dele para que eu pudesse ter uma chance de conseguir fazer um teste no Santos. Deu certo e o meu pai pagou todos os custos para a minha viagem, desde passagem, hospedagem até alimentação. Na época, não estavam fazendo testes por lá e o Giovanni conseguiu uma brecha para mim. Fui e passei para ficar cinco meses em experiência. Desde então, já fiquei por lá'.
 Volta ao Santos - Paulo Henrique Ganso saiu de Belém em 2005, com 15 anos e, após temporadas nas categorias de base do Santos e convocações para as  seleções brasileiras sub17 e sub20, o meia paraense chegou a ser levado para a categoria profissional por duas vezes e foi rebaixado pelos técnicos Leão e Cuca, que chegou a classificar o jogador como 'lento demais'.
 Com folga do Santos desde a segunda-feira (7), Ganso ficará em Belém por pelo menos dez dias, já que deverá se reapresentar ao alvinegro praiano no dia 21 de junho para iniciar os trabalhos visando o retorno do campeonato brasileiro.

Redação Portal ORM

 Pedofilia: Sefer é condenado a 21 anos de prisão
O ex-deputado e médico Luiz Afonso Proença Sefer foi condenado e teve a prisão decretada, na manhã desta terça-feira (08.06) pela juíza Maria das Graças Alfaia Fonseca, titular da Vara Penal de Crimes Contra Crianças e Adolescentes de Belém, por abusar sexualmente de uma menina de 09 anos. A pena do ex-deputado Sefer foi fixada em 21 anos de prisão, para ser cumprido em regime inicialmente fechado, numa das Casas Penais da Região Metropolitana de Belém.
A decisão acompanhou o entendimento da promotora Sandra Gonçalves, representante do Minsitério Público do Estado (MPE), que requereu a juíza a condenação do acusado. Este é o segundo médico condenado por pedofilia em Belém, em menos de um mês. No último dia 27.05, foi condenado a 18 anos um médico hondurenho que vivia em Belém, Hector Puerto. No último dia 20.05 foi condenado um eletricista e no dia 11.05, mais dois enfermeiros que estupraram uma menina de 11 anos, no interior da Santa Casa também foram condenados.
Consta na denúncia oferecida por representantes do MPE, que em meados de 2005, o réu “encomendou aos senhores Estélio Guimarães e Joaquim Oliveira, uma menina menor do interior do Estado, na faixa etária de 08 a 09 anos”. A justificativa seria a de que a menor  faria na casa do ex-deputado “companhia a uma criança”. A menina foi trazida de Mocajuba e entregue ao médico, por Joaquim Oliveira. Após dois dias na casa o médico passou a abusar sexualmente da menina, além de também agredi-la fisicamente, além de obrigar a menor de idade a ingerir bebida alcoólica. A prática criminosa se deu cerca de quatro anos seguidos, dos 09 aos 13 anos de idade da vítima. A menina foi também estrupada pelo filho do réu, o adolescente G.B.
A denúncia foi inicialmente ofertada perante o Tribunal de Justiça do Estado, em virtude da prerrogativa do foro privilegiado que à época gozava o réu, por ser deputado. Após o acusado ter perdido o cargo e foro privilegiado o processo retornou à Vara Penal especializada, tendo início a instrução em 25.05.2005. No total foram ouvidas 20 testemunhas no total, entre as do Ministério Público e da defesa do réu, além de cinco ouvidos como informantes, também chamados de “testemunhas do juízo”.
No interrogatório feito à juíza da vara especializada o réu negou a autoria do crime e alegou que a menina foi trazida para sua casa para estudar e que as acusações seriam: “uma atitude inconsequente da vítima e uma estratégia desta para não retornar ao município de Mocajuba”. O acusado alegou que vinha planejando mandar de volta a menina por que esta tinha "mal comportamento”.
Com base em decisões proferidas por outros tribunais e na análise das provas encontradas no processo, como as testemunhais e laudos periciais de atos libidinosos diversos da conjução carnal, verificação de contágio venério e verificação de gravidez realizado na vítima, a juíza entendeu que “as alegações do réu não encontra respaldo no conjunto probatório”.  Na avaliação da magistrada, “as alegações da defesa do réu que a vítima tinha sido abusado pelo próprio pai, o que para a julgadora os argumentos não são contra-prova ao crime praticado pelo ex-deputado, mesmo que sejam verdadeiras as acusações elas não afastariam o crime perpetrado pelo réu.
Por fim a juíza julgou procedente a denúncia para condenar o ex-deputado Luiz Afonso de Proença Sefer, fixando a pena em 12 anos e 06 meses de reclusão, que aumentou em mais um ano e seis meses, por ter sido crime praticado contra a criança, totalizando 14 anos de reclusão. Com base nos artigos 226, II e 71 do Código de Penal Brasileiro (CPB), pelo crime ter sido praticado de forma continuada, a pena dobrou ficando em 21 anos de prisão em regime inicialmente fechado.
Na sentença condenatória a juíza também determinou o pagamento de indenização por dano moral, que será pago pelo réu em favor da vítima, no valor total de R$120 mil reais. A decisão judicial foi com base no artigo 189, do Código Civil que estabelece indenização por “ação ou omissão voluntária, negligencia ou imperícia, violar direito e causar dano a outrem, ainda, que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. 
(Ascom /TJE PA)
Comissão acompanhará implantação de Belo Monte
A comissão discutirá demandas sociais e como os municípios serão afetados
Foi aprovada no final da tarde desta terça-feira (8), na Câmara dos Deputados, em Brasília, a criação de uma comissão especial para acompanhar a implantação da Hidrelétrica de Belo Monte.

A comissão foi aprovada por unanimidade durante audiência pública realizada na Comissão da Amazônia, que é composta pelos deputados Asdrubal Bentes (PMDB/PA), Lúcio Vale (PR-PA), Eduardo Valverde (PT- RO), Zequinha Marinho (PSC-PA),Márcio Junqueira (DEM/RR),Valtenir Pereira (PSB/MT), e Lindomar Garçon (PV/RO). O deputado Wandenkolk Gonçalves (PSDB-PA), que propôs a criação da comissão, foi eleito presidente, e o deputado Zé Geraldo (PT-PA), relator.

A missão da comissão que acompanhará Belo Monte é de realizar audiências públicas para discussões e visitas para fiscalização das obras, alpem de discutir demandas sociais dos municípios localizados na área de abrangência do projeto e que serão afetados pela construção da hidrelétrica.
O deputado Wandenkolk Gonçalves (PSDB-PA), disse que a intenção é trabalhar em conjunto com os senadores, que já ouviram o ministro de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, e o diretor de Engenharia da Eletrobras, Valter Cardeal. “A ideia inicial era fazer uma comissão única, mas o Senado foi mais ágil e resolveu fazer uma comissão exclusiva”, afirmou.

Os deputados devem participar da próxima audiência do Senado, marcada para 16 de junho e também de uma viagem a Altamira, programada para o dia 23.

Wandenkolk Gonçalves ressaltou que a comissão pretende acompanhar o cumprimento das 40 condicionantes impostas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a liberação da obra. Segundo ele, a maioria da população da região é favorável à construção da usina.

“Nós sabemos que haverá impacto ambiental, assim como qualquer obra dessa magnitude em qualquer lugar do mundo. Mas a pergunta que não quer calar é como seria o Brasil sem essa obra?”.
O que é a Comisão da Amazônia
A “Comissão da Amazônia” foi criada em 1997, pelas bancadas parlamentares dos nove Estados da região amazônica (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins).

Em março de 2004, passou a ser denominada “Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional”. Formada por 17 parlamentares e suplentes, a Comissão tem as competências regimentais de tratar de assuntos relativos à região amazônica, como integração regional e limites legais, valorização econômica, assuntos indígenas, caça, pesca, fauna, flora e sua regulamentação, exploração dos recursos minerais, vegetais e hídricos, turismo e desenvolvimento sustentável.

Outras atribuições da Comissão são: desenvolvimento e integração da região amazônica, planos regionais de desenvolvimento econômico e social, incentivo regional da Amazônia, desenvolvimento e integração de regiões, planos regionais de desenvolvimento econômico e social e incentivos regionais, dentre muitos outros.
Fonte: Diário do Pará

Assinatura de acordo vai ampliar capacitação do MP
Foi assinado hoje, no auditório Natanael Farias Leitão, um Acordo de Cooperação entre o Ministério Público do Estado do Pará, por meio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF), e o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), O objetivo do acordo é a elaboração de cursos, seminários, congressos, simpósios, pesquisas, atividades, estudos e publicações, abrangendo a participação de membros e servidores do Ministério Público do Estado e de outros profissionais com atuação em área vinculada, visando à capacitação e aperfeiçoamento funcional.

A mesa foi composta pelo Procurador-Geral de Justiça em exercício, Almerindo José Cardoso Leitão, pelo Diretor-Geral do CEAF, Promotor de Justiça Frederico Antonio Lima de Oliveira, pela Diretora de Bolsas de Estudos, Auxílios Financeiros e Parcerias, Daniella Maria dos Santos Dias e pelo presidente do IDP, Inocêncio Mártires Coelho.

Após a assinatura do Acordo, o presidente do Instituto Brasiliense de Direito Público e Doutor em Direito pela Universidade de Brasília, Inocêncio Mártires Coelho, fez uma palestra sobre o tema “Ativismo Judicial: o caso brasileiro. Participaram do evento membros, servidores, estagiários e profissionais do direito. Em seguida, o palestrante autografou alguns de seus livros lançados.

Para o coordenador do CEAF, Frederico Oliveira, a atividade proporcionou aos presentes o contato com um dos mais importantes operadores do direito em nosso país. “A palestra do Dr. Inocêncio Coelho sobre ativismo judicial contribuiu para que reflitamos sobre as possibilidades do tema”, destacou.

Um dos pontos ressaltados por Inocêncio Coelho foi a necessidade de questionar sempre. “É preciso desconfiar das certezas pragmáticas, por sempre as nossas certezas em dúvida”.


(Ascom MPE)

Ônibus podem ter novo acesso para cadeirante
 “É uma questão de respeito ao simples direito de ir e vir de todo cidadão”. Desta forma o presidente do Conselho Estadual dos Direitos de Pessoas com Deficiência, Valdir Moura, definiu a nova exigência da lei de acessibilidade que deve ser cumprida por todos os veículos coletivos até 2014.

Segundo Valdir, os cadeirantes ainda encontram dificuldades para se locomoverem pelas ruas de Belém e o problema se dá em função do despreparo dos cobradores e motoristas que não conseguem operar as plataformas existentes nos veículos. “Já fiquei horas esperando na parada por um ônibus adaptado e quando ele apareceu, o motorista me falou que não podia me levar porque não sabia mexer na plataforma eletrônica.”

Diante de tantas reclamações, o Ministério Público reuniu com representantes do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (Setrans-Bel), Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel) e do Conselho de Pessoas com Deficiência, para buscar soluções que atendam às necessidades das pessoas com deficiência.

SUBSTITUIÇÃO

Para Mário Martins, presidente da Setrans-Bel, a solução é substituir a plataforma eletrônica pela manual. Ele explica que atualmente 371 veículos estão adaptados com a plataforma eletrônica em Belém, o que representa 30% da frota existente, e que o problema não é somente a falta de operacionalidade dos motoristas e cobradores, e sim, defeitos existentes nas máquinas que já vieram com problemas. “A partir de agora, estamos testando para que os novos veículos venham com a plataforma manual que é de fácil manuseio e não dá problemas”.

Valdir Moura aprovou a plataforma manual e diz que a partir de agora os cadeirantes não ficarão mais esquecidos nas paradas de ônibus. “É mais fácil e não tem como dar problemas. Basta a boa vontade dos funcionários dos veículos”.

Mário Martins Júnior, diretor regional do Serviço Social do Transporte (Sest) e do Serviço Nacional de Aprendizagem de Transporte (Senat), informa que motoristas e cobradores passam por treinamento para lidar com os equipamentos em questão e que não entende a quantidade de reclamações em relação à constante falta de operacionalidade. “Eles são treinados e não saem nos ônibus sem o conhecimento de como utilizar o equipamento”, informa. (Diário do Pará)

Mesmo com preço menor do Viagra, genérico custará menos
 Os genéricos do remédio contra disfunção erétil Viagra devem ficar mais baratos que o medicamento de marca mesmo após a redução de 50% no preço divulgada nesta terça-feira (08) pela farmacêutica Pfizer, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos (PróGenéricos).

 A Pfizer, detentora da patente do Viagra, anunciou que os preços do Viagra cairão de R$ 30 para R$ 15, em média, por comprimido, já a partir desta terça-feira. No próximo dia 20, a patente do medicamento expira, o que vai permitir a comercialização de genéricos.
 Segundo Odnir Finotti, presidente da PróGenéricos, não importa o quanto a farmacêutica abaixe o preço, o genérico continuará mais barato. "É assim que o mercado de genéricos funciona. Se o deles sair por R$ 15, o genérico deve ficar pelo menos na casa dos R$ 12 por comprimido", afirmou.
 O presidente da associação afirma que pelo menos uma empresa, a EMS, já tem aprovação para a comercialização dos genéricos a partir do momento do fim da patente da Pfizer e que outras quatro devem ter a autorização até lá.
 Finotti também disse que o corte dos preços do Viagra é "muito bem vindo". "A concorrência é ótima, é isso que queremos. Quem dera essa redução tivesse vindo há quatro, cinco anos atrás, para ampliar o acesso a esse remédio", disse ele.
 "Isso mostra a força do programa de genéricos na regulação do mercado", afirma.

Com o fim da patente do Viagra, a PróGenéricos espera que o consumo de remédios para disfunção erétil dobre no próximo ano e que os genéricos respondam por 70% das vendas. A Pfizer, por sua vez, acredita que não deve perder mais do que 30% desse mercado.
 Fim da patente - O Brasil é o primeiro dos 120 países em que o Viagra é comercializado a dar a patente como vencida. Em 28 de abril, o Supremo Tribunal de Justiça decidiu que a patente do medicamento vencerá em junho deste ano, como previsto pela legislação brasileira -- que prevê a proteção da propriedade industrial de remédios por 20 anos após o primeiro registro. O Viagra, segundo o STJ, foi registrado em junho de 1990 na Inglaterra.
 A Pfizer afirma que o pedido feito na Inglaterra não foi concluído e que o registro só foi formalizado em 1991, na União Europeia. Por isso, a fabricante pedia uma extensão de um ano nesse prazo, até 2011. Nos Estados Unidos e na Europa a patente deve vencer nessa data.
 A farmacêutica ainda pode recorrer da decisão, segundo o diretor de negócios da empresa, Adilson Montaneira, mas isso ainda está sob estudo. "Ainda estamos esperando. Temos que avaliar o teor da decisão para poder depois tomar uma nova decisão [sobre recorrer]. Você precisa ter um embasamento legal. Mas independente disso, a decisão de abaixar o preço está tomada", afirma. 

Fonte: G1

Vuvuzelas são mais barulhentas que helicóptero e congestionamento
O som das vuvuzelas promete dar o tom da festa nos estádios durante o Mundial da África do Sul e nas ruas de São Paulo durante os jogos da Seleção Brasileira. Mais do que festa, as tradicionais cornetas podem provocar estragos aos ouvidos do torcedor. A potência do instrumento é tão grande que supera o som de um helicóptero e do trânsito da Marginal Tietê.
Nas lojas da Rua 25 de Março, em São Paulo, as vuvuzelas estão cada vez mais raras nas prateleiras. Mas basta seguir o típico som da corneta para saber onde ela ainda é vendida. Apenas uma foi capaz de atingir 114 decibéis. Três, em escala logaritma, alcançaram pico de 117 decibéis. O som de um helicóptero (com motor a pistão) decolando no Campo de Marte, na zona Norte de São Paulo, chegou a pico de 98 decibéis.
A pedido do G1, o engenheiro Hamilton Tambelini, da empresa Ruído Menor, coletou o som de helicópteros em procedimento de pouso e decolagem em São Paulo, do trânsito da Marginal Tietê e do túnel do Anhangabaú. 'A cada três decibéis temos o dobro do valor inicial em escala linear. Isso significa que o nível de ruído é dobrado.'
Em todas as comparações, a vuvuzela, tocada ao ar livre, se mostrou mais incômoda que os sons que fazem parte da rotina do paulistano. 'A vuvuzela, se tocada muito próxima ao ouvido, pode provocar lesões auditivas permanentes. Por isso é importante o uso de protetor auricular durante a torcida dos jogos, mesmo em casa, fora dos estádios', disse Tambelini.
 'Entre a Marginal Tietê, os helicópteros no Campo de Marte e as cornetas, a vuvuzela é muito mais forte. Se juntássemos todos, não chegaria ao som da vuvuzela. Isso acontece porque a vuvuzela é estridente, mais agudo. O ouvido humano é mais sensível a sons agudos. Como o torcedor vai estar mais perto das cornetas, a intensidade sonora é maior', afirmou o engenheiro.
Uma fundação mantida pela Phonak, fabricante suíça de próteses auditivas, divulgou nesta segunda-feira (7) que a vuvuzela incomoda mais que uma motoserra. Uma série de testes, em estúdio, demonstrou que as trombetas podem alcançar 127 decibéis. Ganham de tambores (122 decibéis) e de apitos (121,8 decibéis), por exemplo.
 Risco nos estádios - Segundo a Norma Regulamentadora 15, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o limite de tolerância para ruído contínuo é de apenas oito minutos em casos de sons como o da vuvuzela, que chegou a 114 decibéis. 'Se pensar que uma partida de futebol tem 90 minutos, fora a festa nos minutos que antecedem a partida, imagine o risco de lesão auditiva que o torcedor estará exposto', disse Tambelini.
 A mesma norma ainda indica que não é permitida a exposição a níveis de ruído acima de 115 decibéis para pessoas sem proteção nos ouvidos. 'Isso significa que alguma lesão o torcedor poderá sofrer durante os jogos na África do Sul. É prudente que o torcedor leve qualquer tipo de proteção. A lesão auditiva, por menor que seja, pode ser permanente', afirmou o engenheiro.
 Barulho para dormir - Apesar de trabalhar na área de aviação há 36 anos, João Júnior, gerente comercial da Tucson Aviação, disse que o som de algumas aeronaves ainda o perturbam. 'O som do helicóptero, por exemplo, eu já estou acostumado. Há frequências que me incomodam mais e só depende do helicóptero. Mas o que me atinge mais é o barulho provocado pelas vuvuzelas. Em estádio de futebol, já tive problemas com elas. Incomoda mesmo.'
A convivência com sons em altos decibéis fez com que Júnior tivesse uma característica auditiva peculiar. 'O silêncio me incomoda para dormir. Preciso de um pouco de barulho para conseguir pegar no sono. Eu tenho um zumbido permanente no ouvido. O silêncio faz com que esse zumbido apareça mais claro quando vou dormir, o que acaba me incomodando um pouco.'
Júnior disse que faz exames de audiometria todo ano e nunca houve registro de perda auditiva.
 Vuvuzela: irritação e alegria - Os comerciantes da Rua 25 de Março não têm do que reclamar nos últimos dias que antecedem a abertura do mundial de futebol. 'A vuvuzela é boa para o comércio. Por causa da Copa, o pessoal já vem no ritmo para comprar. Quando vem um grupo de clientes, todos querem tocar, fazer barulho e levar uma corneta para casa. Comemorar um gol do Brasil sem fazer barulho não tem graça', disse Fátima Paula, 33 anos, gerente da loja Monita.
 Apesar de elogiar o efeito sonoro da vuvuzela nas vendas, ela não quer saber de muito barulho depois do expediente. 'Não posso reclamar, a vuvuzela está vendendo bastante. Vamos fazer uma exceção durante a Copa e depois vamos trabalhar e ficar sem barulho', brincou a gerente.
Mesmo deixando escapar que a vuvuzela provoca um pouco de incômodo, Fátima disse que só uma coisa é pior que a corneta africana: a buzina. 'É uma coisa sem controle. Quando a pessoa toca uma buzina, está irritada e tensa. Isso incomoda mais do que uma vuvuzela, que é alegre.'
 O clima de festa durante a Copa do Mundo da África do Sul pode amenizar a intolerância das pessoas pelo barulho provocado pelas cornetas. 'A vuvuzela vai incomodar mais do que o trânsito de São Paulo, principalmente para quem não gosta de futebol. Eu, particularmente, acompanho futebol e não vou gostar desse barulho o tempo todo', afirmou Tambelini.
  
Fonte: G1

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