ESPECIAL COPA DO MUNDO 2010 - Notícias, Fatos e Fotos.

Edição: Paulo Henrique

Espanha mostra credencial de favorita e vence Honduras por 2 a 0

Villa marca dois gols, um deles uma pintura, e ainda perde pênalti em boa apresentação da Fúria, que reage após derrota na estreia na Copa

Por Thiago Dias
Direto de Joanesburgo, África do Sul

Sabe aquela Espanha que encantou o planeta na Eurocopa de 2008, liderou o ranking da Fifa por muito tempo e foi apontada como candidata para vencer a Copa do Mundo? Pois é, ela finalmente apareceu na África do Sul nesta segunda-feira. Após a decepcionante derrota para a Suíça na estreia, a Fúria apresentou o futebol que a credenciou como favorita, venceu Honduras por 2 a 0 no Ellis Park - com direito a pênalti perdido por David Villa, autor dos dois gols - e agora só depende de si para ficar com o primeiro lugar do Grupo H, assim evitar um provável confronto com o Brasil nas oitavas de final.

Ofensiva, com trocas de passes envolventes e objetiva, a seleção de Vicente del Bosque não desperdiçou as oportunidades que teve para matar o jogo, ao contrário da partida contra os suíços. Sem Iniesta, sentindo dores na coxa direita, o treinador apostou em Fernando Torres e Navas (no lugar de David Silva) no ataque junto com David Villa, que fez um golaço.

O resultado deixou a Fúria em segundo lugar da chave, com três pontos (tem saldo de um gol, contra zero dos suíços). O Chile lidera com seis, enquanto Honduras tem zero. Na próxima sexta-feira (às 15h30m de Brasília), a Espanha pega o Chile em Pretória. Para ficar com o primeiro lugar, tem que vencer os chilenos pela mesma diferença de gols que a Suíça fizer em Honduras. Caso os suíços tropecem, um 1 a 0 serve para Villa e cia.

Trio ofensivo leva Espanha à frente

Com três atacantes - Navas aberto pela direita, Villa pela esquerda e Fernando Torres no meio -, a Fúria dominou o primeiro tempo, teve um pênalti não marcado, acertou uma bola no travessão, fez um golaço e impediu que Honduras acertasse uma bola sequer na direção do gol de Casillas.

Alvo de críticas, namorada de Casillas, Sara Carbonero, trabalha de novo atrás do gol (Foto: Getty Images)Logo aos três minutos, Fernando Torres tentou dar um chapéu em Izaguirre, que cortou com a mão dentro da área, mas o árbitro japonês Yuichi Nishimura não deu o pênalti. Um minuto depois, a Fúria apresentou a jogada que mais daria certo na partida: lançamento na esquerda para Villa, dessa vez executado por Xabi Alonso. O camisa 7 cruzou, e Fernando Torres furou.

O gol começou a amadurecer e quase pintou aos sei minutos. Xabi Alonso deu belo passe para Villa, que dominou e arriscou de fora da área, acertando o travessão. Em dez minutos, pressão total da Espanha, que ainda perdeu um gol de cabeça com Sergio Ramos, por cima. Aos 13, Xabi Alonso virou novamente o jogo bem para Villa na esquerda. O novo jogador do Barcelona driblou Mendoza, puxou para dentro e bateu cruzado, mas pegou mal, e a bola saiu.

Honduras ainda chegou a ameaçar uma reação, aproximando-se de Casillas por três vezes, mas o dia era de David Villa. O time de Vicente del Bosque viu que a jogada pela esquerda dava certo e apostou mais uma vez: aos 16 minutos, o camisa 7 recebeu lançamento longo, dominou, deu um drible desconcertante em Mendoza e Amado Guevara ao mesmo tempo, entrou na área, passou por Chavez e bateu sem defesa para Valladares. Golaço. O primeiro da Fúria na Copa: 1 a 0.

Com futebol solto e sempre para frente, a Espanha não dava chances para Honduras. Bolas longas para David Suazo eram facilmente dominadas pela zaga. No meio-campo, Busquets e Xabi Alonso controlavam a partida e distribuíam os passes, com Xavi sendo perigo sempre nas cobranças de faltas e jogadas rápidas com os atacantes. Substituto de David Silva, Navas foi também uma boa opção pela direita, fazendo tabelas com Sergio Ramos.

De volta ao time, Fernando Torres era a referência no ataque. Mas demonstrou ainda estar sem ritmo de jogo e perdeu duas boas chances aos 32, uma de cabeça (após quicar, a bola foi por cima) e com chute para fora, dentro da área. O camisa 9 ainda reclamou de pênalti aos 43, quando caiu após dividida com Mendoza.

Fúria não dá chance para a zebra

Logo no primeiro contra-ataque da segunda etapa, a Espanha matou a partida. Xavi arrancou pelo meio aos cinco minutos e deu para Navas na direita. O camisa 22 achou Villa sozinho na entrada da área, ele dominou e chutou, a bola bateu em Figueroa e encobriu o goleiro Valladares: 2 a 0.

O terceiro quase saiu um minuto depois. Sergio Ramos deu uma de atacante, invadiu a zaga pelo meio e chutou, mas a bola saiu raspando a trave direita. A melhor chance para ampliar, porém, veio aos 15: Navas foi derrubado na área por Izaguirre. Pênalti marcado. Villa se preparou para fazer seu terceiro gol no jogo, mas bateu para fora, à esquerda.

Logo em seguida, Del Bosque tirou Xavi para a entrada de Fábregas, o que fez o volume das vuvuzelas chegar ao máximo no Ellis Park. O craque do Arsenal tentou retribuir o carinho da torcida logo em seu primeiro lance: recebeu lançamento, entrou na área, driblou o goleiro e tocou, mas Figueroa salvou quase em cima da linha.

O treinador espanhol ainda fez duas substituições, trocando Fernando Torres - que teve atuação apagada - e Sergio Ramos por Mata e Arbeloa. Sem o mesmo ímpeto ofensivo, a Espanha tocou bola confortavelmente no meio-campo nos últimos 15 minutos e ainda teve uma boa chance de chegar ao terceiro gol. Villa recebeu passe de Navas, mas foi travado na hora do chute, com um carrinho de Mendoza

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