Toque de Primeira - O que dizem os Crônistas Esportivos.


 Atualização às 22h de segunda-feira, 7 de junho de 2010
Edição: Paulo Henrique e Paulo Vasconcellos

Seleção sem o brilho de Kaká
Por Neto (Comentarista da BAND)
O que mais chamou minha atenção nessa goleada do Brasil contra a Tanzânia foi a lentidão do meio-campo brasileiro. Fiquei com a nítida impressão de que os reservas estão em melhores condições que os titulares. Quando o Josué e principalmente o Ramires entraram nas vagas de Gilberto Silva e Felipe Melo a Seleção mudou de postura. Um time muito mais ofensivo. Só o ex-cruzeirense fez dois gols.

Agora quem mais me preocupa é o Kaká. Apesar do gol o jogador do Real Madrid foi muito mal. Tanto técnica quanto fisicamente. O curioso, e já vinha frisando isso antes dessa convocação, é que o Dunga não tem nenhum substituto a altura do Kaká. Não só pela categoria, mas principalmente pela forma tática. Eu defendia a ida do Ronaldinho Gaúcho ou Ganso para fazer essa função de criação. Mas paciência, né? Agora já foi.


Uma alternativa aceitável dentro do elenco de 23 seria a escalação do Daniel Alves no meio-campo. Ele está longe de ter o brilho do Kaká, mas ao menos daria uma maior movimentação ao setor. É um baita de um cara. Pra mim tinha que ser titular de qualquer jeito. Agora, amigos a ausência da melhor forma do nosso camisa 10 seria lastimável. É o único cara do Brasil efetivamente com estrela nessa Copa.

Charles, Mais do que Guerreiro
Por Paulo Vasconcellos (Comentarista da Rádio Antena C/Capanema) 

Depois de várias tentativas, o técnico Charles Guerreiro finalmente conseguiu ser campeão paraense fora das quatro linhas. O comandante do Papão, mesmo sofrendo pressões de todos os lados, fecha o Primeiro semestre do ano com brilhantismo ao conquistar o título. Após o jogo, Charles declarou aos jornalistas que deixaria o comando do Paysandu, por causa das cobranças que são feitas para quem dirige time grande. Não sei se ele vai voltar atrás e comandar o Papão na série C. De uma coisa tenho certeza: o Treinador escreve seu nome na história do futebol paraense, por ser excelente profissional e de caráter ilibado. Espero que o "Guerreiro" continue sua carreira com vitórias e conquistas.



A Seleção Brasileira não tinha nada o que fazer na Tanzânia.
Por Juca Kfouri (Comentarista da Rádio CBN)

Saiu de 1.700 metros de altitude para jogar ao nível do mar.
Trocou o clima da Copa, frio e seco, por um calor de 32 graus e muita umidade.
Como se saísse de Campos de Jordão e fosse para Manaus.
Isso tudo, a uma semana de estrear na Copa, convenhamos, é de uma imprudência sem par.
A possibilidade de alguém se gripar é enorme, para não falar da malária que assola a cidade Dar es Salaam, onde o jogo, a preços extorsivos, foi disputado num estádio meio vazio.
Sim, a CBF ficou R$ 4 milhões mais rica.
A Tanzânia era só entusiasmo e pintava e bordava nos erros de Felipe Melo, mas, como sempre tem um mas, na primeira bobeada, Robinho fez 1 a 0, com 10 minutos de jogo.
Verdade que o lance nasceu de uma matada de bola com o braço do santista e, no bate-rebate, Kaká deu na medida para o gol brasileiro.
A Seleção tentava treinar e a Tanzânia tentava jogar.
Na verdade verdadeira, nenhum dos dois atingia seu objetivo.
E a saída de bola do meio de campo brasileiro não saía.
E quem ligava?
Aos 33, Michel Bastos crzou na área, o zagueiro africano falhou feio e Robinho só cumprimentou para a rede: 2 a 0.
Trabalhar mesmo quem trabalhava era o goleiro Gomes, e bem.
Derrotada pela Ruanda no domingo, a segunda-feira da Tanzânia, com mais da metade do mesmo time em campo, punha a língua para fora ainda antes de terminar o primeiro tempo.
Mas Luís Fabiano e Felipe Melo acharam tempo de fazer duas faltas estúpidas, dessas que ninguém entende.
Kaká participou bastante da primeira metade do treinamento, mas ainda apenas com um dos Ka, faltando o outro.
Como falta o Luís no Fabiano.
Luizão, Gilberto, Josué  e Ramires  entraram depois do intervalo nos lugares de Lúcio, Michel Bastos, Felipe Melo e Gilberto Silva.
Era para melhorar o passe e o treino, porque gente disposta a mostrar serviço.
E com oito minutos, Ramires, que é melhor que os dois que saíram, fez 3 a 0, em bela arrancada.
Daniel Alves entrou no lugar de Elano.
O time ficava cada vez melhor, o que é animador para as opções que Dunga tem.
Aos 30, o goleirinho não cortou o cruzamento de Maicon e Kaká fez 4 a 0, no peito e na raça.
Nilmar entrou no lugar de Luís Fabiano.
E, aos 41, para desolamento de Gomes, a Tanzânia diminuiu: 4 a 1.
Daniel Alves não gostou e pôs a bola na cabeça de Ramires, que fez mais um: 5 a 1.
Que ninguém precise de antigripal, que custa barato,  ao chegar de volta à casa.
Porque pode ficar caro demais.

MUDANDO DE CENÁRIO 

Por José Carlos Araújo (Narrador da Rádio Globo - RJ)

Tá chegando a Copa do Mundo e o Brasileirão vai dar uma parada.E eu seguindo, hoje, para a África do Sul,de onde vou manter este contato diário no cenário de mais um mundial.Vai ser a minha décima ,e,com certeza,uma completamente diferente.Cultural e geograficamente.Talvez por isso tenha pintado uma ansiedade maior,na torcida pela nossa seleção.Pode jogar feio, sem exibição, mas o importante é trazer o caneco.Duro vai ser convencer o Dunga que nós,da imprensa,queremos o título.Ele se dirige aos repórteres como se fôssemos inimigos…
Também pode mudar o cenário do campeonato brasileiro.A parada pode alterar o rendimento das equipes.Quem está na frente,como Corinthians,Ceará,Fluminense e Santos,tendem a perder o embalo.Já na zona da degola ,com a paralisação,os que estão a perigo devem se recuperar.Ou não.É o caso do Vasco.Até amanhã,em Johannesburgo !

Brasil goleia a “perigosíssima” Tanzânia por 5 a 1

 Por Milton Neves (Apresentador da BAND)

E não é que os tanzanianos conseguiram marcar um golzinho na Seleção Brasileira?!?
Mas foi só aos 41 do segundo tempo, apesar de Gomes ter feito pelo menos cinco boas defesas durante toda a partida.
No apito final, 5 a 1 para o Brasil naquele que foi o último amistoso antes da Copa do Mundo da África do Sul.
E por favor, não confundam a Tanzânia com a Tasmânia, onde é encontrado o desastrado companheiro do Pernalonga e do Patolino.
O mais próximo disso que encontramos por lá foi o estabanado Felipe Melo, com seus passes errados e carrinhos desnecessários.
Tanto que ele deu lugar para Josué na segunda etapa.
E foi do ex-são-paulino o passe para a arrancada de Ramires que culminou com o terceiro gol do Brasil. O camisa 18 marcou ainda o quinto gol brasileiro e encerrou o placar aos 47 do segundo tempo.
Robinho, meu filho preto, jogou bem e marcou os dois primeiros tentos. Só podia ter nascido na Vila Belmiro!
Kaká, de peito, marcou o quarto. Ele melhorou, mas ainda está com apenas 57,83% de suas condições físicas e técnicas.
Mas eu confio em nosso camisa 10 e sei que ele estará 100% após a primeira fase do Mundial.
Ah, Kaká, ‘jogai por nós!’
E que susto ele deu no finalzinho do primeiro tempo, após carrinho do jogador tanzaniano!
Mas tranqüilizou o Brasil no intervalo dizendo que foi “só uma pancada” e que estava tudo bem.

Otacílio fora dos planos remistas

 Por Gerson Nogueira (Colunista do Diário do Pará)

Apesar de ser um dos jogadores recomendados pelo técnico Giba para permanecer no clube, o volante Otacílio deve ser liberado pelo Remo nos próximos dias. A decisao ainda não é oficial, mas no Baenão é dado como certo que ele será liberado assim que seu contrato com o clube expirar. Com rendimento aquém do esperado no campeonato, apesar de ser escalado como titular por Giba, Otacílio ainda exigiu reajuste salarial depois da derrota nas finais do returno. O desinteresse da diretoria na renovação com o volante pode 

 

VASCO VOLTOU A DEMONSTRAR
O QUANTO TEM UM TIME FRÁGIL

Por  Denni Menezes (Repórter  da Rádio Globo-RJ)

Não chegou a ser novidade. O Vasco voltou a expor sua fragilidade na goleada (4 a 0) que sofreu ontem, na Vila Belmiro, sem que o Santos tenha feito tanto esforço para chegar ao placar, que abriu aos 33 minutos numa desatenção do goleiro Fernando Prass. Com a bola nas mãos, ele não percebeu que Léo estava às suas costas e pôs a bola no campo para fazer a devolução com os pés. Léo correu, tirou-lhe a bola do controle e foi por ele derrubado quando tentou o drible. André bateu de pé direito, no canto direito e Fernando Prass quase tocou na bola: 1 a 0.
  • No segundo tempo, o Santos ampliou aos seis minutos com o gol de Maranhão, que substituiu Rodriguinho no intervalo: 2 a 0 com chute forte enviezado no ângulo. O Vasco substitutiu Philippe Coutinho por Magno e Jeferson por Fumagali, mas não melhorou. O Santos fez 3 a 0 aos 17 com André e, no minuto seguinte, Fumagali foi expulso após um carrinho maldoso. Madson, ex-Vasco, fez 4 a 0 aos 28 minutos com chute de pé esquerdo quase na pequena área.
  • Vasco sofreu a quarta derrota, a segunda consecutiva sem fazer gol, e acabou a fase pré-Copa em penúltimo lugar com cinco pontos ganhos em sete jogos. O time empatou dois jogos (0 a 0 com o Palmeiras e 1 a 1 com o Botafogo) e a única vitória (3 a 2) foi sobre o Internacional, em São Januário. Marcou cinco e sofreu doze gols.
  • Celso Roth: “É preciso reformular o elenco na pausa do campeonato. O Vasco precisa de reforços, isso é muito evidente. A parada, nas condições em que o time se encontra, pode ser muito benéfica. Veio em boa hora.”
  • Fernando Prass: “Não podemos continuar buscando explicações nem tentar justificativa para uma campanha tão ruim. Reconheço que fui desatento no lance do primeiro gol, mas não me sinto culpado por nenhum dos outros.”
  • Vasco reiniciará o campeonato, após a Copa do Mundo, fazendo outro jogo fora: 14 de julho (4ª feira), às 21h50m, com o Goiás, no Serra Dourada. No sábado, dia 17, o Vasco jogará às 18h30m com o Atlético Paranaense, em São Januário.

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