ESPECIAL COPA DO MUNDO 2010 - Notícias, Fatos e Fotos.
Atualização às 10h30m de terça-feira, 15 de junho de 2010.
Edição: Paulo Henrique e Paulo Vasconcellos.
Neozelandeses marcam aos 48 minutos do 2º tempo e impedem eslovacos de comemorem vitória no primeiro jogo de Copa como país independente
O jogo no estádio Royal Bafokeng, em Rustemburgo (África do Sul), era marcante para as duas equipes. De um lado, a Eslováquia, apesar de ser considerada pela Fifa como uma das herdeiras do legado da antiga Tchecoslováquia, disputava seu primeiro jogo de Copa do Mundo como nação independente. Do outro, a Nova Zelândia voltava a jogar uma partida de Mundial após 28 anos. E após o apito final, apesar do empate por 1 a 1, só a seleção da Oceania teve motivos para comemorar. Em uma partida de baixo nível técnico, com muitos passes errados e falhas técnicas, os eslovacos saíram na frente, mas sofreram o empate nos acréscimos no duelo de encerramento da primeira rodada do Grupo E da Copa 2010. Os dois gols foram irregulares, marcados em impedimento. Sestak abriu o placar aos cinco minutos da etapa final. E Reid empatou aos 48 minutos.
A igualdade deixou a chave igual, com Nova Zelândia, Eslováquia, Itália e Paraguai empatados em pontos e gols. As equipes voltam a atuar no próximo domingo. Em Bloemfontein, a Eslováquia enfrenta o Paraguai, às 8h30m (de Brasília). Às 15h, a Nova Zelândia desafia a Itália em Nelspruit.
Confiança eslovaca na vitória
Na véspera da partida, o técnico da Eslováquia, Vladimir Weiss, não seguiu a cartilha tradicional do futebol moderno e disse não temer decepcionar os seus compatriotas no jogo inaugural do país em Mundiais: "Tenho certeza que vamos vencer". Os números dos adversários poderiam servir de argumento para Weiss. Nos 12 jogos anteriores em competições oficiais da Fifa (Copa do Mundo e Copas das Confederações), o país da Oceania tinha como retrospecto um empate e 11 derrotas, com quatro gols marcados e 36 sofridos.
Para concretizar logo a "certeza", Weiss decidiu escalar a equipe com três atacantes (Jendrisek, Vittek e Sestak). Apesar da confiança do treinador eslovaco, a Nova Zelândia não se intimidou e se lançou ao ataque. Killen, jogador do Middlesbrough (Inglaterra), concluiu duas vezes a gol em quatro minutos de jogo. Na primeira, chutou para fora. Na segunda, completou de cabeça uma bola alçada sobre a área. O goleiro Mucha defendeu em dois tempos.
Diante do bom início do adversário, Weiss esqueceu o que havia dito e foi à beira do campo, demonstrando preocupação, e passou a gesticular, tentando orientar seus atletas.
A partir dos 13 minutos, a seleção europeia passou a dominar as ações, explorando bem as laterais. Especialmente com Vladimir Weiss, filho e com o mesmo nome do treinador. Provando que não foi convocado devido ao parentesco, o meia fez bela jogada aos 27 minutos e lançou a bola entre dois marcadores para Sestak. O atacante do Bochum (Alemanha) dominou e chutou rente à trave esquerda, com muito perigo.
Cinco minutos depois, o goleiro Paston errou feio ao tentar lançar a bola para frente e deu uma furada bisonha. Vittek recuperou a Jabulani, invadiu a área, mas mostrando claras dificuldadades de conduzir a pelota (não por culpa da bola), tentou cruzar, mas a defesa colocou para escanteio. O neozelandês voltou a gerar insegurança aos 39. Após cruzamento sobre a área, Durica cabeceou para o centro da área, e o arqueiro deixou passar uma bola aparentemente fácil de interceptar. O atacante Killen, ajudando a defesa, salvou o colega e afastou o perigo.
Do outro lado, o goleiro Mucha demonstrava mais capacidade e fez boa defesa aos 38. Smeltz tabelou com Fallon e chutou forte. O camisa 1 eslovaco desviou para córner, mas o árbitro Jerome Damon não viu e marcou tiro de meta.
Gols irrregulares no início e fim do segundo tempo
Mesmo com as dificuldades enfrentadas pela equipe na etapa inicial, o técnico da Eslováquia decidiu não mudar o time no intervalo. E a insistência no esquema com três atacantes acabou dando resultado. Aos cinco minutos, Sestak cruzou da direita e encontrou Vittek na área. Em impedimento, 93 centímetros à frente do último defensor, o atacante cabeceou bem, no canto direito, sem defesa para Paston.
Com a vantagem, a seleção eslovaca passou a pressionar a saída de bola do adversário, que mostrava sua clara dificuldade de trocar passes e escapar da marcação. E os "All Whites" quase sofreram o segundo gol aos 24 após perderem a bola no campo ofensivo. A Eslováquia saiu em contra-ataque. Como no lance do gol, Sestak acionou Vittek, que quase na pequena área encheu o pé, mas o zagueiro Reid salvou.
Em desvantagem, o treinador Ricki Herbet, que defendeu a Nova Zelândia em sua única participação anterior em Mundiais (em 82), mexeu no time, colocando Wood (1,91m) para tentar aproveitar cruzamentos na área.
Satisfeito com a 'obrigação' cumprida, mesmo pelo placar mínimo, Vladimir Weiss tirou um atacante (Sestak) para a entrada de um meio-campista (Stock). Mas o confiante treinador eslovaco levou um grande susto aos 43 minutos. Lochhead centrou da esquerda e encontrou Smeltz na área. Livre, o camisa 9 cabeceou à direita do gol, perdendo ótima chance.
Mas o castigo para Weiss veio aos 48 minutos. Exatamente na jogada área. Hamsik, jogador do Napoli e considerado o craque do time, perdeu a bola para Smeltz, que cruzou para a área. E encontrou o zagueiro Reid para cabecear no canto esquerdo e vencer o goleiro Mucha. Para delírio do banco neozelandês. E frustração dos eslovacos.
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