Criador do termo 'dor-de-cotovelo' Lupicínio Rodrigues é celebrado na internet pelos 105 anos

CP Memória / Divulgação

Quem nunca ouviu o termo 'dor-de-cotovelo' para expressar a dor do coração? O criador do termo seria o cantor e compositor brasileiro Lupicínio Rodrigues, que completaria nesta segunda-feira (16) 105 anos. O termo se refere à prática de quem crava os cotovelos em um balcão ou mesa de bar, pede uma bebida, e chora pela perda da pessoa amada. O termo foi inclusive o título de um LP do artista em 1973.
O artista recebeu nesta segunda-feira uma homenagem em um Doodle com uma ilustração relembrando a temática preferida de Lupi, como era conhecido, as desilusões amorosas. Desde pequeno, o cantor ficou conhecido pelo apelido Lupi. Na trajetória artística ele compôs marchinhas de carnaval e sambas-canção, na grande maioria músicas que expressam melancolia por um amor perdido. O cantor se tornou sinônimo do gênero musical samba-canção, também conhecido como samba triste 
O cantor Lupicínio Rodrigues nasceu em Porto Alegre, no ano de 1914, e foi um dos mais renomados cantores e compositores do país. Com apenas 14 anos, Lupi venceu um concurso com a música 'Carnaval'. A partir das décadas de 1940 e 1950, seu trabalho foi gravado por cantores populares, como Francisco Alves, Orlando Silva, Linda Batista, Nora Ney, Elza Soares, Gilberto Gil e Jamelão. Lupicínio Rodrigues morreu em 1974. Um dos maiores intérpretes de Lupicínio, como ele próprio admitia, foi Jamelão.
Lupicínio era constantemente abandonado pelas mulheres, Lupicínio buscou na própria vida a inspiração para as canções, onde a traição e o amor andavam sempre juntos. Também conhecido boêmio da noites portoalegrenses foi proprietário de diversos bares, churrascarias e restaurantes com música. Os comércios abriam e fechavam. Antes de pensar nos lucros, Lupi se aventurava nos negócios apenas para ter um local de encontro com os amigos.
Ele que era torcedor de coração do Grêmio, compôs o hino tricolor, em 1953. "Até a pé nós iremos / para que der e vier / Mas o certo é que nós estaremos / com o Grêmio onde o Grêmio estiver". O retrato de Lupicínio está na Galeria dos Gremistas Imortais, no salão nobre do clube. Ao falecer no dia 27 de agosto de 1974, Lupi deixou uma centena e meia de canções editadas, e outras centenas que compôs foram perdidas e esquecidas.
Ouça o hino do tricolor gaúcho composto por Lupicínio Rodrigues:

Fonte: O Liberal/Cultura (Texto e Foto)

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