Caderno E - Os Bastidores do Futebol

Edição: Paulo Henrique

CBF deve anunciar o novo treinador da Seleção nesta sexta

A torcida do Brasil não precisará esperar muito mais para saber quem será o substituto de Dunga. A CBF informou que o nome do novo técnico da Seleção deve ser anunciado entre esta sexta-feira e a próxima segunda-feira. Seu primeiro compromisso será o amistoso contra os Estados Unidos, dia 10 de agosto, na cidade de Nova Jérsei.

- O anúncio deve ser na sexta e, se tudo der certo, na segunda será o pacote todo: apresentação do treinador e convocação para o amistoso - disse Rodrigo Paiva, assessor de imprensa da CBF, garantindo que o presidente Ricardo Teixeira ainda não acertou com qualquer profissional.

Desde que a saída de Dunga foi confirmada, logo após a eliminação da Seleção Brasileira nas quartas de final da Copa do Mundo, alguns nomes vêm sendo especulados. Um dos principais é Luiz Felipe Scolari, que recentemente assumiu o Palmeiras. Também na linha de frente estão Mano Menezes, do Corinthians, e Muricy Ramalho, do Fluminense. Ricardo Gomes, do São Paulo, Abel Braga e Leonardo são alguns que correm por fora.

Ricardo Teixeira está em São Paulo para uma reunião sobre o estádio da cidade-sede na Copa de 2014. O dirigente encontrou-se com o governador Alberto Goldman, com o prefeito Gilberto Kassab e com o secretário de planejamento e presidente do comitê paulista Francisco Luna.

Fonte: Globoesporte.com

“Mau olhado” preocupa bicolores na Curuzu

Departamento médico do clube anda cheio nos últimos tempos

Elenco grande, trabalho dobrado. É assim que o Departamento Médico bicolor tem encarado a quantidade de jogadores que andam ‘fazendo uma visita’ ao DM. Com três médicos revezando no atendimento aos jogadores, um deles, Wilson Fiel, chega até a levar na esportiva tantos problemas para resolver.

Um dos pacientes é o atacante recém-contratado Daniel Morais, que apresenta o diagnóstico de Paralisia de Bell, uma doença que aparece de forma súbita e paralisa o músculo de um dos lados da face. “Isso é geralmente de origem viral e a causa mais frequente é a baixa resistência”, explica o médico, que espera, se correr tudo bem, que o jogador volte aos treinos na próxima semana.

Outro enfermo é o volante Adelson, com uma lesão no nervo ciático e que pode levar até um mês e meio para retornar as suas atividades normais. Mas não para por aí, pois o zagueiro Paulão também teve que ser atendido. “O Paulão teve uma contratura no músculo da coxa esquerda. O retorno dele pode até ser na segunda-feira (26), vamos observar”, explica.

De todos, pelo menos um tem motivos para comemorar, é o atacante Moisés, que realizou ontem uma tomografia. “A fratura na fíbula já está consolidada. Vamos intensificar a fisioterapia e, segunda ele já pode voltar a treinar sem bola. Treinos com bola ainda não temos previsão. Isso vai depender do preparador físico”, ressalta Fiel.

Depois de explicar cada um dos problemas tratados nos últimos dias, o médico em um misto de alívio e desabafo, chega a uma conclusão. “Graças a Deus, por enquanto são apenas esses casos. Tem muita gente secando o Paysandu”, acredita.

EDINALDO

O Paysandu segue com uma só intenção: não perder o ritmo do primeiro jogo da Série C, quando goleou o Rio Branco por 6 a 2. Nem mesmo a folga, logo na segunda rodada da disputa, significa que a equipe vai ficar parada, tanto que hoje, às 20h, na Curuzu, haverá o amistoso contra o Independente de Ourém. Jogo oficial mesmo, somente no dia 1º de agosto, quando o Papão enfrentará o Águia de Marabá, também no Leônidas Castro.

E para mostrar que o time bicolor está mesmo no caminho certo, a ideia de Charles Guerreiro é preservar a equipe que conseguiu a primeira vitória, no sábado (17) e para isso avisa. “Time que está ganhando não se mexe”. Contudo, no amistoso de ontem, o treinador fez substituições, uma por opção e as outras por questão de saúde.

Na ala esquerda, Edinaldo voltou a ser utilizado na equipe de cima, retomando o lugar de Zeziel, que jogou no time de baixo. Na ala direita, Cláudio Allax voltou, enquanto Bosco ficou sob os cuidados do fisiologista José Carlos Amaral, dando voltas pelo gramado. (Diário do Pará)

Banco azulino vence o Tiradentes em jogo-treino

Não foi um passeio. O Remo teve dificuldades, sobretudo, para armar lances ofensivos. Mas, quando o primeiro gol saiu, o cenário se inverteu, tudo ficou mais fácil. Mesmo assim, o Remo B, versão suplentes, superou o Tiradentes por 2 a 0, ontem à tarde, no estádio Evandro Almeida, o Baenão, num jogo-treino. Foi mais uma partida de avaliação e preparação à Série D do Campeonato Brasileiro. Oficialmente, na última segunda-feira (19), o Leão passou pelo Cametá e, domingo (25), volta a campo para pegar o Cristal (AP).

Uma das surpresas foi o novo posicionamento do garoto Alan, oriundo das divisões de base do clube. Para testá-lo, a comissão técnica pôs Alan para atuar mais à frente em detrimento à posição de volante. Com porte físico para funcionar como pivô, ele foi a principal alternativa visando furar o bloqueio orientado pelo goleiro Malhado, do Tigre.

Um dos entraves, entretanto, foi a pouca produtividade do lateral Levy no quesito cruzamento. No primeiro tempo, foram quatro tentativas frustradas. O primeiro gol só surgiu após a presença de um elemento surpresa, caso do volante Didão. Ele saiu para tabelar com Samir, recebeu e passou para Alan. Em condições de marcar, Alan parou no arqueiro, mas no rebote, Didão fez o primeiro, de cabeça. Já na etapa final, depois de Márcio Nunes assinalar dois gols, ambos anulados, foi a vez de o zagueiro Ênio subir para escorar cruzamento do Neto e conseguir o gol que deu números finais ao amistoso.

Movimentação agradou Giba

Ainda no gramado do Baenão, o treinador do Remo, Giba, parou para conversar com os repórteres. E foi claro, a despeito de algumas falhas que resultaram num placar modesto e numa exposição exagerada Wagner Bueno. “A movimentação me agradou muito”, salientou. O goleiro fez duas intervenções providenciais para evitar gols do Tiradentes.

Giba disse estar alegre com a produtividade de Didão, um dos melhores do jogo-treino. Além de estável na marcação, o cabeça-de-área ainda foi uma opção ofensiva. “Gostei bastante”, frisou o comandante. Livre de uma contusão, é provável que Didão se torne uma sombra de respeito para os titulares da posição, casos de Danilo e Júlio Bastos.

O treinador acrescentou satisfação com o futebol do zagueiro Ênio e do lateral-esquerdo Márcio Loyola, apesar de ressaltar que a dupla não está no mesmo patamar físico dos demais. “O torcedor viu um time heterogêneo”, ressaltou, exaltando, “Levo em conta o desempenho dos meus atletas e o trabalho visa observação e treinamento”, defendeu, concluindo o seu raciocínio.

Reservas de olho em uma vaga

Se a primeira impressão é a que fica, pode-se dizer que a diretoria do Remo conseguiu reforçar a equipe, na acepção da palavra, com as contratações do defensor Ênio e do lateral-esquerdo Márcio Loyola. Ontem, a dupla obteve um rendimento satisfatório, embora o adversário não seja parâmetro para uma avaliação mais específica.

Há mais tempo em Belém comparado ao companheiro, Ênio até se colocou a disposição para integrar a delegação que vai a Macapá cumprir a segunda rodada da Série D. “Eu quero jogar, quero poder estar ajudando. Gostei muito da movimentação e da maneira como encaramos”, enfatizou. O argumento para defender a sua escalação se apoia na facilidade para ganhar bolas áreas e na qualidade para sair jogando.

O lateral Márcio Loyola atuou razoavelmente bem, não errou passes e apareceu como alternativa na linha de fundo, apesar de estar a dois meses sem atuar oficialmente, conforme revelou. “Acho que estive bem, cumprindo as necessidades. Aos poucos, vou melhorando até porque o ritmo de jogo vai crescendo”, afirmou o ex-atleta do Volta Redonda. “Foi o meu primeiro treino com bola e vou evoluir ainda mais”. Ao contrário de Ênio, Márcio preferiu a cautela quanto ao seu aproveitamento na partida do final de semana “100%? Ainda não”, encerrou.

Contudo, uma lesão do titular Marlon pode alterar os planos iniciais. “Senti um pouco aí, vou procurar fazer a parte de fisioterapia para recuperar. Vamos ver o que o Giba vai decidir”, disse Marlon, ainda comentando sobre Loyola. “O Giba me falou que é um excelente jogador, mas vou procurar fazer o meu trabalho dentro de campo”.

Defesa conversa pra não errar

A crônica especializada indicou o sinal amarelo, de alerta, para a zaga titular do Remo. O fato de o atacante Balão, do Cametá, ter conseguido vazar o goleiro Adriano foi o início de críticas, embora veladas, ao sistema de marcação. O zagueiro San, que atuou ao lado de Pedro Paulo, comentou o momento do primeiro gol desfavorável no Campeonato Brasileiro. “Foi um erro de posicionamento nem tanto dos dois zagueiros, mas do lateral. Já conversamos para não cometer mais os erros”, explicou.

“Estamos trabalhando forte para não ser surpreendidos. Vamos procurar não levar gols porque lá na frente nossos companheiros vão fazer e, assim, sairemos com a vitória”, continuou San.

Um dos reservas, Ênio apoiou os companheiros e ressaltou um pacto. “Vamos fazer de tudo para não tomarmos mais gols daqui pra frente”, revelou. Segundo ele, o Leão conta com titulares de qualidade e suplentes com o mesmo nível. “Estamos bem servidos de zagueiro. O Márcio Nunes é um cara experiente”, elogiou. Além deles, ainda há Raul, que não atuou no amistoso contra o Tiradentes e segue se recuperando devido a uma hérnia inguinal. (Diário do Pará)