DE VERSO EM PROSA


Dando sequência a publicações de poesias diversas, os trocadilhos de Samuel Alencar, dedicados a Capanema, enobrecem ainda mais essa terra querida, versadas nas estrofes a seguir. E por pura coincidência, hoje (07/07) é o aniversário do poeta Samuel que profetiza as entrelinhas deste poema que homenageia sua terra adotada. (PV).


Capanema a mais jovem anciã

Eu queria escrever teu nome numa tela em seda
Ou talvez num singular pergaminho celestial
Para mostrar ao universo a tua exuberante grandeza
Pois tu és dentre as cidades, a de mais alto astral.

Cidade pacata, és linda, formosa e campestre
Molduradas por campos e rios de nascente
Torrão que se agiganta nas jazidas de cimento
Acolhedora do povo ímpar do Nordeste.

Com Cem anos és tão jovem
Vocacionada na fé e no trabalho nobre
Embalada pela força da beleza juvenil
Abraçando a todos os migrantes do Brasil.

Sinto-me teu filho, adotado na lealdade
Por plebeus e nobres capanemenses
Por isso digo minha veneranda vienense
Mas amo-te com toda profundidade.

Cidade maravilhosa aos domingo és silente
Mas afirmo com toda certeza
Tem muita gente de fortaleza
E missa domingueira pra toda gente.

As aves aqui não gorjeiam como lá
Também tens palmeira e todos os pássaros cantam cá
Cidade onde Corpus Christi se faz presente
Na mais linda procissão de um povo crente.

Cidade de Capanema, és cativa e altaneira
Querida Capanema, te amo no superlativo
O verbo amar deve estar, no gerúndio ou infinitivo
Das cidades do Nordeste és a mais hospitaleira.

Oh minha Capanema querida
Movida por braços fortes
Jamais tenha alguma dúvida
Que és a mais querida do Norte.

Colaboração: Samuel Alencar – Poeta e integrante da Academia de Letras e Artes (ACLA).

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