OPINIÕES DOS LEITORES - Sugestões e Comentários
Conversa Franca
Aqui, os leitores podem opinar e mandar suas opiniões, sobretudo quando o assunto for de interesse coletivo. Sobre Dunga no comando da Seleção Brasileira, eis o que escreveu o colega Alex Ribeiro.
Não é o caso de se crucificar ninguém, mas que sirva de lição a todos inclusive ao povo, que como jogadores, entraram na toada de uma suposta Guerra onde não se admitia opiniões contrárias, e que, os críticos eram anti-brasileiros ou vendidos da Globo e da imprensa em geral.
Uma coisa é criticar, diga-se, justamente, monopólios, mas outra coisa é fechar os olhos ao fato de que muitos que criticam querem na verdade uma boquinha, ou até mesmo serem iguais a esses monopólios, vide Record do Bispo.
É briga de cachorro grande e nessa luta não tem Santo, aliás, nessa suposta Guerra, jogadores agiam como soldados alienados de Brancaleone, onde cada um defende seus próprios interesses. E por falar em Santo,
nessa "batalha" até Deus foi recrutado onde sequer Ele se meteria.
Importante lição numa história onde não há heróis, mocinhos, bandidos ou inimigos, mas que se se cega para tudo em nome de um nacionalismo fajuto que só dura uma Copa.
Nesse contexto fomos convidados a participar de um enorme número de absurdos, num processo de turbulência emocional que envolve o futebol, que é conduzido por quem está no comando e ganhando,
razão pela qual é aceito como verdade absoluta. E ai de quem ouse enxergar de outra forma.
Esquecem os vencedores de ontem , que eles próprios podem ser os suplantados de amanhã, ocasião que estarão sujeitos ao julgamento dos vencedores, pois assim sempre funcionou a História, escrita pelos que triunfam.
Porém, como nenhuma verdade é absoluta, nenhum triunfo é eterno.
No contexto do futebol em questão , Dunga nos trouxe até uma "aula" de História tradicional, em que tendo sua mãe - professora de História e Geografia - como exemplo, nos incitava a amar a pátria, conduta relacionada segundo o técnico ao de torcer pela seleção de futebol.
De fato o ser humano, ao contrário do que se tentou fazer nesse caso e, o que se tenta fazer em períodos das quase unanimidades, não é afeito a controles, pelo menos por infinito período de tempo.
Da mesma forma as circunstâncias da História não podem ser tuteladas indefinidamente, que o digam os
Impérios caídos, ícones convalescidos, generais indestrutíveis vencidos pelo tempo, por doenças ou pela arrogância. E não foi assim com a Roma, Alexandre e Napoleão?
No Brasil , essa ilação serve também de aviso aos que hoje pairam acima de qualquer suspeita, soberanos e
inatingíveis, sempre certos de saírem vencedores, de que a maré da vida e da História sempre pode mudar.
Dunga, não como pessoa, mas como personagem técnico da seleção de futebol, é reflexo de uma sociedade
que monta seus líderes, enquanto vencedores como intocáveis, inatingíveis na sua soberba, mas que estão em "guerras" e batalhas privadas onde prevalecem o interesse de poucos, no caso deles próprios.
O que se esquece no Brasil em épocas de Copa do Mundo, é que esta trata apenas de um esporte e não de uma nação, aliás, que não é povo. Não se trata, portanto, de uma guerra. O futebol hoje é uma questão de
particulares, de direitos e interesses privados, onde poucos recebem e muito bem, para fazê-lo.
Assim, enquanto o povo congela sua vida por uns poucos dias, os personagens dessa fábula patriótica, cartolas, jogadores e técnicos, retornarão aos seus afazeres, em sua maioria internacionais, ligados aos seus planos particulares e muito distantes da realidade desse povo que se veste de torcida e que é convocado como
exército de uma guerra que jamais existiu, para lutar por um exército de ficção, um exército de Brancaleone.
Branca!Branca!Branca! Dunga!Dunga!Dunga!
E o pior é que parece que podemos ouvir os jogadores, falando com o técnico:
E agora "professor"?
Obra de Referência:
Filme: “O INCRÍVEL EXÉRCITO DE BRANCALEONE” Título Original: (Lã?? Incredible Armata Brancaleone, ITA 1965), direção: Mário Monicelli; elenco:Vittorio Gassman, Gian Maria , Volonté,Catherine Spaak, duração:90 min., Look Filmes
Opinião: Alex Ribeiro - Repórter de TV
Aqui, os leitores podem opinar e mandar suas opiniões, sobretudo quando o assunto for de interesse coletivo. Sobre Dunga no comando da Seleção Brasileira, eis o que escreveu o colega Alex Ribeiro.
Não é o caso de se crucificar ninguém, mas que sirva de lição a todos inclusive ao povo, que como jogadores, entraram na toada de uma suposta Guerra onde não se admitia opiniões contrárias, e que, os críticos eram anti-brasileiros ou vendidos da Globo e da imprensa em geral.
Uma coisa é criticar, diga-se, justamente, monopólios, mas outra coisa é fechar os olhos ao fato de que muitos que criticam querem na verdade uma boquinha, ou até mesmo serem iguais a esses monopólios, vide Record do Bispo.
É briga de cachorro grande e nessa luta não tem Santo, aliás, nessa suposta Guerra, jogadores agiam como soldados alienados de Brancaleone, onde cada um defende seus próprios interesses. E por falar em Santo,
nessa "batalha" até Deus foi recrutado onde sequer Ele se meteria.
Importante lição numa história onde não há heróis, mocinhos, bandidos ou inimigos, mas que se se cega para tudo em nome de um nacionalismo fajuto que só dura uma Copa.
Nesse contexto fomos convidados a participar de um enorme número de absurdos, num processo de turbulência emocional que envolve o futebol, que é conduzido por quem está no comando e ganhando,
razão pela qual é aceito como verdade absoluta. E ai de quem ouse enxergar de outra forma.
Esquecem os vencedores de ontem , que eles próprios podem ser os suplantados de amanhã, ocasião que estarão sujeitos ao julgamento dos vencedores, pois assim sempre funcionou a História, escrita pelos que triunfam.
Porém, como nenhuma verdade é absoluta, nenhum triunfo é eterno.
No contexto do futebol em questão , Dunga nos trouxe até uma "aula" de História tradicional, em que tendo sua mãe - professora de História e Geografia - como exemplo, nos incitava a amar a pátria, conduta relacionada segundo o técnico ao de torcer pela seleção de futebol.
De fato o ser humano, ao contrário do que se tentou fazer nesse caso e, o que se tenta fazer em períodos das quase unanimidades, não é afeito a controles, pelo menos por infinito período de tempo.
Da mesma forma as circunstâncias da História não podem ser tuteladas indefinidamente, que o digam os
Impérios caídos, ícones convalescidos, generais indestrutíveis vencidos pelo tempo, por doenças ou pela arrogância. E não foi assim com a Roma, Alexandre e Napoleão?
No Brasil , essa ilação serve também de aviso aos que hoje pairam acima de qualquer suspeita, soberanos e
inatingíveis, sempre certos de saírem vencedores, de que a maré da vida e da História sempre pode mudar.
Dunga, não como pessoa, mas como personagem técnico da seleção de futebol, é reflexo de uma sociedade
que monta seus líderes, enquanto vencedores como intocáveis, inatingíveis na sua soberba, mas que estão em "guerras" e batalhas privadas onde prevalecem o interesse de poucos, no caso deles próprios.
O que se esquece no Brasil em épocas de Copa do Mundo, é que esta trata apenas de um esporte e não de uma nação, aliás, que não é povo. Não se trata, portanto, de uma guerra. O futebol hoje é uma questão de
particulares, de direitos e interesses privados, onde poucos recebem e muito bem, para fazê-lo.
Assim, enquanto o povo congela sua vida por uns poucos dias, os personagens dessa fábula patriótica, cartolas, jogadores e técnicos, retornarão aos seus afazeres, em sua maioria internacionais, ligados aos seus planos particulares e muito distantes da realidade desse povo que se veste de torcida e que é convocado como
exército de uma guerra que jamais existiu, para lutar por um exército de ficção, um exército de Brancaleone.
Branca!Branca!Branca! Dunga!Dunga!Dunga!
E o pior é que parece que podemos ouvir os jogadores, falando com o técnico:
E agora "professor"?
Obra de Referência:
Filme: “O INCRÍVEL EXÉRCITO DE BRANCALEONE” Título Original: (Lã?? Incredible Armata Brancaleone, ITA 1965), direção: Mário Monicelli; elenco:Vittorio Gassman, Gian Maria , Volonté,Catherine Spaak, duração:90 min., Look Filmes
Opinião: Alex Ribeiro - Repórter de TV
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