Crônica da Semana - Assuntos do Cotidiano

Edição: Paulo Henrique                                        

                                                 CAMPANHA DE MÃOS LIMPAS
                                                            Hugo Antônio Ferrari

Não estou falando da “Gripe Suína”, cujo competente médico Drauzio Varella recomenda lavar sempre as mãos como medida primordial de combate à epidemia que, felizmente, está em declínio no Brasil e no resto do mundo, graças à vacinação.
Desejo me referir à campanha política do então candidato derrotado a vice-presidência da República, Fernando Ferrari, já falecido, (e que não era meu parente), cujo “slogan” por ele criado defendia “Mãos Limpas” na política, numa alusão à corrupção que vem ocorrendo no Brasil ao longo dos anos.
Naquela época, o eleitor votava tanto no candidato a Presidente como também no vice. Não havia vinculação de voto. Ganhava o vice mais votado.
E, nessa eleição, o eleito foi João Goulart que era o vice do general Henrique Lott.
Já o Presidente da República vitorioso foi Jânio Quadros.
Em minha opinião, acho que a figura do vice - tanto de Prefeito, Governador e Presidente da República, respectivamente, deveria ser votado individualmente.
Diante da atual legislação eleitoral, temos que engolir o vice que nos é imposto, sem sequer ser votado democraticamente.
Esse processo satisfaz apenas os interesses partidários, sem refletir a vontade do eleitor.
Fernando Ferrari que foi Deputado Estadual e Federal pelo Rio Grande Sul, seu Estado natal, foi um político probo, já que naquele tempo, vislumbrava uma maneira de moralizar a vida pública - a exemplo do recente surgimento do Projeto de origem popular chamado de “Ficha Limpa” que tem o mesmo objetivo.
O Brasil, não poderia mais continuar convivendo com a impunidade nas eleições. Algo precisava ser feito a esse respeito.
A primeira experiência da eficácia dessa nova legislação será avaliada na próxima eleição.
Tudo, entretanto, dependerá da ação de cada eleitor que é a maior autoridade para punir sumariamente o político indecoroso sem precisar formalizar qualquer processo.
Essa arma chama-se voto consciente. Exercê-lo com patriotismo é um dever pelo bem do Brasil. Vamos confiantes às urnas!

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Colaboração: Hugo Antônio Ferrari - Óbidos- PA

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