Colunas & Colunistas - A Opinião de Carlos Ferreira

Edição: Paulo Henrique


Agora Vai
Com o Paraense Paulo Henrique e com os outros craques da Vila, a Seleção Brasileira começa a trilhar o caminho para grandes conquistas ao comando de Mano Menezes. Todos nós estamos esperançosos que isso aconteça e o futebol alegre dos "Meninos do Brasil" consiga títulos importantes. Agora vai! (PV)

Adriano às vésperas do 150º jogo pelo Leão
Na década de 90, jogadores como Agnaldo e Belterra tiveram vida longa no Leão Azul. Depois deles, nos últimos 10 anos, ninguém vestiu mais a camisa remista que Adriano. O goleiro tem 145 jogos pelo Remo. Deve chegar ao 150º jogo na próxima fase da Série D, fora de casa se o time azulino for o primeiro colocado no grupo atual ou em Belém na hipótese da classificação em segundo lugar.
Com quase 35 anos (completa em setembro), Adriano é um vitorioso sem consagração. No Remo conquistou dois títulos estaduais, mas em campeonatos nacionais amargou dois rebaixamentos. A Série D é chance para glorificar o nome na história do clube. E essa deve ser a mesma idéia de outros xodós da torcida, como Gian que tem 114 jogos pelo clube e Landu, que está se aproximando dos 90 jogos vestindo azul marinho.

Ganso é o 13º paraense na Seleção
De acordo com a Enciclopédia do Futebol Paraense, do pesquisador Ferreira da Costa, Paulo Henrique Ganso é o 13º jogador paraense convocado para a Seleção Brasileira. Os demais foram: Mimi Sodré em 1916, Pamplona em 1925, Santana em 1930, Vevé em 1945, Otávio em 1949, Quarentinha Lebrego em 1960/1961, Manoel Maria em 1968, Rosemiro (seleção olímpica) em 1975/1976, Sócrates de 1982 a 1986, Paulo Victor de 1984 a 1987, Charles Guerreiro de 1976 a 1979, Giovanni de 1995 a 1999.
Dois casos à parte. Em 1921, Suíço, lateral do Paysandu, foi convocado, mas nem chegou a se apresentar à Seleção. Na década de 90, Beto, fruto do Paysandu, revelado pelo Paysandu, jogou na seleção sub 20. Na volta ao futebol paraense atuou pelo Castanhal e pelo Águia. Recentemente esteve no Cametá, mas não emplacou.
Sócrates e Giovanni tiveram as passagens mais marcantes pela Seleção. Paulo Henrique Ganso tem tudo para superá-los e se consagrar com a camisa verde e amarela na Copa de 2014, em gramados brasileiros. Como tem apenas 20 anos, Ganso pode disputar até três Copas.

Futebol mercadológico em estudo
Qual o efeito sócio-econômico-financeiro do futebol? Há um mês esta coluna tratou do assunto mostrando que o Campeonato Paraense movimentou mais de R$ 10 milhões na economia regional, de janeiro a junho. A partir dessa projeção, feita a grosso modo, a coluna sugeriu à FPF a contratação de um profissional da área para fazer o estudo. Seria uma forma de mostrar ao mercado e às autoridades a importância do nosso maior evento esportivo. Pois bem! Agora é o governo federal, em conjunto com a CBF, que levanta dados junto às federações estaduais, para um estudo de mensuração sócio-econômica do futebol brasileiro, a ser feito pela Fundação Getúlio Vargas.
Governo e CBF cobram balanços e demonstrativos financeiros dos últimos quatro anos, mesmo tempo que falta para a Copa do Mundo no Brasil. É fácil deduzir que o propósito é mostrar aos investidores o potencial do futebol brasileiro para responder aos investimentos. Exatamente a mesma ideia que motivou o estudo regional.

Propostas para maior envolvimento
Também estão em estudo propostas para maior envolvimento do público no Campeonato Paraense. Uma delas é beneficiar uma instituição assistencial a cada rodada. Os benefícios seriam com doação de gêneros alimentícios e material de higiene através de patrocinador e com a divulgação do serviço e das carências da entidade, além de visitas de jogadores. A Federação está iniciando sondagens para viabilizar o patrocínio. Se der certo, o Parazão ganhará nova função, fomentando a filantropia, e premiará também o time mais disciplinado de cada rodada.
Outra possibilidade aberta é de um concurso de beleza feminina para eleger a musa do campeonato estadual. Cada clube teria sua candidata. Seria mais um recurso de envolvimento do público com os clubes. A FPF está despertando para o seu poder de fazer acontecer, como entidade executiva que é.

BAIXINHAS
* Nunca existiu o documento da CBF usado como argumento para evitar que a TV Cultura transmitisse para Belém o jogo Paysandu x Rio Branco. A CBF jamais se envolveu na questão dos clubes com o governo do Pará.
* Agora, por ordem da governadora Ana Júlia, todos os jogos serão transmitidos não só para o interior, mas também para a capital. Vai ser o caso de Paysandu x Águia no próximo domingo.
* Outra ordem da governadora é para que a TV Cultura transmita os jogos do interior (Santarém, Cametá e Marabá), que a emissora já havia descartado por falta de verba. De fato, não fazia o menor sentido. O governo está pagando R$ 2,8 milhões aos clubes (R$ 2.280.000,00 somente à dupla Re-Pa) pelos direitos de transmissão. Como deixar de explorá-los por falta de valores muito menores?
* A ordem foi dada ontem à tarde e teve efeito imediato. A TV Cultura já está enviando equipe e equipamento a Santarém para a transmissão de São Raimundo x Fortaleza, amanhã, às oito da noite. O jogo vai abrir a terceira rodada da Série C.
* Está prorrogado até 30 de novembro de 2014 o vínculo do atacante Moisés com o Paysandu. O novo contrato foi registrado na FPF e já consta no BID da CBF. A multa rescisória do atleta subiu para R$ 2,5 milhões. Recuperado de contusão, Moisés está sendo preparado para voltar ao time bicolor contra o Fortaleza, dia 7, sábado, em Fortaleza.
* Corrigindo o que a coluna disse ontem sobre insucessos de clubes paraenses fora do Pará no fim de semana do Círio, o ex-presidente remista Raphael Levi lembra que em 2005 o Leão Azul venceu o Nacional/AM, em Manaus, por 2 x 0, na véspera da festa nazarena. Emerson e Maurílio fizeram os gols azulinos.
* Jogadores e comissão técnica do Papão cobrando o conserto da barreira de ferro que deveria estar sendo usada no ensaio de cobranças de falta. A barreira está jogada na Curuzu, sem condições de uso. A cobrança tornou-se pública porque de nada adiantaram os pedidos diretos à direção do clube.
* É também inadmissível o Paysandu não ter “espião” nos jogos dos seus adversários. É o que todos estão fazendo, juntando informações “in loco”, menos o Papão. Se a auto-suficiência já chegou, por causa da liderança do grupo, é bom acordar. O futebol não perdoa a soberba. * Amanhã, pelo menos, Charles Guerreiro e seus comandados terão a oportunidade de ver São Raimundo x Fortaleza pela televisão. A telinha é aliada também do Remo, mas de outra forma. O auxiliar-técnico Benedito Gamboa filmou o jogo Cametá x América/AM. Giba já está estudando o time amazonense pelas imagens.

Fonte: O Liberal, Coluna do Jornalista Carlos Ferreira

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