Crônica da Semana - Assuntos do Cotidiano

                

                                            CONTRA AS PALMADINHAS
                                                     Hugo Antônio Ferrari
A propósito da utilização do uso de palmadinhas para repreender as crianças, sou radicalmente contra esse método que em nada educa - pelo contrário -, até pode deixar marcas de revolta para sempre na personalidade de uma criança.
Em razão desse fato, o Presidente Lula acaba de enviar projeto de Lei ao Congresso Nacional proibindo palmadinhas, ou qualquer outro tipo de intimidação às crianças.
Concordo com procedimentos de repressão a criança compatível com sua idade, desde que contribua para sua formação, sem, no entanto, intimida-la ou agredi-la física e moralmente.
A cada instante, nos deparamos com situações onde crianças são maltratadas e espancadas pelos próprios pais.
Em alguns casos, muitas são mortas em razão da violência que sofrem.
Nem mesmo recém-nascidos escapam dessa fúria. Ninguém tem jamais o direito de torturar alguém, notadamente uma criança totalmente indefesa.
Com as mulheres, acontece à mesma coisa. Muitas continuam a serem espancadas pelos seus parceiros, ignorando totalmente a Lei “Maria da Penha” que pune esse tipo de crime.
Criança é para ser tratada e educada com carinho, e não da forma como alguns pais procedem.
Olhar para uma criança, é sentir a presença do amor de Deus na sua santa inocência.
Não foi à-toa que Jesus disse: “Vinde a mim às criançinhas, porque delas é o Reino dos Céus!”
Enquanto Jesus ama as crianças, outros desejam maltrata-las para dar vasão a seus instintos de perversidade.
A pedofilia tem sido outro atentado contra as crianças. Quantas que são molestadas na clandestinidade por essa prática hedionda, sem que exista punição exemplar para os seus autores?
Não podemos esquecer que, em muitas famílias, é aonde mais esse crime é acobertado.
A carência de afeto a uma criança torna-a triste, deprimida, pois é ainda na tenra idade que ela mais precisa saber que é amada, protegida.
Quando adulta, deverá se beneficiar do modo como foi tratada e educada para a vida, bem longe dos traumas que costumam acontecer na infância.
Assim sendo, tenhamos muito amor pelas nossas crianças, pois serão elas amanhã que irão nos tratar quando perdermos o uso da razão. Nunca será demais amar e respeitar as nossas crianças!
Lembremos que, “aqui se faz, aqui se paga, é lei divina, é lei de Deus”, diz a letra de uma canção do inesquecível cantor Nelson Gonçalves.

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Colaboração: Hugo Ferrari Óbidos-PA

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