CRÔNICA DA ATUALIDADE - Ponto de Vista e Retórica Afinados

Edição: Paulo Henrique, Celene Vasconcelos, André Melo e Anna Karla.

                        Paulo Vasconcellos - Colunista e Titular do Blog

O Gatilho da Crise

A criação de conceitos que se relaciona com as condições econômicas de municípios, estados e países, mostra posições complexas quando são feitas interpretações de como esse conceito foi gerado e quais as suas circunstâncias. No início do ano de 2009, a palavra crise foi repetida inúmeras vezes em todos os continentes do planeta terra e com ela, andou colado o susto. Contas e mais contas foram condicionadas à quebradeira de alguns setores da economia, contribuindo para o desemprego e para a desagregação social que assustou muito mais. Passaram-se alguns meses e o cotidiano se encarregou de afastar parte de uma crise que pode ser considerada até fantasiosa, mas isso depende de resultados de estudos aprofundados em áreas específicas.
Somando-se lucros e perdas, podem ser tomadas medidas que recriem fontes geradoras de subsídios capazes de alinhavar regras e colocar situações em pontos de calmaria. O reflexo da crise atinge todas as camadas sociais e os governos sofreram impactos, causados pela desaceleração da economia. Talvez, o setor que menos sofreu foi a política, que não teve a tão sonhada reforma e nem conseguiu consolidar a fidelidade partidária. Existem muitos fatos políticos só de fachada, que sustentam a enganação ao povo, camada que deveria ser mais beneficiada. Entretanto, na condição do “cada um cuida de si” esperar por ações governamentais que beneficiem a classe pobre é a mesma coisa que espernear ao vento e não conseguir achar o prumo. É claro que tem as bolsas que distribuem migalhas aos pobres, estes considerados maiores responsáveis pelos resultados nas urnas, elegendo agentes políticos, muitos deles descompromissados com o povo.
Ao serem feitas comparações, entre o momento atual e as outras ocasiões de campanhas políticas, troca-se “seis por meia dúzia”, e a coisa continua na mesmice: a crise, o desemprego, os conflitos sociais, a saúde doente, a educação precária, o ambiente agredido e até a poluição generalizada que atinge os mais requintados setores. Se olharmos o quadro estatístico, podemos acreditar que mesmo o Brasil tendo equilibrado sua economia, há insuficiência de atos que se destinem a possibilidade de melhorias. Atualmente, vive-se a expectativa do País sediar a Copa do Mundo que será aqui em 2014. De onde sairá a monta para construir e recuperar os estádios brasileiros, os aeroportos, as estradas, a rede hoteleira e outros indicativos da infraestrutura?
Acredita-se que nem as lendas e contos que falam da “varinha de condão” podem revelar se a crise vai voltar, ou não, e atrapalhar o governo brasileiro nas decisões sobre as obras que precisam ser feitas. Isto é apenas um parâmetro, sendo que várias outras camadas precisam ser acionadas, mas esse assunto pode ser tratado mais adiante.
Levando em consideração ao quesito probabilidade, a troca de governo que se avizinha, deixa verdadeira incógnita, pois cada um tem sua maneira de administrar e colocar no rumo certo, tudo o que pré dispor a realizar, incrementando atividades conjuntas que possam mesclar a vontade política com a satisfação e o resultado coincidir com o aprovo popular. É claro que o povo brasileiro credita forças aos seus governantes e ainda acredita em propostas concretas, afastando a utopia e juntando os múltiplos projetos desenhados de acordo com a progressão destinada ao bem estar social. O País vive o momento do pós Copa e os ânimos acalmaram, pois o sonho do hexa foi adiado. As notícias mais vistas, lidas e ouvidas na imprensa, relacionam-se a desgraças e podem ser citados os casos das enchentes do Nordeste, dos flagelados que ali ficaram desabrigados, assim como os casos de crimes bárbaros que envolvem pessoas de grandes posses, pertencentes a alta sociedade brasileira.

O Brasil foi solidário com as vítimas do Haiti e por muitos outros acontecimentos catastróficos. A solidariedade mudou de lado quando os irmãos nordestinos precisaram de ajuda e foram atendidos por brasileiros que provaram ser caridosos em todos os sentidos. Vieram também ajudas internacionais, consolidando a política da boa vizinhança que o País faz com os seus aliados. Como estamos prestes as eleições gerais, vamos esperar que a mentalidade de alguns políticos seja revigorada e o atendimento às camadas sociais menos favorecidas faça parte dos programas a serem continuados e implantados. Que o gatilho da crise seja acionado e essa se distancie a milhares de quilômetros e a aflição seja trocada por gratidão. O povo brasileiro é merecedor de dias melhores. (PV).


Brasil: Patrimônio da América do Sul.

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