Caderno E - Bastidores do Futebol
Edição: Paulo Henrique
Águia vence o Paysandu e reina na cidade de Marabá
Não deu para o Paysandu, a derrota para o Águia, no último sábado, em Marabá, terminou com a invencibilidade do time que cedeu os três pontos aos marabaenses que venceram por 2 a 1. A partida começou com o Azulão na frente, com o gol de Ari, mas o empate alviceleste veio dos pés de Thiago Potiguar e o jogo foi lá e cá, mas, no final, de novo, o Papão viu sua sorte mudar e Felipe Mamão definir o resultado em favor do Águia. O confronto não tirou a liderança alviceleste, mas a vitória do Fortaleza ontem, deixa o clube da Curuzu apenas um ponto a frente do Tricolor de Aço. O Águia segue em terceiro lugar.
O jogo foi daqueles típicos dos encontros entre Águia e Paysandu, bastante disputado, apesar do espetáculo ser prejudicado pelas péssimas condições do gramado do Zinho Oliveira. A bola quicava, os lances de bola parada e as jogadas aéreas predominaram. O empate que se anunciava era um bom resultado para o time de Charles Guerreiro e péssimo para a equipe de João Galvão, que precisava vencer a qualquer custo para se manter vivo em busca da classificação. Por isso, o que se viu foram os dois times aguerridos, em busca da vitória e pecando nas finalizações.
A pressão do Águia foi ainda maior à medida que o jogo se encaminhava para terminar e foi dos pés do atacante com nome de fruta, que saiu o doce que faltava para alimentar de vez a alegria dos azulões. Felipe Mamão fez o segundo e Charles Guerreiro não teve dúvidas, foi para o tudo ou nada com quatro atacantes buscando reverter o resultado, em vão. Resta ao Paysandu fazer o dever de casa com o São Raimundo e, enfim, selar sua classificação, enquanto o Águia corre por fora, disputando com o ‘carta fora do baralho’ Rio Branco, na Arena da Floresta (AC), mais três pontos na busca por uma das duas vagas à próxima fase.
Semana pra se esquecer no Papão
A derrota para o Águia foi apenas o desfecho de uma semana complicada para o Paysandu. O veto de Sandro pelo Departamento Médico, a suspensão de Fabrício por cartões amarelos e a de Paulão pelo Tribunal de Justiça Desportiva - quando o advogado contratado pelo clube alviceleste não foi defender o jogador - pesaram na hora dos 90 minutos de bola rolando. O time entrosado de Charles Guerreiro teve que entrar com três modificações, sem contar com a pressão natural de um jogo disputado no Zinho Oliveira, o caldeirão do Águia.
Apesar da sucessão de fatores que dificultaram, o técnico bicolor preferiu elogiar o volume de jogo de seus jogadores e considerar que um empate estava de bom tamanho. “Pelo que as duas equipes apresentaram, o empate seria um resultado justo”, refletia.
Sobre a ausência de três titulares, Guerreiro analisa que não se pode creditar o revés a isso. “O Sandro é um jogador de qualidade, que sai bem com a bola, o Paulão também é importante. Mas nós não podemos também justificar a derrota em relação à saída desses jogadores. Mas, quando estamos com o time mais completo e entrosado, fica melhor”, admitiu.
Questionado se o plantel vai para o próximo compromisso abatido pelo empate com o Fortaleza e derrota para o Águia, o treinador garante que não. “O grupo sentiu porque ninguém quer perder, ainda mais no final do jogo, mas temos que levantar a cabeça, vamos jogar dentro de casa para buscar a nossa classificação”, lembrou.
Azulão cumpre seu dever
Após o apito final, o sentimento de dever cumprido. Precisando dos três pontos para voltar de vez à briga pela classificação, vencer foi palavra de ordem ao longo das duas últimas semanas em Marabá, com o técnico João Galvão declarando publicamente que a vitória era uma obrigação. Ordem dada pelo comandante e cumprida pelos jogadores, para alegria do “Bocudo”.
“Os jogadores foram guerreiros. Sabiam que o jogo seria difícil, mas sabiam também da nossa necessidade. Se doaram e graças a Deus conseguiram essa vitória”, ressaltou o sempre religioso técnico do Azulão. Mesmo grato pelo gol decisivo do agora artilheiro da Série C Felipe foi o suficiente para elogios individuais. “O mérito é de todos eles (jogadores). Jogaram juntos, como um time, unidos em torno do objetivo”, garantiu.
Com a vitória, o Águia colou nos líderes Paysandu e Fortaleza. Com um jogo a menos, o Azulão volta com tudo à briga por uma das vagas no mata-mata. “Com essa vitória, mostramos que estamos vivos e que temos plenas condições de nos classificarmos. Ainda tem muita água pra rolar”, lembrou o técnico, sem esquecer-se da humildade. “Estamos na briga e com sabedoria e humildade temos tudo pra continuar bem na competição”, completou Galvão.
Depois da partida, uma das dores de cabeça do técnico era a terceira suspensão seguida de um dos seus zagueiros. Punido com o terceiro cartão amarelo, Bernardo desfalca a defensiva marabaense para a próxima partida.
Arena da Floresta: um caldeirão que preocupa
Ontem, o clima em Marabá ainda era de festa pela vitória do Águia no sábado. Dia de folga, de curtir o resultado, mas sem esquecer que no próximo domingo o azulão tem outra parada duríssima, na primeira das duas “decisões” que a equipe faz fora de casa. Uma maratona longe do Zinho Oliveira que pode garantir a equipe na próxima fase ou frustrar de vez o sonho da classificação.
Na certeza de que o técnico João Galvão acompanhava a partida entre Fortaleza e Águia, ontem, nossa equipe fez contato com o técnico logo após o apito final na capital cearense. E a reação dele não foi outra. “Estou tendo um domingo feliz, mas seria melhor se o São Raimundo tivesse arrancado o empate, né?”, brincou o técnico. “Mas tudo bem, porque estamos na briga e só dependemos de nós mesmo”, completou.
E uma vitória fora de casa, sobre o Rio Branco, parece o próximo objetivo marabaense. “Conhecemos a Arena (da Floresta, local da partida). Gostamos de jogar lá. E se começarmos bem, a torcida pode inclusive nos favorecer”, apontou o técnico, lembrando que a fase do Estrelão é complicada e que a revolta da torcida pode ser uma arma a favor do azulão.
Mesmo com a promessa de ânimos a flor da pela, Galvão não parece preocupado com a ausência de um dos seus pilares defensivos, o zagueiro Bernardo que, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, não enfrenta os acreanos. O momento realmente é de encontrar soluções e não problemas. “Temos dois jogos fora de casa e precisamos pontuar nos dois, pra decidir nossa classificação contra o Fortaleza sem tanta pressão”, concluiu o técnico do Águia, que encerra a primeira fase recebendo o Fortaleza no Zinho Oliveira. (Diário do Pará)
O jogo foi daqueles típicos dos encontros entre Águia e Paysandu, bastante disputado, apesar do espetáculo ser prejudicado pelas péssimas condições do gramado do Zinho Oliveira. A bola quicava, os lances de bola parada e as jogadas aéreas predominaram. O empate que se anunciava era um bom resultado para o time de Charles Guerreiro e péssimo para a equipe de João Galvão, que precisava vencer a qualquer custo para se manter vivo em busca da classificação. Por isso, o que se viu foram os dois times aguerridos, em busca da vitória e pecando nas finalizações.
A pressão do Águia foi ainda maior à medida que o jogo se encaminhava para terminar e foi dos pés do atacante com nome de fruta, que saiu o doce que faltava para alimentar de vez a alegria dos azulões. Felipe Mamão fez o segundo e Charles Guerreiro não teve dúvidas, foi para o tudo ou nada com quatro atacantes buscando reverter o resultado, em vão. Resta ao Paysandu fazer o dever de casa com o São Raimundo e, enfim, selar sua classificação, enquanto o Águia corre por fora, disputando com o ‘carta fora do baralho’ Rio Branco, na Arena da Floresta (AC), mais três pontos na busca por uma das duas vagas à próxima fase.
Semana pra se esquecer no Papão
A derrota para o Águia foi apenas o desfecho de uma semana complicada para o Paysandu. O veto de Sandro pelo Departamento Médico, a suspensão de Fabrício por cartões amarelos e a de Paulão pelo Tribunal de Justiça Desportiva - quando o advogado contratado pelo clube alviceleste não foi defender o jogador - pesaram na hora dos 90 minutos de bola rolando. O time entrosado de Charles Guerreiro teve que entrar com três modificações, sem contar com a pressão natural de um jogo disputado no Zinho Oliveira, o caldeirão do Águia.
Apesar da sucessão de fatores que dificultaram, o técnico bicolor preferiu elogiar o volume de jogo de seus jogadores e considerar que um empate estava de bom tamanho. “Pelo que as duas equipes apresentaram, o empate seria um resultado justo”, refletia.
Sobre a ausência de três titulares, Guerreiro analisa que não se pode creditar o revés a isso. “O Sandro é um jogador de qualidade, que sai bem com a bola, o Paulão também é importante. Mas nós não podemos também justificar a derrota em relação à saída desses jogadores. Mas, quando estamos com o time mais completo e entrosado, fica melhor”, admitiu.
Questionado se o plantel vai para o próximo compromisso abatido pelo empate com o Fortaleza e derrota para o Águia, o treinador garante que não. “O grupo sentiu porque ninguém quer perder, ainda mais no final do jogo, mas temos que levantar a cabeça, vamos jogar dentro de casa para buscar a nossa classificação”, lembrou.
Azulão cumpre seu dever
Após o apito final, o sentimento de dever cumprido. Precisando dos três pontos para voltar de vez à briga pela classificação, vencer foi palavra de ordem ao longo das duas últimas semanas em Marabá, com o técnico João Galvão declarando publicamente que a vitória era uma obrigação. Ordem dada pelo comandante e cumprida pelos jogadores, para alegria do “Bocudo”.
“Os jogadores foram guerreiros. Sabiam que o jogo seria difícil, mas sabiam também da nossa necessidade. Se doaram e graças a Deus conseguiram essa vitória”, ressaltou o sempre religioso técnico do Azulão. Mesmo grato pelo gol decisivo do agora artilheiro da Série C Felipe foi o suficiente para elogios individuais. “O mérito é de todos eles (jogadores). Jogaram juntos, como um time, unidos em torno do objetivo”, garantiu.
Com a vitória, o Águia colou nos líderes Paysandu e Fortaleza. Com um jogo a menos, o Azulão volta com tudo à briga por uma das vagas no mata-mata. “Com essa vitória, mostramos que estamos vivos e que temos plenas condições de nos classificarmos. Ainda tem muita água pra rolar”, lembrou o técnico, sem esquecer-se da humildade. “Estamos na briga e com sabedoria e humildade temos tudo pra continuar bem na competição”, completou Galvão.
Depois da partida, uma das dores de cabeça do técnico era a terceira suspensão seguida de um dos seus zagueiros. Punido com o terceiro cartão amarelo, Bernardo desfalca a defensiva marabaense para a próxima partida.
Arena da Floresta: um caldeirão que preocupa
Ontem, o clima em Marabá ainda era de festa pela vitória do Águia no sábado. Dia de folga, de curtir o resultado, mas sem esquecer que no próximo domingo o azulão tem outra parada duríssima, na primeira das duas “decisões” que a equipe faz fora de casa. Uma maratona longe do Zinho Oliveira que pode garantir a equipe na próxima fase ou frustrar de vez o sonho da classificação.
Na certeza de que o técnico João Galvão acompanhava a partida entre Fortaleza e Águia, ontem, nossa equipe fez contato com o técnico logo após o apito final na capital cearense. E a reação dele não foi outra. “Estou tendo um domingo feliz, mas seria melhor se o São Raimundo tivesse arrancado o empate, né?”, brincou o técnico. “Mas tudo bem, porque estamos na briga e só dependemos de nós mesmo”, completou.
E uma vitória fora de casa, sobre o Rio Branco, parece o próximo objetivo marabaense. “Conhecemos a Arena (da Floresta, local da partida). Gostamos de jogar lá. E se começarmos bem, a torcida pode inclusive nos favorecer”, apontou o técnico, lembrando que a fase do Estrelão é complicada e que a revolta da torcida pode ser uma arma a favor do azulão.
Mesmo com a promessa de ânimos a flor da pela, Galvão não parece preocupado com a ausência de um dos seus pilares defensivos, o zagueiro Bernardo que, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, não enfrenta os acreanos. O momento realmente é de encontrar soluções e não problemas. “Temos dois jogos fora de casa e precisamos pontuar nos dois, pra decidir nossa classificação contra o Fortaleza sem tanta pressão”, concluiu o técnico do Águia, que encerra a primeira fase recebendo o Fortaleza no Zinho Oliveira. (Diário do Pará)
Fortaleza vence o São Raimundo no Castelão
A seca de vitórias do São Raimundo aumentou ontem na ensolarada Fortaleza, após mais uma derrota na Série C, a terceira em seis jogos. Mesmo promovendo a estreia de três reforços, o técnico Sebastião Rocha não conseguiu frear o ímpeto do Fortaleza, que empurrado pela torcida, colou no Paysandu, que lidera o grupo com apenas um ponto a mais que o Leão do Ceará. Do lado posto do tabela, os alvinegros santarenos continuam empatados com o Rio Branco e se livrando da lanterna por conta do saldo de gols. Com a classificação porém, já não dá mais pra sonhar.
Embalados pelo empate heroico arrancado sobre o Paysandu em Belém, os jogadores do Fortaleza ignoraram o calor e esquentaram ainda mais as coisas para o São Raimundo, que mais uma vez ficaram de cabeça quente com as cabeçadas certeiras dos adversários: assim como na partida de Santarém, foi pelo alto e com testadas certeiras que o Fortaleza achou o caminho da vitória.
Finazzi foi o primeiro a cabecear para as redes do goleiro Labilá. Aproveitando o cruzamento de Paulo Isidoro, o atacante tricolor teve toda a calma do mundo para abrir o placar. Enquanto o São Raimundo não aproveitava suas oportunidades, o Fortaleza respondia com precisão. Em mais uma jogada área e muito bem ensaiada, os donos da casa surpreenderam e após a cobrança do escanteio, Régis subiu sozinho para ampliar a vantagem.
No segundo tempo, com dois gols de desvantagem, o São Raimundo partiu para cima de vez, e mesmo com um jogador a mais, continuava pecando nas finalizações, enquanto Labilá se desdobrava para evitar o terceiro gol tricolor. E se com os pés os alvinegros não conseguiram acordo com a bola, coube ao atacante Paulo Rangel a testada certeira que deu um último alento aos visitantes. Mas era tarde e a derrota estava sacramentada.
Pontaria, o velho drama dos santarenos
O placar apertado e que por pouco não foi igualado era motivo de lamentações para o técnico e os jogadores do São Raimundo, que após seis jogos ainda não venceu na Série C, acumulando agora a marca de segunda pior defesa da competição. Em Fortaleza, apesar da jornada inspirada do goleiro Labilá, mais uma vez foram jogadas áreas que derrubaram o sistema defensivo do Pantera, que ainda pecou demais nas finalizações.
Após o apito final, o técnico Sebastião Rocha parecia inconformado com mais uma derrota. “Acho que a gente merecia um resultado melhor. Não digo nem que uma vitória, mas um empate pelo menos, mas nosso pecado foi perder gols, infelizmente”, resignou-se, completando. “Precisamos ter uma atitude mais firme ao longo dos jogos”.
Mesmo os estreantes demonstravam conhecer as virtudes e defeitos da equipe alvinegra, fazendo coro com o discurso do comandante. “A gente vem jogando bem, mas pecando nas finalizações. Nesses jogos assim, quem erra menos ganha”, lembrou o atacante Paulo Rangel, autor do gol de honra dos santarenos.
Sem tempo para lamentações, o São Raimundo desembarca hoje em Belém e fica na capital paraense até a partida de domingo, contra o Paysandu. líder isolado da chave. (Diário do Pará)
Embalados pelo empate heroico arrancado sobre o Paysandu em Belém, os jogadores do Fortaleza ignoraram o calor e esquentaram ainda mais as coisas para o São Raimundo, que mais uma vez ficaram de cabeça quente com as cabeçadas certeiras dos adversários: assim como na partida de Santarém, foi pelo alto e com testadas certeiras que o Fortaleza achou o caminho da vitória.
Finazzi foi o primeiro a cabecear para as redes do goleiro Labilá. Aproveitando o cruzamento de Paulo Isidoro, o atacante tricolor teve toda a calma do mundo para abrir o placar. Enquanto o São Raimundo não aproveitava suas oportunidades, o Fortaleza respondia com precisão. Em mais uma jogada área e muito bem ensaiada, os donos da casa surpreenderam e após a cobrança do escanteio, Régis subiu sozinho para ampliar a vantagem.
No segundo tempo, com dois gols de desvantagem, o São Raimundo partiu para cima de vez, e mesmo com um jogador a mais, continuava pecando nas finalizações, enquanto Labilá se desdobrava para evitar o terceiro gol tricolor. E se com os pés os alvinegros não conseguiram acordo com a bola, coube ao atacante Paulo Rangel a testada certeira que deu um último alento aos visitantes. Mas era tarde e a derrota estava sacramentada.
Pontaria, o velho drama dos santarenos
O placar apertado e que por pouco não foi igualado era motivo de lamentações para o técnico e os jogadores do São Raimundo, que após seis jogos ainda não venceu na Série C, acumulando agora a marca de segunda pior defesa da competição. Em Fortaleza, apesar da jornada inspirada do goleiro Labilá, mais uma vez foram jogadas áreas que derrubaram o sistema defensivo do Pantera, que ainda pecou demais nas finalizações.
Após o apito final, o técnico Sebastião Rocha parecia inconformado com mais uma derrota. “Acho que a gente merecia um resultado melhor. Não digo nem que uma vitória, mas um empate pelo menos, mas nosso pecado foi perder gols, infelizmente”, resignou-se, completando. “Precisamos ter uma atitude mais firme ao longo dos jogos”.
Mesmo os estreantes demonstravam conhecer as virtudes e defeitos da equipe alvinegra, fazendo coro com o discurso do comandante. “A gente vem jogando bem, mas pecando nas finalizações. Nesses jogos assim, quem erra menos ganha”, lembrou o atacante Paulo Rangel, autor do gol de honra dos santarenos.
Sem tempo para lamentações, o São Raimundo desembarca hoje em Belém e fica na capital paraense até a partida de domingo, contra o Paysandu. líder isolado da chave. (Diário do Pará)
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