CADERNO JC - Link Direto com o Jornal de Capanema

Edição: Cleoson Vilar e Paulo Henrique

Luta pelo fim da violência contra a mulher é de toda a sociedade
Depois de todas as conquistas na sociedade, no mercado de trabalho, as mulheres ainda são vítimas de violência. Ao olhar os avanços da mulher, pensamos que isso ficou no passado. Mas não é verdade.
Pode ser que o número de denúncias esteja aumentando porque as mulheres têm mais coragem e mais acesso a locais onde reclamar. Mas os dados são inequívocos: as mulheres continuam sendo vítimas de violência dentro de casa.
Nem sempre a violência é física. Pode ser moral, com agressões verbais, que vão minando a autoconfiança da mulher, que não consegue sair dessa situação. Quando os filhos são testemunhas ou parte da violência, acabam reproduzindo esse comportando. Isso cria a sucessão da violência.
Esse é um problema milenar, que acontece em todas as sociedades. Tem que ser enfrentado de todas as formas. Temos que lutar seriamente contra esse problema.
Há uma história interessante sobre isso: na Suécia, um urso matou um caçador no mesmo dia em que um marido matou a mulher. Os jornais deram mais destaque ao urso. Os homens da cidade acharam isso tão absurdo que fizeram um movimento nacional para aumentar a punição ao agressor contra a mulher.

Com greve, INSS remarca consultas até para novembro
Médicos do INSS (Instituto Nacional de Segurança Social) estão em greve em todo o Brasil, desde o fim de junho, segundo a ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos). Quem vai às agências enfrenta filas e, muitas vezes, sai sem atendimento. Perícias médicas são adiadas devido à greve e algumas consultas são remarcadas até para novembro.
'A gente paga INSS a vida toda e não é recompensado. É sofrido, é discriminado', diz Inácio dos Santos, auxiliar de serviços gerais.
No Maranhão, a população também enfrenta problemas para conseguir fazer a perícia. O pescador Daniel Benedito foi pela terceira vez tentar a consulta e não conseguiu. Agora, só no começo de setembro.
Em nota, o INSS informou que a grande maioria dos peritos não aderiu à greve. Segundo a ANMP, 50% dos peritos permanecem em atendimento.
Na prática, no entanto, a realidade pode ser bem diferente. No Paraná, muitas perícias agendadas para esta quarta-feira (4) estão sendo remarcadas para o fim do ano.
'Tem horas que tenho vontade de não viver mais, porque eu não consigo trabalhar, não tenho dinheiro para nada. Nem para o remédio, nem para um médico', diz a diarista Sirlene Pedroso.
Fonte: G1

Saiba quais testes o bebê precisa fazer até os seis meses
O teste da orelhinha, prática obrigatória por lei sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta terça-feira (3), é um dos testes pelos quais o bebê precisa passar ainda no berçário. O médico pediatra Yechiel Moises Chenchinski explicou à reportagem do G1 como são esses testes e o que eles ajudam a prevenir e detectar.
Teste do pezinho - A primeira medida na prevenção do bebê é tomada já na maternidade, durante o 'teste do pezinho'. Consiste na coleta de sangue do calcanhar do recém-nascido. Os serviços de saúde, públicos ou particulares, oferecem a triagem de três formas: básica, mais e super.
A triagem básica contém três diagnósticos: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito e anemia falciforme. A fenilcetonúria é uma doença associada a excesso de um aminoácido no organismo do bebê e pode levar à deficiência mental. O mesmo vale para o hipotireoidismo, déficit na produção de hormônios na glândula tireoide.
O teste do pezinho 'mais' oferece outras sete informações sobre possíveis doenças como toxoplasmose congênita e deficiência de G6PD, enzima que protege os glóbulos vermelhos contra oxidação.
Triagens qualitativas como o teste do pezinho ajudam a detectar doenças cedo. (Foto: Justyna Furmanczyk)Com o teste 'super', o organismo do bebê é analisado na detecção de 46 patologias, entre doenças relacionadas ao nível de aminoácido no corpo, defeitos no metabolismo de ácidos graxos (gorduras) e excesso de ésteres nas mitocôndrias. Tanto o exame 'mais' quanto o 'super' costumam ser oferecidos por serviços mais especializados, entre eles o da APAE (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais).
'Este teste, obrigatório, precisa ser feito antes de três meses, para que as doenças que ele detecta sejam ainda reversíveis', explica Moises.
Teste do olhinho - O teste do olhinho também é feito na maternidade. Durante o exame, um feixe de luz é lançado nos olhos do recém-nascido de forma inofensiva. Caso o reflexo seja vermelho, como é comum em fotografias tiradas com flash, o olho é sadio.
Se o resultado for branco, o bebê pode ter catarata congênita, uma doença que afeta o cristalino do olho, estrutura vital para o foco e visualização correta das imagens lançadas na retina.
Teste da orelhinha - Um fone de ouvido é colocado nas orelhas do bebê durante 5 e 10 minutos, enquanto a criança dorme. Estímulos sonoros são emitidos e a captação de eco produz um gráfico em computador. O médico analisa esses dados e verifica se o recém-nascido apresenta problemas como surdez e otite secretora.
'Muitas crianças que são diagnosticadas com transtorno de distúrbio de atenção e hiperatividade podem, na verdade, apresentar um defeito de audição e, consequentemente, na fala', afirma Moises. Segundo o médico, o ideal é que o exame seja feito, no máximo, até o terceiro dia de vida.
Vacinação - O diagnóstico possível por meio das triagens deve ser acompanhado pela vacinação do bebê, que é definida por calendário da Sociedade Brasileira de Pediatria, sempre com a consulta do médico que cuida do recém-nascido.
Confira abaixo tabela de vacinação recomendada pelo Ministério da Saúde em 2004, com complementações da Sociedade Brasileira de Pediatria, em 2008. Os dados compreendem apenas os seis primeiros meses de vida.

Fonte: G1

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