Colunas & Colunistas - A Opinião de Carlos Ferreira
Edição: Paulo Henrique
Tem que ser Agora
O Futebol Paraense precisa subir para Série B e a possibilidade está com Paysandu, Águia e São Raimundo que disputam a Série C, sendo esse o momento oportuno para que isso aconteça. Basta empenho dos jogadores e paciência da torcida. Fechamos a semana com as opiniões do Jornalista Carlos Ferreira em mais uma coluna recheada de notícias importantes.(PV)
Com melhor conjunto, Papão bem cotado
O Fortaleza investiu alto em contratações para a Série C, mas está definindo o time dentro do campeonato. Finazzi, por exemplo, o principal reforço, ainda não entrou em forma. Esse é o pecado que leva os times a patinar em qualquer competição. Fato comum no Remo e Paysandu. Nesta Série C, porém, o Papão tem como maior virtude o entrosamento. É o time do campeonato estadual, com o acréscimo do lateral Bosco, que está rendendo com real reforço.
Por ter um time arrumado, de conjunto consistente, diante de adversários em reforma, o Papão navega em águas tranquilas. Vai jogar amanhã com tamanha confiança em Fortaleza que Charles Guerreiro anuncia o time no ataque. O Paysandu poderia tirar proveito do conjunto induzindo o adversário a errar para derrotá-lo nos contra-ataques. Charles até admite estudar o Fortaleza nos primeiros 15 minutos para dar a última ordem, mas adianta que a ideia inicial é jogar com naturalidade, tomando as iniciativas, se impondo em campo, mesmo na casa do adversário.
Fatalmente, o estudo a ser feito por Charles nos primeiros 15 minutos vai encorajá-lo a atacar. O Fortaleza é um time inseguro taticamente e perturbado emocionalmente. Impondo-se, o Papão terá grandes possibilidades de voltar vitorioso, distanciando-se na liderança do grupo e festejando a quebra do jejum de 21 jogos (quase quatro anos) sem vitória fora do Pará no campeonato nacional.
Um “patinho feio” eficiente na Curuzu
Em meio aos “cisnes” da Curuzu, Marquinhos é o “patinho feio” que pouco aparece para a torcida, mas tem importância tática fundamental para o treinador. Aos 33 anos, é um veterano que corre como um garoto, marcando e chegando ao ataque, com a maior quilometragem de todo o time a cada jogo.
Marquinhos evoluiu muito no Papão à medida que ganhou confiança e teve seqüência de jogos. Charles nem cogita tirá-lo do time. É um jogador de esforço máximo. Tão esforçado que até poucos dias acordava de madrugada, em Santa Izabel, para não chegar atrasado à Curuzu. Agora já tem a opção de um lugar em Belém, oferecido pelo clube.
Marcos Roberto Leal dos Santos, natural de Santa Izabel do Pará, onde ainda tem residência, foi revelado pelo Izabelense e passou pela Tuna, Remo (breve passagem), Santos/SP, Nacional/SP, Iraty/PR, Ituiutaba/MG, Caxias/RS, Ananindeua e Castanhal. Além de campeão paraense, este ano, foi campeão do interior mineiro e da Copa Rio Grande do Sul.
Ordem no Remo é camisa mais suada
Giba exige que os jogadores dêem mais trabalho à lavadeira. A ordem é camisa mais suada. Time mais ligado e mais valente, domingo, contra o América/AM.
A mudança de conduta é necessária no Leão. O time não está jogando futebol suficiente para envolver os modestos adversários. Precisa, então, ser mais aplicado para se impor. Por isso as tantas conversas do treinador com os jogadores esta semana. O coletivo de hoje vai dizer se Giba faz mudanças ou repete a escalação. A efetivação de Canindé como novo titular do meio de campo é questão de tempo, no lugar de Gian. Basta que entre em forma. Domingo ainda deverá ser opção no banco.
O América tem seu plano de jogo muito claro. Vai montar a retranca habitual e tratar de surpreender nos contra-ataques, explorando a força dos atacantes Charles e Felipe. O Remo já conhece o veneno e precisa ter o antídoto para não ter do que se queixar.
Parazão 2011 terá 22 clubes
Considerando que o Pedreira vai confirmar a desistência, o Campeonato Paraense de 2011 vai envolver 22 clubes em três fases, de 12 de outubro próximo a maio ou junho. No Módulo Bronze (2ª divisão), de 12 de outubro a 14 de novembro, 10 ou 11 clubes disputando duas vagas no Módulo Prata. Chave A: Kyikategê, Parauapebas e Redenção; chave B: Vênus, Abaeté, Izabelense e Bragantino; Chave C: São Francisco/Santarém, Tiradentes, Pedreira (?) e Vila Rica.
O Módulo Prata, de 21 de novembro a 19 de dezembro, terá Castanhal, Tuna, Time Negra, Santa Rosa, Ananindeua, Sport Belém e os dois melhores da 2ª divisão. Serão oito clubes disputando duas vagas no Módulo Ouro, onde já estão Paysandu, Remo, Águia, São Raimundo, Cametá e Independente, com jogos de janeiro a maio ou junho.
BAIXINHAS
* Por iniciativa do presidente do Paysandu, Luis Omar Pinheiro, o Fortaleza autorizou a transmissão ao vivo do jogo de amanhã pela TV Cultura. No entanto, a notícia foi recebida com desinteresse pela direção da Funtelpa. Está mantida a decisão de não transmitir.
* Jogadores do Cametá mantendo a ameaça de não entrar em campo, domingo, para o jogo contra o Cristal. Alguns estão com pendências salariais desde o campeonato estadual. O presidente Fernando Camarinha está prometendo fazer hoje o pagamento. Já para o jogo passado, no Amapá, jogadores ameaçavam não viajar. A situação é tão crítica que o jantar, após o último jogo, foi “churrasquinho de gato”.
* Voltas que a bola dá. No início do ano, o atacante Mendes esnobou Remo e Paysandu, preferindo o Sertãozinho, no campeonato paulista. Agora está sem espaço no Bahia e se oferecendo aos dois clubes paraenses.
* Foi do cunhado Bruno que Paulo Henrique Ganso ganhou a imponente camisa do Pará com que se exibiu na festa do Santos pela conquista da Copa do Brasil. Atitude muito digna do maior ídolo paraense da atualidade. E o coadjuvante Pará também fez bonito ao desfilar com a bandeira paraense no gramado do Barradão.
* Inversão de ordem no São Raimundo. O técnico Valter Lima dá “puxão de orelha” no presidente Rosinaldo Vale através da imprensa. O pivô é o volante Beto, que Valtinho não quer no time, mas o presidente não tira do elenco.
* A questão está por conta do que o São Raimundo fará no Acre. Se vencer, ou até empatar, Valter Lima segue no cargo e Beto afastado. Com derrota, sai o técnico e volta o jogador protegido pelo presidente, que, por enquanto, engole o sapo.
* Quando Charles Guerreiro manifesta a intenção de lançar o Papão ao ataque em Fortaleza, amanhã, dá a dimensão da evolução da equipe. Pela Copa do Brasil, em São Paulo, há cinco meses, montou uma retranca diante do Palmeiras e festejou o 0x0, apesar da eliminação.
* Além dos 15 jogos pelas Sérias A,B e C do Campeonato Brasileiro, Paysandu e Fortaleza tiveram outros cinco confrontos entre amistosos e torneios. A totalização aponta 11 vitórias do Papão (55%), 6 do Fortaleza e 3 empates. Os dois clubes já se enfrentaram pela terceira divisão. Foi em 1990, em Fortaleza, com placar de 0x0.
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