Caderno E - Os Bastidores do Futebol
Edição: Cleoson Vilar e Paulo Henrique
Série D: Cametá na lanterna aumenta dor de técnico
Depois de mais uma derrota de virada na Série D e a queda para a lanterna do grupo 1, o Cametá ainda tem muito a lamentar pela fatídica viagem ao Amapá, onde enfrentou o Cristal, domingo. A lista de prejuízos pós-jogo vai dos jogadores machucados e suspensos até os dois dias a menos de treino para a partida decisiva do próximo final de semana, contra o próprio Cristal, no Parque do Bacurau. Doses extras de dores de cabeça para o técnico Mário Henrique.
As baixas cametaenses começaram com o atacante Ró, que sentiu dores no joelho no treino recreativo antes do último final de semana e ficou no banco de reservas somente para fazer número, pois não tinha condições de jogo. Foi de lá que ele viu o colega Balão passar mal no intervalo, por conta do calor, isso sem falar em Jailson, que quebrou a mão em uma dividida. Se não bastasse a bruxa solta no ataque, na defesa o lateral-direito Rairo ainda foi expulso do jogo.
Em meio a essa tempestade, os próprios jogadores reconheceram as falhas e pediram para que o técnico não entregasse o cargo. “Depois do jogo eles (jogadores) conversaram comigo e pediram pra eu ficar”, revelou Mário Henrique, que só volta a comandar os treinos da equipe amanhã: dois dias de prejuízo por conta da longa viagem, que só permitiu ao Mapará voltar pra casa no início da madrugada de hoje. Com o apoio dos jogadores, Mariozinho garante estar tranquilo também frente à diretoria do clube.
“Não me sinto ameaçado não. Tô tranquilo, o trabalho tá sendo bem feito. Analisar um técnico só pelos resultados é burrice”, disparou Mário Henrique. “Até porque (a classificação) não tá impossível não”, finalizou o técnico do Cametá. (Diário do Pará)
Atenção de Mano aos atletas que atuam no Brasil anima Jobson
Na primeira convocação à frente da Seleção, o técnico Mano Menezes chamou 12 jogadores que atuam no futebol brasileiro. Dez dos escolhidos entraram na lista pela primeira vez. A atenção aos atletas que atuam no próprio país animou o atacante Jobson, do Botafogo, que marcou dois gols da vitória por 3 a 1 do Alvinegro sobre o Vitória, domingo, em Salvador.
Ele disse que defender o Brasil é o grande sonho de sua carreira.
- É uma motivação maior ainda. Estamos aqui para trabalhar e buscar a Seleção também. É um sonho - afirmou o jogador.
O primeiro passo para Seleção é se firmar no time titular do Bota. Para isso, Jobson tem que convencer o técnico Joel Santana de que merece a vaga. Mas a concorrência entre Loco Abreu, Herrera, Caio e Edno promete ser forte.
- Enquanto está batendo cabeça para saber quem vai jogar, é bom. Deixa para o Joel mesmo. Claro que eu tenho muita vontade de jogar. Com essa formação que o Joel armou, fico bastante à vontade.
Quem está de volta da folga pós-Copa e disposto a retomar a vaga é Loco Abreu. Jobson acredita que faria uma boa dupla com o uruguaio.
- Jogar ao lado dele seria muito bom.
Meio-campista paraense é a nova sensação do Santos
Em um jogo eletrizante na final da Supercopa de Juniores, Santos e Flamengo empataram por 2 a 2, no tempo normal, e levaram a decisão para as penalidades, partida realizada anteontem, na Arena Barueri. Nas cobranças da marca da cal os paulistas levaram a melhor: 5 a 4 para o time da Vila Belmiro, que ficou com o título de campeão. Além do duelo emocionante, um garoto de apenas 17 anos chamou bastante a atenção.
Da mesma fonte de Giovanni e Paulo Henrique Ganso surge outra promessa de um grande meio-campista do futebol brasileiro: é o paraense Tiago Alves, jogador do Peixe, que marcou o segundo gol na final e foi eleito o craque da Supercopa de Juniores. Tiago está há quase dois anos nas categorias de base do Santos, é um jogador rápido e muito habilidoso com a perna esquerda, a grande arma do atleta, que tem contrato com o clube paulista até 2015, com multa rescisória de R$ 10 milhões para o mercado nacional e de R$ 16 milhões para o futebol do exterior.
Antes de ir para o Peixe, a mais nova sensação do futebol da base do time da Vila Belmiro brilhou pelos gramados paraenses com a camisa do time juniores do Clube do Remo marcando belos gols decisivos e conquistando títulos. O talento de Tiago Alves chamou a atenção de um empresário que estava em Belém e o levou para o Santos, onde já chegou e foi logo assinando contrato. “Cheguei ao clube em 2008. Uma semana depois da minha chegada eu já assinei contrato, nem passei por testes, graças a Deus”, comemora o jogador, que tem as habilidades reconhecidas por um amigo e conterrâneo bastante conhecido. “O Tiago é um excelente jogador, ele tem um bom futuro pela frente”, elogia o também paraense Paulo Henrique Lima, o Ganso, recém-convocado para a Seleção Brasileira.
Para Tiago Alves, as estruturas que o clube paulista oferece fazem toda a diferença, o atleta paraense conta que no Pará ele não teve uma preparação física muito boa se for comparada ao trabalho feito no Santos. “Em Belém, o que a gente mais fazia era treino coletivo por várias vezes durante a semana, a parte física não era muito trabalhada. Talvez por isso que o nível dos atletas daqui do Santos seja muito elevado”.
Após a conquista da Supercopa, agora Tiago e os demais companheiros do Santos só pensam no jogo de amanhã contra o Santo André, primeiro adversário do Campeonato Paulista de Juniores, em que Tiago Alves espera poder fazer o mesmo sucesso. “Vou me esforçar o máximo para fazer ainda melhor nesta competição”, promete o atleta que também se colocou à disposição do técnico do time profissional do Santos, Dorival Júnior. “Só depende dele. Se pintar uma chance na equipe principal, eu farei de tudo para aproveitar da melhor maneira possível”. (Diário do pará)
Depois do Fortaleza, Pantera não quer amansar
Depois de perder para o Fortaleza, de virada, dentro do Barbalhão, o Pantera segue uma rotina ininterrupta de treinos, que ignorou a tradicional folga do final de semana. Sacrifícios válidos em busca da reabilitação contra o Rio Branco, domingo, no Acre. A derrota dentro de casa ainda repercute. “Saímos na frente, mas depois do gol (de empate) virou um samba do crioulo doido. Depois fizemos os ajustes e mudou a postura. Mas eles se fecharam bem e não deu”, disse o técnico Valtinho. O próximo adversário não deve ter tal postura defensiva, já que joga em casa e amarga a lanterna. “O Rio Branco leva vantagem por conta da nossa viagem, que é desgastante”, aponta o técnico. (Diário do Pará)
Depois de perder para o Fortaleza, de virada, dentro do Barbalhão, o Pantera segue uma rotina ininterrupta de treinos, que ignorou a tradicional folga do final de semana. Sacrifícios válidos em busca da reabilitação contra o Rio Branco, domingo, no Acre. A derrota dentro de casa ainda repercute. “Saímos na frente, mas depois do gol (de empate) virou um samba do crioulo doido. Depois fizemos os ajustes e mudou a postura. Mas eles se fecharam bem e não deu”, disse o técnico Valtinho. O próximo adversário não deve ter tal postura defensiva, já que joga em casa e amarga a lanterna. “O Rio Branco leva vantagem por conta da nossa viagem, que é desgastante”, aponta o técnico. (Diário do Pará)
jogadores contundidos decidem jogo do Papão
Encanto, bruxaria, pura coincidência? Uma curiosidade tem chamado atenção nos bastidores do Paysandu. Desde que iniciou a Série C, as contusões assombram o plantel. Até aí nada demais, não fosse por um motivo: todos os jogadores que estavam ameaçados de não entrar em campo conseguiram participar dos jogos e fizeram a diferença. Por isso mesmo, cresce a expectativa em torno de outro recém recuperado de uma contusão, o atacante Moisés.
Encanto, bruxaria, pura coincidência? Uma curiosidade tem chamado atenção nos bastidores do Paysandu. Desde que iniciou a Série C, as contusões assombram o plantel. Até aí nada demais, não fosse por um motivo: todos os jogadores que estavam ameaçados de não entrar em campo conseguiram participar dos jogos e fizeram a diferença. Por isso mesmo, cresce a expectativa em torno de outro recém recuperado de uma contusão, o atacante Moisés.
Na partida contra o Rio Branco (AC) quem ocupava todos os espaços na mídia por conta dos problemas extracampo era Thiago Potiguar, que foi o destaque daquele jogo. Já contra o Águia, a dupla Bosco e Paulão era figurinha fácil no noticiário com suas lesões musculares e, no entanto, tiveram atuação exaltada, pois o ala direito fez os dois gols da partida, enquanto o zagueiro foi uma verdadeira muralha ao proteger o gol de Fávaro.
Com essa estranha coincidência, Moisés, que ontem já retornava de vez ao grupo titular e fez até gol no coletivo da reapresentação, torce para a ‘magia’ se repetir. “É verdade, estou torcendo para isso. Eu acho que posso fazer essa partida, vai ser um jogo pegado, mas estou preparado para poder sair com a vitória”, espera.
O zagueiro Paulão, outro presenteado com o ‘encanto’ também comentou o assunto. “Isso foi coincidência (risos), mas o Thiago não correu hoje. Será que ele está acreditando nisso? Mas eu não acredito nisso não. Acho que foi coincidência, mas aconteceu”, analisa, enquanto Thiago Potiguar trata de afastar a ‘lenda urbana’. “Não tem nada a ver”, atesta.
Landu: reunião selou destinos de alguns azulinos
Uma conversa séria, já no fim da noite de domingo, após o Remo ceder o empate para o América (AM). E a julgar pela interpretação do atacante Landu, autor do único gol azulino na terceira rodada da Série D, a reunião ser o início de uma agitação pelos lados do Baenão. Sem medir palavras, ele falou até em lista de dispensa. “Realmente, foi num tom de cobrança. De repente, cabeças podem rolar. Às 11 horas da noite teve uma reunião lá depois do jogo”, enfatizou. “Ele (provavelmente, referindo-se a Giba) cobrou, a gente não pode citar nomes, não é? De repente, até o meu pode ‘tá’ no meio”, continuou.
Uma conversa séria, já no fim da noite de domingo, após o Remo ceder o empate para o América (AM). E a julgar pela interpretação do atacante Landu, autor do único gol azulino na terceira rodada da Série D, a reunião ser o início de uma agitação pelos lados do Baenão. Sem medir palavras, ele falou até em lista de dispensa. “Realmente, foi num tom de cobrança. De repente, cabeças podem rolar. Às 11 horas da noite teve uma reunião lá depois do jogo”, enfatizou. “Ele (provavelmente, referindo-se a Giba) cobrou, a gente não pode citar nomes, não é? De repente, até o meu pode ‘tá’ no meio”, continuou.
O bate-papo com o BOLA seguiu sobre a pressão de atuar com a camisa azul-marinha, além de um suposto desconhecimento do fato. “Jogar no Remo não é fácil. Tem jogadores que vêm de fora pensando que Remo e Paysandu é brincadeira, mas a cobrança é muito grande da torcida e da imprensa. Jogador tem que se acostumar a jogar no sol quente, na chuva e com pressão”, cutucou.
No início da entrevista, contudo, o atleta expôs as dificuldades para obter um placar favorável diante do rival amazonense. “Tens que ver o lado negativo: temperatura forte, campo não muito bom. Mas isso não pode servir como desculpa. Com todo respeito as equipes do Cristal e do América, tínhamos que ter vencido esses jogos”, frisou, concluindo a respeito da obrigação de assumir a liderança do grupo A e, de quebra, arrancar uma classificação antecipada à fase seguinte. “Agora, temos dois jogos aqui em Belém, vamos procurar vencer e fazer a alegria dos torcedores. O fenômeno azul, como eu sempre falo, é uma das maiores torcidas do norte e do nordeste. Esperamos contar com esse apoio”.
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