LEQUE DE NOTÍCIAS - Parceria Blog do PV e Rádio Antena C
Atualização às 15:45 de segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Edição: Cleoson Vilar, Paulo Henrique, Celene Vasconcelos, André Melo, Alex Cunha, Jucivaldo Gomes e Luis Carlos Glins.
Capanema 100 anos: Patrimônio de Todos Nós
Faltam 3 dias para o 14° Liquida Geral em Capanema.
EM CAPANEMA: Estudantes prestigiam lançamento de livro do escritor Carlos Amóras
Na manhã desta segunda-feira, o escritor capanemense Carlos Amóras, esteve lançando mais uma obra literária para diversos convidados, entre eles um grupo de estudantes da Escola Olivera Brito (EEOB). O autor de "Episódios Fantásticos" autografou os exemplares do livro que tem em seu conteúdo, várias crônicas e contos. Na edição do Leque de Notícias desta terça-feira(31),estaremos destacando matéria especial com registros fotográficos feitos pelo profissional Bruno Batista. (PV).
Divergências sobre eficácia de leis antifumo
Em alguns estados do país existem leis que proíbem as pessoas de fumar em lugares fechados de uso coletivo, além de eliminar os fumódromos (áreas reservadas aos fumantes). A finalidade é apertar o cerco aos adeptos do tabaco. Para especialistas e organizações da sociedade civil, as leis têm contribuído para preservar a saúde das pessoas que não fumam, os chamados fumantes passivos.
Para a advogada Adriana Carvalho, da organização Aliança de Controle do Tabagismo (ACT), diferentemente do que muitos imaginavam, as leis antifumo têm sido cumpridas pela população e pelos donos de bares, restaurantes, casas noturnas e outros estabelecimentos fechados. “É uma mudança de paradigma. As pessoas apoiam”, afirmou.
Segundo a advogada, dados do governo de São Paulo mostram adesão de 99,78% dos estabelecimentos à lei antitabagismo, que completou um ano este mês. Ela destacou ainda pesquisa do Instituto do Coração (InCor) paulista que apontou queda de 70% na concentração de monóxido de carbono em bares, casas noturnas e restaurantes depois da vigência da lei. Adriana Carvalho defende que a proibição estimula o abandono do hábito de fumar. De acordo com ela, aumentou em 40% a procura por tratamentos para parar de fumar após a lei, conforme dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.
Porém, o coordenador científico do grupo de estudos sobre álcool e drogas da Universidade de São Paulo (USP), Arthur Guerra, discorda. Na opinião dele, a lei não tem o poder de reduzir o número de fumantes ou evitar o contato com o fumo, principalmente entre os jovens na faixa etária de 13 a 15 anos de idade. “Quem quer fumar vai dar um jeito”, justifica o psiquiatra.
Além de São Paulo, o Paraná, Rio de Janeiro, Amapá, Rondônia, Roraima e a Paraíba têm lei antifumo, segundo levantamento da ACT. A única norma de caráter nacional, a Lei 9.294 de 1996, veda o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígero em recinto coletivo, privado, mas permite uma área exclusiva aos fumantes (fumódromo) desde que isolada e com ventilação conveniente.
A diferença de teor entre a norma federal e as estaduais tem provocado questionamentos na Justiça sobre a legalidade constitucional das leis antifumos. No Supremo Tribunal Federal (STF), tramitam ações contra as leis do Paraná, Rio de Janeiro e de São Paulo.
Em março deste ano, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou projeto de lei que acaba com os fumódromos. A proposta tramita agora na Comissão de Assuntos Sociais da Casa. (ABr)
Segundo a advogada, dados do governo de São Paulo mostram adesão de 99,78% dos estabelecimentos à lei antitabagismo, que completou um ano este mês. Ela destacou ainda pesquisa do Instituto do Coração (InCor) paulista que apontou queda de 70% na concentração de monóxido de carbono em bares, casas noturnas e restaurantes depois da vigência da lei. Adriana Carvalho defende que a proibição estimula o abandono do hábito de fumar. De acordo com ela, aumentou em 40% a procura por tratamentos para parar de fumar após a lei, conforme dados da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo.
Porém, o coordenador científico do grupo de estudos sobre álcool e drogas da Universidade de São Paulo (USP), Arthur Guerra, discorda. Na opinião dele, a lei não tem o poder de reduzir o número de fumantes ou evitar o contato com o fumo, principalmente entre os jovens na faixa etária de 13 a 15 anos de idade. “Quem quer fumar vai dar um jeito”, justifica o psiquiatra.
Além de São Paulo, o Paraná, Rio de Janeiro, Amapá, Rondônia, Roraima e a Paraíba têm lei antifumo, segundo levantamento da ACT. A única norma de caráter nacional, a Lei 9.294 de 1996, veda o uso de cigarros, cigarrilhas, charutos, cachimbos ou de qualquer outro produto fumígero em recinto coletivo, privado, mas permite uma área exclusiva aos fumantes (fumódromo) desde que isolada e com ventilação conveniente.
A diferença de teor entre a norma federal e as estaduais tem provocado questionamentos na Justiça sobre a legalidade constitucional das leis antifumos. No Supremo Tribunal Federal (STF), tramitam ações contra as leis do Paraná, Rio de Janeiro e de São Paulo.
Em março deste ano, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou projeto de lei que acaba com os fumódromos. A proposta tramita agora na Comissão de Assuntos Sociais da Casa. (ABr)
Brasil é 2º país em que Twitter mais cresce
Mesmo com crescimento, 68% dos jovens não acessam a ferramenta
Embora o Brasil seja um dos países em que o uso do Twitter mais cresça no mundo, a onda de responder à pergunta “O que você está fazendo?” não é unanimidade entre os jovens. Longe disso. Uma pesquisa do CIEE (Centro de Integração Escola-Empresa) com 3.830 indivíduos na faixa de idade entre os 18 e 26 anos com acesso à internet mostrou que 67,7% deles não acessam o Twitter.
“O Twitter não é uma grande mania entre os jovens. Ao contrário, acho que sempre foi mais adotado, no Brasil, entre jovens adultos, entre 20 e 35 anos”, diz Raquel Recuero, Doutora em Comunicação e Informação e professora da UCPel (Universidade Católica de Pelotas). Para ela, os mais crescidinhos adotaram o site logo de cara, quando foi lançado em 2008, e os adolescentes só entraram depois, no rastro das celebridades.
E tanto uns quanto outros não param de acessar o site. Não é para menos que o Brasil ocupa a segunda posição entre os países em que o Twitter mais cresce. Enquanto a média mundial foi de apenas 7,4%, o número de usuários brasileiros cresceu 20,5% em julho deste ano, em relação ao mesmo período de 2009, de acordo com a comScore, empresa que audita o mercado digital. O País fica atrás somente da Indonésia. E só na América Latina, o Twitter cresceu 305% no mês, saltando de 3,7 milhões para 15,3 milhões de acessos em um ano.
Mesmo assim, o microblog não consegue bater campeões de audiência, como o Orkut. “Tive acesso a alguns dados do Ibope a respeito da adoção de sites de rede social no Brasil. Em novembro do ano passado, enquanto o Orkut tinha quase 30 milhões de usuários, o Twitter tinha apenas 9 milhões”, garante Raquel.
Fábio Cipriani, gerente da consultoria Delloite para Mídias Sociais, concorda que o Twitter está longe de fazer sequer cócegas no Orkut. Se uma ameaça deve ser considerada, esta é o Facebook.
Sem tempo para twittar
Segundo ele, além de o site nunca ter caído no gosto dos jovens, há outro problema. “Os jovens não tem tanto tempo para o Twitter”, pondera. Cipriani traz à baila dados do CGI (Comitê Gestor da Internet no Brasil), que apontam que 54% das pessoas entre os 16 e 24 anos dispõe de menos de 5 horas na internet por semana. Com tão pouco tempo fica difícil acompanhar a movimentação dos tweets. Soma-se a isso o fato da baixa parcela de usuários que possuem computador em casa, apenas 36%.
Como se não bastasse ter o tempo da lan house contado ou ter de rebolar para não ser pego pelo chefe gazeteando o trabalho, o jovem ainda conta com mais uma barreira. “O inglês é mais um fator complicante que afasta os jovens”, pontua. A página do site não é em português, o que irrita alguns usuários. Evyleen Fontoura, 20 anos, tem 5 seguidores, segue outros 16 e reclama de o site não utilizar o idioma natal. “Eu até entendo um pouco de inglês, mas é um saco ficar traduzindo toda hora”, diz.
Individualismo
Citando Andrew Keen, autor de “O Culto do Amador”, conhecido como o anticristo das redes sociais, Cipriani prega: “O Twitter é a nova era do individualismo”. Mas nem por isso, o site deixa de ter seu charme. “É uma ferramenta muito atraente por você poder falar com o mundo por meio dela”, comenta, lembrando as proporções que uma brincadeira como a da campanha do #calabocagalvão chega a tomar no microblog. O site pode ainda reunir pessoas em torno de um mesmo interesse comum e até servir de escoadouro de informações a respeitos de empresas, conta.
“O Twitter não possui um perfil em que se coloque muita informação e seu foco está mais na interação”, concorda Raquel Recuero. “Ou seja, não é uma ferramenta tão focada em construir uma identidade quanto o Orkut, por exemplo. O Twitter concorre com outras formas de interação, como o Messenger, o Google Talk”, completa. (Band)
“O Twitter não é uma grande mania entre os jovens. Ao contrário, acho que sempre foi mais adotado, no Brasil, entre jovens adultos, entre 20 e 35 anos”, diz Raquel Recuero, Doutora em Comunicação e Informação e professora da UCPel (Universidade Católica de Pelotas). Para ela, os mais crescidinhos adotaram o site logo de cara, quando foi lançado em 2008, e os adolescentes só entraram depois, no rastro das celebridades.
E tanto uns quanto outros não param de acessar o site. Não é para menos que o Brasil ocupa a segunda posição entre os países em que o Twitter mais cresce. Enquanto a média mundial foi de apenas 7,4%, o número de usuários brasileiros cresceu 20,5% em julho deste ano, em relação ao mesmo período de 2009, de acordo com a comScore, empresa que audita o mercado digital. O País fica atrás somente da Indonésia. E só na América Latina, o Twitter cresceu 305% no mês, saltando de 3,7 milhões para 15,3 milhões de acessos em um ano.
Mesmo assim, o microblog não consegue bater campeões de audiência, como o Orkut. “Tive acesso a alguns dados do Ibope a respeito da adoção de sites de rede social no Brasil. Em novembro do ano passado, enquanto o Orkut tinha quase 30 milhões de usuários, o Twitter tinha apenas 9 milhões”, garante Raquel.
Fábio Cipriani, gerente da consultoria Delloite para Mídias Sociais, concorda que o Twitter está longe de fazer sequer cócegas no Orkut. Se uma ameaça deve ser considerada, esta é o Facebook.
Sem tempo para twittar
Segundo ele, além de o site nunca ter caído no gosto dos jovens, há outro problema. “Os jovens não tem tanto tempo para o Twitter”, pondera. Cipriani traz à baila dados do CGI (Comitê Gestor da Internet no Brasil), que apontam que 54% das pessoas entre os 16 e 24 anos dispõe de menos de 5 horas na internet por semana. Com tão pouco tempo fica difícil acompanhar a movimentação dos tweets. Soma-se a isso o fato da baixa parcela de usuários que possuem computador em casa, apenas 36%.
Como se não bastasse ter o tempo da lan house contado ou ter de rebolar para não ser pego pelo chefe gazeteando o trabalho, o jovem ainda conta com mais uma barreira. “O inglês é mais um fator complicante que afasta os jovens”, pontua. A página do site não é em português, o que irrita alguns usuários. Evyleen Fontoura, 20 anos, tem 5 seguidores, segue outros 16 e reclama de o site não utilizar o idioma natal. “Eu até entendo um pouco de inglês, mas é um saco ficar traduzindo toda hora”, diz.
Individualismo
Citando Andrew Keen, autor de “O Culto do Amador”, conhecido como o anticristo das redes sociais, Cipriani prega: “O Twitter é a nova era do individualismo”. Mas nem por isso, o site deixa de ter seu charme. “É uma ferramenta muito atraente por você poder falar com o mundo por meio dela”, comenta, lembrando as proporções que uma brincadeira como a da campanha do #calabocagalvão chega a tomar no microblog. O site pode ainda reunir pessoas em torno de um mesmo interesse comum e até servir de escoadouro de informações a respeitos de empresas, conta.
“O Twitter não possui um perfil em que se coloque muita informação e seu foco está mais na interação”, concorda Raquel Recuero. “Ou seja, não é uma ferramenta tão focada em construir uma identidade quanto o Orkut, por exemplo. O Twitter concorre com outras formas de interação, como o Messenger, o Google Talk”, completa. (Band)
Falta assento no mercado para transportar crianças
Mesmo com os três meses a mais para a adaptação, os pais ainda vão encontrar dificuldades para comprar os equipamentos para o transporte de crianças. O maior problema é com o assento de elevação, ou booster, que praticamente desapareceu de grande parte das lojas. E essa situação é constatada às vésperas do início da fiscalização, na próxima quarta-feira, dia 1º de setembro.
As cadeirinhas e outros dispositivos de segurança passaram a ser obrigatórios com a resolução 277 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Crianças de zero a dez anos devem ser transportadas no banco de trás e com um item específico, dependendo da idade. O início da fiscalização estava marcado para junho, mas foi adiado, pois os equipamentos faltaram nas lojas.
Agora, às vésperas do início da fiscalização, há oferta suficiente de cadeirinha e de bebê conforto. Por outro lado, a maior parte das lojas especializadas de São Paulo não conta com os boosters. A reportagem entrou em contato e visitou sites de dez lojas. Em sete não havia boosters. Em algumas delas, nem chegou a haver novas entregas do produto após o adiamento das multas pelo Contran.
Os responsáveis pelas marcas que fabricam os boosters atribuem a falta dos produtos no mercado à demora para que cheguem ao País. A maioria é produzida no exterior, em países como a China. Não há no Brasil laboratórios credenciados e, por isso, os testes de qualidade precisam ser feitos fora.
"Depois de um produto pronto, a certificação leva pelo menos seis meses", diz o diretor de Marketing da marca Infanti, Fabiano Myumheis. Ele acrescenta que seus produtos já deviam ter sido entregues, mas grande parte está parada no Porto de Santos, esperando liberação.
O presidente do Denatran, Alfredo Peres, informou que o órgão não vai prorrogar o início da fiscalização. (AE)
As cadeirinhas e outros dispositivos de segurança passaram a ser obrigatórios com a resolução 277 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Crianças de zero a dez anos devem ser transportadas no banco de trás e com um item específico, dependendo da idade. O início da fiscalização estava marcado para junho, mas foi adiado, pois os equipamentos faltaram nas lojas.
Agora, às vésperas do início da fiscalização, há oferta suficiente de cadeirinha e de bebê conforto. Por outro lado, a maior parte das lojas especializadas de São Paulo não conta com os boosters. A reportagem entrou em contato e visitou sites de dez lojas. Em sete não havia boosters. Em algumas delas, nem chegou a haver novas entregas do produto após o adiamento das multas pelo Contran.
Os responsáveis pelas marcas que fabricam os boosters atribuem a falta dos produtos no mercado à demora para que cheguem ao País. A maioria é produzida no exterior, em países como a China. Não há no Brasil laboratórios credenciados e, por isso, os testes de qualidade precisam ser feitos fora.
"Depois de um produto pronto, a certificação leva pelo menos seis meses", diz o diretor de Marketing da marca Infanti, Fabiano Myumheis. Ele acrescenta que seus produtos já deviam ter sido entregues, mas grande parte está parada no Porto de Santos, esperando liberação.
O presidente do Denatran, Alfredo Peres, informou que o órgão não vai prorrogar o início da fiscalização. (AE)
Mulheres tem mais dificuldade de parar de fumar
O Dia Nacional de Combate ao Fumo, cujo o tema este ano é a mulher, é comemorado na capital do Distrito Federal (DF) com uma série de atividades no Parque da Cidade Sarah Kubitscheck. Promovido pela Secretaria de Saúde do DF, o evento conta com apresentações de artistas locais, aulas de tai chi chuan e música. Os organizadores esperam que mais de mil pessoas passem pelo local para se informar sobre os malefícios do cigarro e as formas de parar de fumar.
De acordo com o coordenador do programa de antitabagismo da secretaria, Celso Antônio Rodrigues da Silva, as mulheres, por questões hormonais, tendem a se viciar mais facilmente do que o homem e têm mais dificuldades de parar de fumar. Além disso, segundo ele, uma mulher que começa a fumar na adolescência, tem 30 vezes mais chance de desenvolver doenças como o câncer até os 30 anos de idade. “A mulher tem mais dificuldade de parar por causa do vício psicológico, do medo de engordar e do próprio vício da nicotina, que é mais forte nelas. A cada 20 pessoas que procuram um de nossos grupos para se tratar contra o tabagismo, 16 são mulheres”, afirmou.
Segundo Silva o DF gasta cerca de R$ 18 milhões por mês para tratar apenas de pessoas com as 23 doenças mais recorrentes relacionadas ao fumo. “A verba de assistência da secretaria, usada para tratar todas as doenças, é de R$ 21 milhões por mês. Imagine gastar R$ 18 milhões tratando só as relacionadas ao cigarro. E isso sem considerar que no total são mais de 60 doenças relacionadas ao fumo”, disse.
Ele também informou que o governo local arrecada com o IMCS sobre a venda de cigarros fica muito aquém do que é gasto para tratar os doentes. “De janeiro a julho deste ano o DF arrecadou R$ 6,2 milhões com o imposto sobre a venda”. Brasília e as cidades satélites têm 310 mil fumantes, das quais 2.600 morrem todos os anos por fatores relacionados ao fumo.
Para Maria Junqueira, que fumou dos 10 aos 33 anos, a batalha foi árdua e durou cerca de cinco anos. Ela disse que começou a fumar ainda menina, numa época em que tragar era considerado “chique e divertido”. “Eu roubava um cigarro do meu pai, ou fazia um cigarro de palha. No interior isso era comum. Além do mais, minhas tias fumavam, minha mãe fumava escondido do meu pai e nós fumávamos juntas”. Ao engravidar, contudo, ela decidiu abandonar o vício pelo bem do bebê. “Eu nunca mais voltei, mas passei cinco anos com vontade. Eu acordava de madrugada querendo fumar, sonhava que estava fumando”, conta ela, que está há 24 anos sem fumar.
Já a amiga de Maria, Marli Cascão, largar o cigarro foi um pouco mais fácil. Ela disse que teve força de vontade para parar com os dois maços que fumava por semana. “Eu sempre gostei de andar perfumada, comia comida natural, e um dia resolvi deixar o cigarro porque aquilo estava me incomodando”. Segundo Marli, a tática foi deixar um maço fechado na bolsa e dizer que estava apenas “dando um tempo”, e não que estava parando definitivamente. A estratégia funcionou e ela está há 18 anos sem fumar. “Se a gente disser que vai parar, aí fica mais difícil, dá mais vontade”, disse.
Mas não são só as mulheres que se preocupam em deixar de fumar. O jovem Maxsuel Teixeira da Luz, de 25 anos, diz que fuma “pouco”, de sete a dez cigarros por dia. Mesmo assim, ele procurou o estande da Secretaria de Saúde no parque para medir a quantidade de monóxido de carbono no pulmão e colher informações sobre como deixar o vício, que começou há dois anos. “Eu sei que não existem quantidades seguras para o consumo de cigarro e também sei que hoje eu não sinto nada, mas, amanhã, posso sentir”, afirmou. Luz acredita que eventos como este têm mais efeito sobre o fumante que propagandas em rádio e TV. “Para quem tem interesse em parar de fumar, esse corpo a corpo é ótimo. Ajuda a motivar e dá informações sobre como parar”, afirmou.
No Distrito Federal, segundo a Secretaria de Saúde, existem mais de 60 centros preparados com médicos, psicólogos e até nutricionistas espalhados pelas cidades satélites para ajudar quem quiser deixar o tabagismo. (ABr)
De acordo com o coordenador do programa de antitabagismo da secretaria, Celso Antônio Rodrigues da Silva, as mulheres, por questões hormonais, tendem a se viciar mais facilmente do que o homem e têm mais dificuldades de parar de fumar. Além disso, segundo ele, uma mulher que começa a fumar na adolescência, tem 30 vezes mais chance de desenvolver doenças como o câncer até os 30 anos de idade. “A mulher tem mais dificuldade de parar por causa do vício psicológico, do medo de engordar e do próprio vício da nicotina, que é mais forte nelas. A cada 20 pessoas que procuram um de nossos grupos para se tratar contra o tabagismo, 16 são mulheres”, afirmou.
Segundo Silva o DF gasta cerca de R$ 18 milhões por mês para tratar apenas de pessoas com as 23 doenças mais recorrentes relacionadas ao fumo. “A verba de assistência da secretaria, usada para tratar todas as doenças, é de R$ 21 milhões por mês. Imagine gastar R$ 18 milhões tratando só as relacionadas ao cigarro. E isso sem considerar que no total são mais de 60 doenças relacionadas ao fumo”, disse.
Ele também informou que o governo local arrecada com o IMCS sobre a venda de cigarros fica muito aquém do que é gasto para tratar os doentes. “De janeiro a julho deste ano o DF arrecadou R$ 6,2 milhões com o imposto sobre a venda”. Brasília e as cidades satélites têm 310 mil fumantes, das quais 2.600 morrem todos os anos por fatores relacionados ao fumo.
Para Maria Junqueira, que fumou dos 10 aos 33 anos, a batalha foi árdua e durou cerca de cinco anos. Ela disse que começou a fumar ainda menina, numa época em que tragar era considerado “chique e divertido”. “Eu roubava um cigarro do meu pai, ou fazia um cigarro de palha. No interior isso era comum. Além do mais, minhas tias fumavam, minha mãe fumava escondido do meu pai e nós fumávamos juntas”. Ao engravidar, contudo, ela decidiu abandonar o vício pelo bem do bebê. “Eu nunca mais voltei, mas passei cinco anos com vontade. Eu acordava de madrugada querendo fumar, sonhava que estava fumando”, conta ela, que está há 24 anos sem fumar.
Já a amiga de Maria, Marli Cascão, largar o cigarro foi um pouco mais fácil. Ela disse que teve força de vontade para parar com os dois maços que fumava por semana. “Eu sempre gostei de andar perfumada, comia comida natural, e um dia resolvi deixar o cigarro porque aquilo estava me incomodando”. Segundo Marli, a tática foi deixar um maço fechado na bolsa e dizer que estava apenas “dando um tempo”, e não que estava parando definitivamente. A estratégia funcionou e ela está há 18 anos sem fumar. “Se a gente disser que vai parar, aí fica mais difícil, dá mais vontade”, disse.
Mas não são só as mulheres que se preocupam em deixar de fumar. O jovem Maxsuel Teixeira da Luz, de 25 anos, diz que fuma “pouco”, de sete a dez cigarros por dia. Mesmo assim, ele procurou o estande da Secretaria de Saúde no parque para medir a quantidade de monóxido de carbono no pulmão e colher informações sobre como deixar o vício, que começou há dois anos. “Eu sei que não existem quantidades seguras para o consumo de cigarro e também sei que hoje eu não sinto nada, mas, amanhã, posso sentir”, afirmou. Luz acredita que eventos como este têm mais efeito sobre o fumante que propagandas em rádio e TV. “Para quem tem interesse em parar de fumar, esse corpo a corpo é ótimo. Ajuda a motivar e dá informações sobre como parar”, afirmou.
No Distrito Federal, segundo a Secretaria de Saúde, existem mais de 60 centros preparados com médicos, psicólogos e até nutricionistas espalhados pelas cidades satélites para ajudar quem quiser deixar o tabagismo. (ABr)
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